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terça-feira, 31 de julho de 2012

Denúncias setoriais de Minas Gerais

CDD Venda Nova
Cartão de ponto na mesa do chefe é assédio moral contra os trabalhadores
Os trabalhadores estão sendo obrigados a fazer horas extras para suprir a falta de funcionários no setor e o assédio come solto
O CDD Venda Nova é um dos que estão em situação mais crítica em Belo Horizonte pela falta de trabalha-dores para realizar a imensa demanda de serviço nesta região. A ECT tenta esconder o caos instaurado na DR/MG tapando buracos e pressionando os trabalhadores do setor. Não é segredo para ninguém que no CDD Venda Nova encontram--se vários trabalhadores do interior do estado e inúmeros trabalhado-res temporários para tentar sanar o imenso problema deste setor. Como é de praxe da ECT obrigar os tra-balhadores a fazerem incontáveis horas extras ao invés de contratar trabalhadores, a prática em Venda Nova é a mesma. Na última sema-na o supervisor recém-chegado já aderiu ao velho golpe da ECT onde recolhe todos os cartões de ponto do quadro e os coloca na mesa do chefe para que os trabalhadores cheguem e tenham questionamentos do tipo: “porque você chegou cedo?”; “por-que você não fez hora extra?”; “não dava para ter entregue mais?” etc. Claro que tudo isso é usado como uma forma de assédio contra os tra-balhadores e principalmente aqueles que estudam e não podem fazer ho-ras extras.Os trabalhadores do CDD Ven-da Nova denunciaram ao Sindicato a prática de abuso e não vão aceitar outro Saulo no setor. Chega de des-culpas esfarrapadas pela retenção dos cartões na mesa do chefe, todo mun-do sabe que isso é para pressionar os trabalhadores a fazerem mais horas extras e dar conta do excesso de ser-viço, simplesmente porque a empresa não quer contratar mais funcionários e quer economizar às custas da saúde da vida dos trabalhadores.Chega de assédio aos trabalhado-res!Lutar por melhores condições de trabalho e pelo fim das horas extras.
CDD Guarani
Excesso de trabalho é rotina no setor
Diante da política de não contratar, a ECT abre caminho para esfolar vivos os trabalhadores
Os ecetistas do CDD Guarani não aguen-tam mais o excesso de serviço e as metas absurdas que a ECT está impondo ao con-junto dos trabalhadores. A política aplicada neste setor é a mesma repetida em vários setores de outros estados, onde a empresa simplesmente não contrata e aplica delibe-radamente a famigerada dobra que todos os ecetistas do Brasil conhecem muito bem.Todos sabemos que estes atos praticados pela  ECT é parte do plano de entrega da maior empresa estatal do país colocada em prática pelo governo do PT, aos capitalistas nacionais e internacionais.Os trabalhadores do CDD Guarani já ameaçaram parar as atividades se a ECT não parar de emprestar carteiros para ou-tros setores. Já está claro, que nem o CDD Guarani e nem qualquer outro setor vai permitir este tipo de abuso aqui em Minas Gerais. Haja visto a paralisação feita pelos trabalhadores do CDD Sagrada família para reivindicar melhores condições de trabalho e fim do excesso de serviçoO Sintect-MG está acompanhando o caso e já se reuniu com os trabalhadores deste setor. Se a ECT não parar de empres-tar carteiros e fazer dobras o setor irá para-lisar suas atividades.Chega de Exploração, os ecetistas não são burros de carga!Paralisação das atividades por contrata-ções e pelo fim da dobras.
CDD Jaraguá
Prêmio ou golpe?
ECT quer compensar falta de funcionários enganando os traba-lhadores e os obrigando a trabalharem aos sábados e domingos
Os trabalhadores do CDD Jaraguá denun-ciaram o imenso golpe aplicado pela ECT neste setor. Depois da empresa divulgar que a equipe do CDD Jaraguá receberia um prê-mio por ter superado metas colocadas pela empresa, os ecetistas do setor descobriram que tudo não passava de um golpe para obrigá-los a trabalharem no fim de semanaO golpe aplicado pela ECT contra os companheiros do CDD Jaraguá consistia em uma premiação de um finalde semana em um hotel fazenda depois dos ecetistas deste setor terem batido uma tal meta. Logo depois que a ECT confirmoua ida dos trabalhadores veio o golpe. O fimde semana também iria servir para os tra-balhadores participarem de um curso da ECT. Ou seja, não era para descansar e sim para trabalhar ainda mais. Vários tra-balhadores ficaramrevoltados e falaram que não iriam em nenhum hotel fazenda e que isso que estavam fazendo era uma enganação aos trabalhadores.O Sintect-MG repudia tal ato e chama os trabalhadores a se organizarem juntamente com a direção do sindicato e não permitirem qualquer tentativa de golpe para obrigar os ecetistas a trabalharem como escravos para suprir a falta de contratações e condições de trabalho.Chega de golpe, não ao trabalho nos f-nais de semana!

Começam as negociações nos Correios

Na última quinta-feira, dia 26, foi protocolada a Pauta de Reivindicações unificada dos trabalhadores dos Correios, conforme estabelecido no calendário de mobilização da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios). A Pauta, com quase 90 itens que dizem respeito aos problemas mais sentidos pela categoria, foi referendada pelas assembleias de todos os sindicatos da federação, incluindo a assembleia realizada pela Fentect e pela oposição ao Sintect-SP em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Após o protocolo da Pauta, foi realizada uma reunião para dar início às negociações com a ECT.
Na negociação, os representantes dos trabalhadores repudiaram as inúmeras tentativas da comissão da empresa, liderada pelo ex-sindicalista Luís Eduardo do Ceará do PCdoB/CTB, de passar por cima dos trabalhadores, marcando reuniões unilaterais, desrespeitando a organização independente da categoria e fazendo a campanha caluniosa de que a Fentect estaria se recusando a negociar.
Essa campanha de mentiras feita pela comissão da ECT tem como objetivo encerrar a campanha salarial dos trabalhadores antes mesmo das negociações, jogando o acordo nas mãos do TST. É um ataque ao direito elementar dos trabalhadores de fazerem sua campanha salarial.
É importante que os trabalhadores saibam desse golpe da ECT e saibam que as negociações nos anos anteriores começaram entre o final de julho e o começo de agosto.

Divisionistas não podem assinar acordo coletivo


O secretário-geral da Fentect, o companheiro Edson Dorta, também fez uma declaração à mesa repudiando o fato de que a comissão da ECT tenha convidado os divisionistas traidores dos sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru e Tocantins para reuniões Os representantes dos trabalhadores fizeram questão de afirmar que a direção da ECT estava tratando com bandidos, já que no momento em que a comissão da ECT sentava à mesa com os traidores do PCdoB/CTB, esses elementos, na diretoria do Sintect-SP, colocavam capangas armados com bombas para agredir os trabalhadores presentes à assembleia da campanha salarial da Fentect. O comando de Negociação da Fentect protestou contra essa ação fascistóide da diretoria do Sintect-SP que tentou impedir por meio da violência que os ecetistas de São Paulo pudessem reunir e deliberar pela campanha salarial unificada. Foi denunciado também que a Diretoria Regional de São Paulo Metropolitana liberou os trabalhadores mais cedo para dificultar a ida à assembleia.

A comissão da ECT mais uma vez afirmou que a Fentect é a única representante dos mais de 110 mil trabalhadores para a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho 2012-2013.
A reunião prosseguiu com a leitura de ponto por ponto da pauta de reivindicações, para que o Comando de Negociação dos trabalhadores pudesse expor claramente e detalhadamente todas as reivindicações da categoria.

Novo Comando de Negociação


O Comando Nacional de Mobilização e Negociação da Campanha Salarial é composto por 41 membros, sendo seis da Fentect e 35 representantes dos sindicatos. A cada reunião, 11 companheiros estarão na mesa com a empresa e tudo o que for discutido será debatido amplamente entre todos para que sejam apresentadas propostas que realmente representam os interesses dos trabalhadores.

O novo comando foi aprovado no último congresso da Fentect, por proposta do bloco de oposição, para acabar de vez com o verdadeiro balcão de negócios que havia se transformado o comando de sete membros, em que os sindicalistas usavam a campanha salarial para obter cargos e privilégios em troca da derrota dos 110 mil trabalhadores dos Correios.

Essas são nossas principais reivindicações:


• 43,7% de reajuste já!

• 30 mil novos contratados
• Fim do SAP e do SARC
• Não à privatização e à terceirização
• Não à sobrecarga de trabalho
• Devolução dos dias descontados da greve de 2011

terça-feira, 17 de julho de 2012

Leia a edição de hoje (17/7) do boletim ECETISTAS EM LUTA - MG



O Sintect-MG convoca toda a categoria à assembleia geral para dar início à campanha salarial. Leia aqui a edição distribuída hoje (terça-feira, 17/7) nos setores de trabalho.


Dia 19/7, quinta-feira, às 19h - Todos à assembleia para organizar nossa campanha salarial




Dia 19/7, quinta-feira, às 19h - Todos à assembleia para organizar nossa campanha salarial


No auditório do Sindados-MG, à rua David Campista, nº 150, bairro Floresta, Belo Horizonte-MG


Companheiro trabalhador dos Correios, o Sintect-MG convoca a todos a participar dessa importante assembleia, que faz parte do Calendário Nacional de Mobilização da Fentect e dará início à Campanha Salarial Unificada da categoria. 


Essa campanha salarial será a mais combativa dos últimos tempos. 


A vitória do Movimento de Oposição no XI Contect (11º Congresso Nacional dos Trabalhadores dos Correios) não mudou só a maioria da diretoria da Federação Nacional. Foram feitas uma série de mudanças que colocarão a campanha salarial sob o controle dos trabalhadores. 


O Comando de Negociação não será mais um balcão de negócios de sindicalistas e será composto por 41 membros, sendo um por sindicato. 


Por isso, companheiro, é importante a sua presença na nossa assembleia, para discutirmos e aprovarmos nossa pauta de reivindicações e, também, acrescentar as reivindicações e sugestões da categoria. Todos à assembleia, organizar a campanha salarial e a luta pelo atendimento das nossas reivindicações!



EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL


O SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS EMPRESAS DE CORREIOS E TELÉGRAFOS E SIMILARES DO ESTADO DE MINAS GERAIS – SINTECT-MG convoca todos os ecetistas para participar de Assembleia Geral a realizar-se à Rua David Campista, 150, Bairro Floresta, Belo Horizonte/MG, no dia 19/07/2012 às 19:00 horas em primeira convocação e às 19:30 horas em segunda convocação, com qualquer número de presentes, para discutir e deliberar sobre a seguinte ordem do dia: 1) Organização da Campanha Salarial 2012; 2) Eleição do Representante do SINTECT-MG para o Comando de Mobilização e Negociação da Campanha Salarial FENTECT/2012; 3) Escolha dos trabalhadores da base do SINTECT/MG para participar do Curso de Formação do SINTECT/MG a se realizar no período de 23/07/2012 a 29/07/2012; 3) Outros. Belo Horizonte, 16 de julho de 2012. Jorge Moreira da Cunha - SINTECT-MG

Denúncia: CDD Vespasiano | ”Traga-me um copo d’água tenho sede”


Há vários anos os ecetistas do CDD Vespasiano solicitam o pagamento de agua mineral para o consumo, visto que a água fornecida ali naquele local tem um sabor horrível  e segundo os trabalhadores do setor não sacia a sede. Este fato se deve ao altíssimo nivel de calcário presente na água daquela cidade. Os trabalhadores têm que tirar do bolso todos os dias para pagar a água que bebem durante a jornada de trabalho. Isso mesmo, os trabalhadores do CDD Vespasiano pagam a água de beber há anos e a ECT/DR/MG sequer toma uma atitude para melhorar a condição de trabalho destes ecetistas.
Além de não dar aumento o governo do PT – que é a presidência da ECT – não oferece nem agua para os trabalhadores do CDD Vespasiano. Um abuso, mas perto do que já fizeram com a gente não seria de espantar que a ECT não resolveria este problema que aparentemente seria simples. Simples porque é só comprar água mineral para que os trabalhadores possam trabalhar tranquilamente sem prejudicarem a saúde.
Um médico-cirurgião do Centro Médico de Vespasiano já alertou que assim como o calcário se prende à resistência do chuveiro, pode haver prejuízo aos rins das pessoas que consomem água com alto nível de calcário formando os dolorosos cálculos renais.
O sindicato juntamente com os trabalhadores querem dar um basta nesta situação e exige que a ECT/DR/MG forneça água de qualidade para que os ecetistas de Vespasiano possam beber sem nenhum ônus para os trabalhadores, pois a situação atual é que os trabalhadores que já ganham uma miséria de salário ainda têm que arcar com o custo da água potável para o setor de trabalho.
Só nos últimos três meses foram compradas mais de 5 (cinco) resistências de chuveiros, foram trocadas 6 (seis) buchas de torneiras e sem falar nos bebedouros que nunca ficam mais de 2 (dois) meses funcionando.
A ECT precisa tomar vergonha e tirar dos milhões de lucro que os ecetistas da base garantem todo o ano para o governo e comprar a água para os trabalhadores de Vespasiano. 
Queremos condições dignas de trabalho!

Veja aqui as principais medidas defendidas pela direção Sintect-MG para organizar a nossa luta


Na Plenária Nacional do Movimento de Oposição ao Peleguismo, realizada no dia 8 de julho, foram referendadas as primeiras propostas para a organização da campanha salarial que a Fentect deve levar adiante. Essas propostas serão transformadas em um calendário de luta e mobilização e em materiais diversos como cartazes e panfletos para dar início à campanha de agitação na base da categoria.
Sem dúvida nenhuma, as propostas, que foram referendadas por cerca de 100 ativistas da oposição presentes na plenária, são as mais combativas dos últimos anos. O espírito combativo do Movimento de Oposição é a expressão do espírito de toda a categoria e mostra uma evolução política destes trabalhadores que, nos últimos anos, foram os que mais fizeram greve.  
Esta tendência de luta deve se espalhar para outras categorias e, por isso, os trabalhadores dos Correios podem desempenhar um papel importante neste novo ascenso da classe operária brasileira que está começando a dar os seus primeiros sinais. O que está colocado a partir de agora é uma grande mobilização dos trabalhadores dos Correios, que poderá ser a maior campanha salarial da história da categoria.

1. Organizar uma ampla campanha de propaganda pela base

O sucesso da campanha depende do esclarecimento e propaganda política na base. Por isso, foram aprovadas algumas resoluções que irão ajudar neste propósito como o Boletim Nacional da Oposição, a confecção de cartazes com as principais reivindicações, e de milhares de adesivos. Além disso, será produzida uma cartilha explicando temas referentes a greve e será realizada uma pesquisa para verificar a possibilidade de colocar a campanha salarial da categoria na televisão por meio de anúncios em Tv’s e no rádio.

2. Priorizar a iniciativa política do bloco sobre a estrutura da Fentect

O Movimento de Oposição deve realizar reuniões com representantes das correntes e, principalmente, plenárias que reúnam cada vez mais ativistas para que o controle da Fentect esteja cada vez mais nas mãos dos trabalhadores.

3. Sobre a pauta de reivindicações

Foi elaborada no final da última semana uma proposta inicial de pauta de reivindicações. Agora, todos os sindicatos devem realizar assembleias esta semana para que se possa iniciar de fato a campanha salarial. Nestas assembleias, inclusive, devem ser recolhidas sugestões para que novos itens sejam incorporados na pauta.
Após o fim da sistematização, com a incorporação de novas propostas sugeridas e aprovadas pela categoria, será realizado um ato político em Brasília para protocolar o documento em Brasília.
4. Calendário de mobilização

Com base nas iniciativas anteriores, o Movimento de Oposição deve elaborar um calendário nacional de luta. Esse calendário não tem nada a ver com os calendários burocráticos criados pela burocracia sindical nas campanhas anteriores, que serviam na realidade como um freio para a luta.

5. Indicativo de greve para o dia 11

O indicativo de greve deve ser para o dia 11 de setembro, com assembleias de deflagração de greve no dia 10. Deve ser amplamente divulgado no Rio de Janeiro e em São Paulo.

6. Ato nacional em Brasília

Conforme ficou claro na greve de 28 dias, o ato unificado em Brasília foi decisivo para a mobilização. Uma ato vitorioso na capital federal, além de colocar o governo diretamente na parede e dar uma repercussão nacional, serve como um fator de unificação da luta e mais ainda, politiza o movimento dos trabalhadores.

7. Impugnar os ex-sindicalistas como negociadores

O bloco defende que seja publicado um documento na empresa exigindo o afastamento dos ex-sindicalistas da comissão de negociação da empresa. Essa campanha também deve se dar principalmente na base da categoria.

Fentect é a única organização que tem o direito de negociar por todos os trabalhadores dos Correios


Foi derrotada a tentativa dos traidores do PCdoB/CTB de realizar negociações separadas dos sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins e Bauru com a ECT. Em comunicado, a ECT afirmou que a Fentect será reconhecida como a única entidade legitimada para firmar Acordo Coletivo de Trabalho
Um comunicado da ECT à Federação dos Aposentados, Aposentáveis e Pensionistas dos Correios e Telégrafos (FAACO), expedido neste mês, esclarece o que já havia sido dito pela direção da ETC anteriormente: que somente a Fentect tem direito de negociar pelos 118 mil trabalhadores dos Correios.
O comunicado demonstra que foi fracassada a tentativa do PCdoB/CTB de realizar uma negociação em separado dos sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins e Bauru (SP) com a empresa. O golpe divisionista dos pelegos foi por água abaixo.
O PCdoB/CTB anunciou há poucos meses a ruptura desses sindicatos com a Fentect, se aproveitando da campanha feita pelo PSTU/Conlutas de que os sindicatos deveriam organizar uma federação paralela, que foi apelidada de federação anã, afirmando que era impossível derrotar a burocracia sindical que dirigia a entidade. O que está por trás dessa política é mais uma traição desse bando dos “Diviza”, “Peixe”, no Sintect-SP e “Ronaldão” e Marcos Sant’águida no Sintect-RJ. Uma traição pior do que a que esse mesmo bando fez no Acordo Bianual.
Esses pelegos do PCdoB/CTB, junto com a Articulação/PT, foram derrotados no último congresso da federação pelo Movimento de Oposição ao Peleguismo. A ruptura do PCdoB teve como objetivo preservar sua dominação já débil nesses sindicatos.
A carta da ECT esclarece que em função das mudanças na estrutura do movimento sindical da categoria, somente a Fentect “será reconhecida como a única entidade legitimada para firmar Acordo Coletivo de Trabalho, tendo em vista a amplitude territorial (nacional) de atuação da ECT, cujos trabalhadores se encontram organizados em quadro único, o que implica necessidade de negociação uniforme, a fim de assegurar isonomia de tratamento a todos os nossos empregados”.
Ao final do documento, a empresa afirma que “o Acordo firmado com a Fentect se estenderá a todos os empregados da ECT, em nível nacional, tendo em vista o que o seu Estatuto estabelece, no Art. 1°, 92°, o território nacional como sua base territorial de representação”.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Nova diretoria da Fentect responde as provocação da ECT e marca campanha salarial para o dia 26


Em reunião na última terça-feira, dia 10, a nova diretoria da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect) protolocou na ECT uma carta marcando o início das negociações da campanha salarial para o dia 26.
Nesse documento, os diretores da Fentect respondem à provocação da empresa, que enviou um comunicado aos trabalhadores dos Correios marcando de forma unilateral uma data para a campanha salarial, ignorando o comunicado enviado anteriormente pela federação.
A Fentect afirma que a conduta do representante da ECT, o ex-sindicalista do Ceará Luiz Eduardo Rodrigues da Silva, é reprovável e pede o seu afastamento das negociações. Denuncia também as manobras feitas pela empresa para confundir os trabalhadores forjando atas e marcando reuniões que não ocorreram.
A Fentect afirma ainda que se a empresa está com pressa em negociar basta aceitar a reivindicação de 43,7% de reajuste salarial para a categoria.

Carta da nova diretoria da Fentect  à ECT:

Brasília-DF, 10 de julho de 2012.
À Gerência Corporativa de Negociações Trabalhistas – GNEG/DERET
EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS

ASSUNTO: CT/GNEG/DERET – 0734/2012

Com muita surpresa recebemos o comunicado da ECT - CT/GNEG/DERET – 0734/2012, assinado novamente pelo ex - sindicalista do Ceará Luiz Eduardo Rodrigues da Silva, que se intitula Gerente de Negociações da Empresa e de forma leviana insiste em provocar os trabalhadores dos Correios, marcando de forma unilateral nova data para o início das negociações coletivas para o dia 10 de julho, ignorando nosso comunicado e as necessidades dos trabalhadores, sem ao menos consultar a Federação.
Muito nos surpreende conduta tão infantil de um representante autorizado desta que é maior empregadora do país. Acreditamos que os negociadores devem estar capacitados para uma negociação de tal envergadura o que não é o caso deste senhor, que está brincando com uma questão séria.
Ignorou completamente nossa carta CT/FEN – 147/2012, que esclarece à direção da ECT que vamos comunicar a disponibilidade da nossa federação para iniciar as negociações do ACT 2012/2013, PROTOCOLADA NO DIA DA REUNIÃO, ALÉM DE CONTATO PESSOAL DE REPRESENTANTES DA FENTECT COM O SR. LUIZ EDUARDO E JANETE RIBAS AGUIAR, os quais sequer estavam no local de reunião no horário marcado, obrigando os representantes dos trabalhadores a localizá-los em uma outra reunião para entregar o comunicado.
Ocultaram todos estes fatos dos funcionários dos Correios.
Chegaram ao extremo de forjar uma ata dizendo que esperaram duas horas, quando sabem que entramos em contato avisando da situação real. Estão transformando a negociação em uma farsa e indicando, ou a má vontade dos negociadores indicados ou de toda a direção da ECT.
Indo ao extremo, somos informados posteriormente, que anunciam que marcaram nova reunião para o dia 5 de julho, coisa que simplesmente não aconteceu e que constitui uma uma conduta completamente inadequada de um funcionário público que ameaça até mesmo a comprometer as negociações.
Advertimos que tal conduta será denunciada diante dos trabalhadores de todo o país.
A conduta deste representante da ECT mostra que começaram mal a relação da ECT com a nova direção da Fentect e que, de fato não se dispõem a negociar.
Não somos crianças e rejeitamos tais infantilidades, insistindo em que a direção da ECT deveria colocar pessoas sérias para tratar com uma Federação que representa 118 mil trabalhadores em todo país.
Não vamos aceitar nem jogos nem truculência dos representantes patronais.
Somos trabalhadores dos correios, representantes desta categoria e de seus interesses e reivindicações, não somos serviçais dos interesses da direção da ECT.
Alertaremos a categoria de que todas estas invenções podem se constituir na preparação de um processo sem qualquer base para impedir a negociação da campanha salarial.
Vamos negociar de acordo com o cronograma aprovado por nossa categoria e de acordo com as nossas formas de organização, não de acordo com as imposições destes senhores.
Se a ECT está com pressa de encerrar as negociações deste ano, basta aceitar a reivindicação de 43,7% de reajuste salarial da nossa categoria que encerramos as negociações já no mês de julho deste ano.
Por isso já estamos exigindo que a direção da ECT indique negociadores sérios para representar uma empresa do seu porte, que é reconhecida internacionalmente, e diante disso, deixamos nossa posição de não negociar com ex-sindicalistas que abandonaram a reivindicação da categoria para se transformar em inimigos dos interesses dos trabalhadores.
Devido ao processo, que a direção da empresa muito bem conhece, de formação do comando e eleição de negociadores, bem como da necessidade de realizar assembleias de trabalhadores propomos que a primeira reunião de negociação seja realizada no dia 26 de julho e que será precedida da entrega da pauta de reivindicações da categoria ecetista.
Qualquer pessoa sabe – e certamente a direção desta empresa sabe – que, em uma negociação séria, as datas devem ser acertadas entre as partes. Propomos que a direção da ECT se comporte como convém a pessoas sérias.

Aguardando uma resposta



Édson Dorta
Secretário-Geral da Fentect

Joel Arcanjo Pinto
Diretor da Fentect

Edmar dos Santos Leite
Diretor da Fentect

Henrique Áreas de Araujo
Diretor da Fentect

Maria de Lourdes Paz Félix
Diretora da Fentect

domingo, 8 de julho de 2012

Corrente Ecetistas em Luta realiza importante plenária nacional


A reunião reuniu militantes de várias bases sindicais e discutiu os rumos do Movimento de Oposição e as tarefas para a campanha salarial 

Nesse sábado, dia 7, ocorreu, em São Paulo, a Plenária Nacional da Corrente Ecetistas em Luta para discutir o balanço do XI Contect (Congresso Nacional dos Trabalhadores dos Correios), a campanha salarial da categoria e a organização da corrente.
Estiveram presentes cerca de 70 trabalhadores de vários estados e bases sindicais: São Paulo, Minas Gerais, Paraíba, Brasília, Campinas e Uberaba.
A plenária é a primeira após a vitória do Movimento de Oposição no XI Contect. A corrente Ecetistas em Luta, composta por militantes e simpatizantes do PCO, integrou e ajuda a construir o Movimento Nacional de Oposição para derrubar os traidores não só da Fentect como de todos os sindicatos.
No início da plenária foi feito um balanço do congresso da Fentect, analisando as grupos políticos que estiveram envolvidos, a importância da vitória da oposição e as tarefas da corrente Ecetistas em Luta e do Movimento de Oposição daqui para frente.
O maior destaque da vitória da oposição no Contect foi a mudança no Comando de Negociação da campanha salarial. Por proposta do Bloco de Oposição, o antigo comando, formado por apenas sete membros, foi extinto e foi criado o Comando Nacional de Mobilização e Negociação, composto por seis membros mais um representante por sindicato, o que significa o fim do balcão de negócios de sindicalistas em que tinha sido transformado o comando.
Em seguida, foram discutidas propostas políticas e práticas para a campanha salarial desse ano. Os companheiros levantaram várias ideias para mobilizar a categoria. Entre as mais importantes estão a publicação de um boletim nacional, a organização de uma ato massivo em Brasília e a ação unitária da oposição para unificar os trabalhadores de São Paulo e Rio de Janeiro contra os traidores do PCdoB nos dois maiores sindicatos da categoria.
Por fim, foi feita uma discussão sobre a organização nacional da corrente Ecetistas em Luta, o problema do boletim nacional, da venda cada vez mais massiva do jornal Causa Operária e propostas para arrecadação financeira da corrente.

“A vitória do movimento de oposição dá uma nova perspectiva para o movimento sindical brasileiro”


Causa Operária entrevista o companheiro Édson Dorta Silva, atual secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios 

O companheiro Édson Dorta, militante do Partido da Causa Operária e membro da Coordenação Nacional da Corrente Nacional de Oposicão Ecetistas em Luta, de trabalhadores dos correios, é carteiro em Campinas (SP) desde 1994. Sua trajetória no movimento sindical começou no mesmo ano, quando foi eleito vice-presidente da Comissão Interna de Prevenção a Acidentes (Cipa). Em sua gestão, realizou reuniões que contavam com a participação de mais de 50 cipeiros de toda região mobilizando os trabalhadores em torno às suas reivindicações. Em 1997, Edson participou da direção do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Campinas (1998-2001). Em 2001, o companheiro foi eleito secretário-geral da Fentect no momento em que pela primeira e única vez foi estabelecido o rodízio de diretores na direção da entidade. Em 2003, Édson Dorta foi reeleito para direção da Fentect (2003-2006). Militante da corrente Ecetistas em Luta (PCO), travando a luta por uma oposição nacional aos traidores da burocracia sindical, foi demitido por motivos políticos em 2006, sendo reintegrado em 2010, após uma intensa campanha contra sua demissão. Foi aprovado também neste congresso que a secretaria geral da Fentect será em regime de rodízio entre as organizações que fazem parte do movimento de oposição.  O companheiro, cuja trajetória impecável e de militante classista e de luta contrasta com os burocratas que dirigiram a entidade nas últimas décadas, assume o primeiro turno do rodízio na secretaria geral da federação depois da espetacular vitória do movimento de oposição no XI Congresso Nacional dos Trabalhadores dos Correios, impulsionada a partir das bases sindicais, que derrotou os traidores da Articulação Sindical/PT e do PCdoB. Fala em favor do companheiro, também, o merecido ódio e a ampla campanha de calúnias que os inimigos dos trabalhadores realizam contra ele, assim como outros dirigentes da corrente Ecetistas em Luta
Causa Operária: Qual a importância do movimento sindical dos correios e da Fentect no quadro geral do movimento sindical brasileiro?
Édson Dorta: O movimento sindical dos Correios representa hoje um exemplo para várias categorias de trabalhadores brasileiros, pois nos últimos anos este movimento foi protagonista das maiores lutas no Brasil contra a política de arrocho salarial e corte de direitos dos trabalhadores ditadas pelo capitalismo mundial, que aqui no Brasil foi impulsionada pelos governos Sarney, Color, FHC, Lula e que o governo Dilma Rousseff está dando continuidade. Para se ter uma ideia, os trabalhadores dos Correios fizeram no ano passado uma greve de 28 dias, e o Governo Dilma do PT só conseguiu derrotar este movimento através da intervenção ditatorial do TST – Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu politicamente pelo fim da greve, ameaçando os trabalhadores, que já haviam passado por cima de suas direções sindicais pelegas. A combatividade dos trabalhadores dos Correios se transforma em uma ação real e forte contra o  seu patrão, que no caso é governo federal, pois esta categoria de mais de 110 mil trabalhadores está organizada de forma unitária na Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios). Que mesmo sendo dirigida nos últimos anos por sindicalistas do PT e PCdoB, que são representantes do partido do governo, não impediu que os trabalhadores passassem por cima destas direções, realizassem uma das maiores greves de sua história e ainda no último Congresso da Categoria, derrotassem o Bloco patronal, elegendo para seu Comando o Bloco de Oposição.  Podemos dizer, com segurança, que entre os trabalhadores dos Correios de todo o país se dá a mais avançada experiência de organização, de luta e de desenvolvimento da consciência dos trabalhadores. Nesse sentido, acreditamos que a vitória da oposição no XI Congresso não apenas não é um acidente, como também não é mais que o primeiro capítulo de uma importante transformação que está para ocorrer no movimento sindical e no movimento operário em geral em seu conjunto.
Causa Operária: Há décadas não se tinha notícia de uma mudança tão significativa em uma organização operária no movimento sindical brasileiro. Como foi travada a luta que permitiu essa vitória do movimento de oposição?
Édson Dorta: A luta se travou nos locais de trabalho contra a burocracia sindical da Fentect, que nos últimos anos se organizou em torno do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU e PSol) para manter o controle da Federação a serviço dos interesses da ECT, aprovando os acordos salariais rebaixados e retirando direitos dos trabalhadores em troca de cargos e privilégios para estes sindicalistas.
A burocracia sindical da Fentect atuava contra a categoria com funções definidas, de um lado o PT e PCdoB defendiam abertamente a política da direção da ECT, e de outro o PSTU combatia as iniciativas de luta contra a burocracia da Fentect, vindo do movimento de oposição, como ocorreu no interior do Bloco dos 17 sindicatos contra o Acordo Bianual, onde o PSTU propunha que os 17 sindicatos de oposição abandonassem a luta contra o PT e PCdoB na Fentect e formasse uma nova Federação. Essa iniciativa levou à liquidação dessa primeira tentativa de formação de um bloco oposicionista e ao retardamento da derrota da burocracia.
A vitória do movimento de oposição foi possível devido à politica persistente de denuncia das traições do PT e PCdoB, aliada à denuncia do papel nocivo da política divisionista do PSTU na Fentect que atuou todo o tempo como o braço esquerdo do peleguismo. 

Causa Operária: Há muitos anos as organizações operárias estão sob o controle do PT, do PCdoB e outros partidos que estão no governo, você considera que essa vitória da oposição nos Correios representa uma tendência geral de luta no movimento operário brasileiro? Qual o significado desta vitória para o movimento sindical de conjunto e para a CUT?
Édson Dorta: Com certeza esta vitória do movimento de oposição dos Correios está sendo analisada por diversos grupos oposicionistas à politica da burocracia sindical dirigida pelo PT e PCdoB em outras organizações operárias e serve como um importante fator de esclarecimento dos limites dessa política direitista. O movimento operário brasileiro está amarrado em uma camisa de força, lutando para se libertar do controle desta burocracia. Por isso, a vitória do movimento de oposição dá uma nova perspectiva na luta sindical brasileira, mostrando, ao contrário do que diz o PSTU/Conlutas, que a burocracia sindical do PT e PCdoB é, pelo menos do  ponto de vista dos seus fundamentos sindicais de base, extremamente débil, fraca e está aí para ser derrubada. Diante disso, acho que devemos colocar a questão com mais intensidade no interior da CUT, e formar uma oposição classista à  burocracia sindical da Articulação que dirige esta Central. Eu creio que esta vitória oposicionista nos Correios marca um linha divisória de etapas no movimento sindical, mais especificamente, e, de um modo geral, na classe operária em seu conjunto, inclusive com implicações importantes para a luta fundamental pela construção de um partido operário verdadeiro, ou seja, socialista e revolucionário, levando à conclusão a experiência que os trabalhadores estão realizando com o PT e demais partidos que são, oficial ou oficiosamente, da frente popular de colaboração de classes, como o PCdoB, PSTU e Psol.

Causa Operária: Quais as conclusões que o movimento sindical deve tirar da vitória da Oposição à burocracia sindical nos Correios?
Édson Dorta: Acho que o movimento sindical está percebendo a insatisfação dos trabalhadores com as direções sindicais de suas organizações, e que se não houver uma mudança de política, se libertando da política patronal do PT, PCdoB, e da politica entreguista do PSTU, os trabalhadores irão atropelar estas direções como esta acontecendo nos Correios. Na greve de 28 dias de 2011 nos Correios, os trabalhadores passaram por cima destas direções e se mantiveram em greve contra o acordo realizado por estes grupos na primeira audiência do TST.
Há, portanto, um enorme potencial de desenvolvimento.
Por outro lado, seria um erro subestimar as dificuldades e desafios que temos pela frente. É preciso um intenso trabalho para ir, gradualmente, dando maior coesão à grande heterogeneidade das forças que compõem a oposição, e que, apesar disso, estão unidos por questões fundamentais para a grande massa dos trabalhadores dos Correios. Creio que esta superação deverá se dar no próximo período através da experiência comum na luta contra os inimigos dos trabalhadores. Há muito o que fazer para fortalecer a organização dos trabalhadores e dos sindicatos pela base. Em resumo, há uma grande conquista e muito trabalho a ser feito. Não devemos abaixar a guarda, mas intensificar a luta.

Causa Operária: Nesse congresso, a burocracia sindical foi derrotada e a oposição conseguiu aprovar uma série de mudanças no estatuto da Federação, permitindo um controle maior dos trabalhadores sobre a entidade. Quais são essas mudanças e o que permitiu que elas fossem aprovadas?
Édson Dorta: Aprovamos o aumento de diretores na Fentect, de 13 para 21, com a secretaria geral em forma de rodizio, também aprovamos um Comando de Negociação mais amplo e democrático. Antes tínhamos um Comando de 7 pessoas e hoje temos um Comando  de 41 membros, sendo haverá um representante por base sindical, ampliando extraordinariamente a participação das bases sindicais em um âmbito que havia se tornado um privilégio de poucos. E este comando só poderá assinar o acordo se 23 sindicatos aprovarem a proposta em suas bases sindicais. Antes era  preciso apenas 18 assembleias. Estas mudanças foram possíveis diante da insatisfação dos trabalhadores com a forma anterior, onde o comando pequeno ficava sob o controle da burocracia sindical, que sempre, em sua maioria, se vendia para direção da ECT. Este foi um dos pontos significativos da luta dentro do Congresso e creio que, nesse ponto, agimos como a voz e o braço do trabalhador da base.

Causa Operária: Em que medida essas mudanças serão determinantes para a próxima campanha salarial? 
Édson Dorta: Estas mudanças colocam novamente o controle da campanha salarial na mão dos trabalhadores, além de fortalecer a democracia no interior da Fentect. Claro que as formas estatutárias são apenas uma forma cujo conteúdo só pode ser dado pela luta, tanto dos trabalhadores como da sua direção que é o Movimento Nacional de Oposição. Isso quer dizer que ainda temos que tornar o que aprovamos no Congresso uma realidade com a mobilização massiva dos trabalhadores, ensinando aos trabalhadores com controlar os seus representantes. Na nossa opinião, isso é, da minha corrente e do Partido da Causa Operária, uma das alavancas fundamentais deste processo está na informação e na formação da opinião unitária dos trabalhadores. Nas campanha salariais, a Fentect atuou como um escritório, agora temos que agir como centro organizador da luta de 100 mil trabalhadores. Acredito que os nossos aliados na Oposição compartilham desta ideia fundamental e a nossa unidade será essencial para colocá-la em prática.

Causa Operária: Qual foi a repercussão dessas transformações da federação entre os trabalhadores, a burocracia sindical e a empresa?
Édson Dorta: Os trabalhadores aplaudiram e estão esperando o momento em que o Movimento de Oposição irá chamá-los a fazer a mobilização pela campanha salarial deste ano. Já a burocracia sindical e a empresa estão desesperados, pois não sabem como vão controlar a categoria. A burocracia sabe que se não controlar a categoria vai ser jogada de lado pela empresa e não terá mais cargos e privilégios, e a direção da ECT sabe que os trabalhadores dos Correios representam uma força poderosa que poderá modificar completamente os planos de privatização da ECT que estão sendo colocados em prática por ordem dos bancos e capitalistas do mercado postal mundial. Este é, podemos dizer assim, o panorama geral da luta que se inicia agora. O jogo está feito, agora é colocar em movimento.

Causa Operária: Como você avalia que será a mobilização para a campanha salarial desse ano?
Édson Dorta: Avalio que este ano a campanha salarial será uma campanha histórica, pois vários trabalhadores já estão sinalizando que a vitória do movimento de oposição vai levar a categoria à greve e com muito mais força do que nos anos anteriores. Creio que será uma mobilização extremamente combativa e massiva. Contribui para isso, além da vitória no Congresso, a formação do Movimento de Oposição que tem plena capacidade de alavancar esta mobilização e é o nosso maior trunfo. Daí que todos os ataques até o momento são dirigidos a tentar quebrar o bloco de oposição, sem nenhum sucesso, é importante sublinhar. Nossa tarefa é fazer uma campanha para valer, nas bases, com ampla participação do trabalhador, dando voz plena, ampla participação e poder de decisão ao carteiro, ao OTT, ao atendente, aos diretores e militantes dos sindicatos de base etc. que são, na nossa visão, os verdadeiros donos da Fentect. Contamos, para o êxito da mobilização, com a criatividade dessa massa de trabalhadores que acreditaram que a vitória da Oposição começou a libertar os trabalhadores dos Correios da ditadura burocrática atrelada à direção da empresa.

Causa Operária: Nessa campanha salarial, a direção dos dois maiores sindicatos da categoria, de SP e RJ, dirigidos pelo PCdoB, decidiu romper com a federação e tentar negociações separadas com a empresa. Qual a razão desta ruptura? Como você avalia a política dessas diretorias e como o Movimento de Oposição vai agir em relação a isso?
Édson Dorta: A ruptura do PCdoB nos grandes sindicatos do RJ e SP está se dando por uma política defensiva destas organizações diante da insatisfação da categoria com o bloco PT- PCdoB que dirigia a Fentect e a crescente impossibilidade de levar adiante a sua política de capachos dos diretores da ECT. Tentaram dar o golpe de que as traições das campanhas salariais passadas são da responsabilidade única e exclusiva dos sindicalistas do PT, no entanto, os trabalhadores sabem que o PCdoB foi parte decisiva nestas traições e tem pelo menos 50% do crédito, senão até mais. Esta política é um tiro no pé destas direções, que serão varridas do nosso movimento, pois os trabalhadores estão cada vez mais convencidos de que só a unidade em uma única Federação pode levar o trabalhador à vitória, isto foi comprovado com a derrota da politica divisionista do PSTU no Contect, e também será comprovada na luta contra os traidores e divisionistas do PCdoB em SP e no RJ. O Movimento de Oposição vai lutar energicamente contra estes traidores que estão tentando enganar os trabalhadores e não vamos permitir em hipótese nenhuma que eles participem de qualquer negociação em nome dos trabalhadores. Vamos fazer oposição nestas bases sindicais e inserir os trabalhadores de São Paulo e Rio de janeiro na campanha salarial da Fentect com o apoio, espero, de todos os sindicatos filiados e de todos os trabalhadores do Brasil inteiro.

Causa Operária:
 Outra ala da burocracia sindical, comandada pelo PSTU, também anunciou a intenção de dividir a federação. A que se devem essas tentativas de ruptura? Elas terão sucesso mesmo depois da vitória da oposição?
Édson Dorta: A ruptura proposta pelo PSTU/Conlutas, por ser sócio menor da burocracia sindical foi a primeira a ser derrotada, e também a que tinha o menor objetivo, ou seja, apenas formar uma federação anã, com menos de 6% da categoria, uma inutilidade, uma ficção sindical criada apenas para garantir cargos e privilégios para os sindicalistas do PSTU, como o Jacaré, o Geraldinho e o Heitor. Esta ruptura foi duramente derrotada no Contect, e não há a menor condição de ser colocada novamente, pois dos seis sindicatos que estavam arrastando para este gueto politico, apenas o sindicato do Vale do Paraíba ainda não se pronunciou contra a desfiliação da Fentect, no entanto, ainda estamos procurando este sindicato para exigir deles um posicionamento, pois caso contrário teremos que formar uma oposição lá, como estamos fazendo em SP e no RJ onde está o PCdoB fazendo este papel sujo. Uma questão chave para nós e para todo o movimento de Oposição é a luta para impedir a desagregação da Fentect da qual somos, de fato, os únicos defensores.

Causa Operária: Qual o significado destes fatos em relação à política de construção de uma central sindical alternativa como a Conlutas, que envolve uma parcela do ativismo da esquerda no movimento sindical e, em geral, para este tipo de proposta?
Édson Dorta: O papel da Conlutas, projeto de central sindical do PSTU, é o de dispersar as forças de oposição à política da burocracia sindical dirigida pelo PT e PCdoB com o intuito de criar uma base eleitoral para o PSTU e privilégios para os seus dirigentes sindicais. Foi o que eles fizeram na CUT. Quando a Articulação Sindical do PT enfrentou a sua pior crise, com a questão da reforma sindical proposta pelo governo Lula, o PSTU/Conlutas se retirou de dentro da CUT, do movimento de oposição, alegando que a CUT não era democrática, e que era um escritório do governo. Mesmo sem a oposição no interior da CUT, a Articulação não conseguiu aprovar a reforma sindical do governo. Mas conseguiu se manter em um controle verdadeiramente ditatorial da maior e única central de trabalhadores com a ajuda inestimável da Conlutas. Eles queriam fazer o mesmo na Fentect, o movimento de oposição nos Correios não caiu nesta politica sectária. 
A derrota desta política na Fentect não foi uma manobra de aparelho, mas veio das bases, tem relação com a greve de 28 dias. Ela foi rejeitada por milhares e milhares de trabalhadores. Nesse sentido, é preciso não se confundir sobre o fato de que esta derrota coloca em xeque, podemos dizer até mesmo, em xeque-mate, toda a política fictícia, sectária e oportunista ao mesmo tempo, de construção da Conlutas. Não há como sobreviver uma política que foi derrotada em uma arena de classe tão ampla. Creio que está na pauta, na ordem do dia, a discussão sobre a oposição classista dentro da CUT e pretendemos fazer esta discussão com os nossos aliados e com os trabalhadores dentro do movimento dos Correios.
Nós temos, também, uma outra proposta, que se opõe a este divisionismo que é a da criação de um sindicato único nacional dos trabalhadores dos Correios, discussão que pretendemos fazer no movimento com muita calma, mas que acredito ser possível para obter um consenso geral e superar a crise atual aberta pelos pelegos do PCdoB e apoiada pelo PSTU.

Causa Operária: Qual é o balanço do PSTU como partido de esquerda com base na sua atuação no movimento dos correios?
Édson Dorta: Com o combate que o movimento de oposição deu às posições ao mesmo tempo sectárias e oportunistas do PSTU nos Correios, a política do PSTU se mostrou em vários momentos, uma das mais reacionárias, defendendo o PCdoB, deixando claro que o PSTU vem abandonando até o discurso de esquerda, a ponto de defender intervenções em sindicatos, abonos em vez de salários etc. Uma coisa que muito não sabem é que o PSTU foi o eixo de organização da burocracia nos Correios e o principal responsável pelas maiores traições à categoria e que estas traições levaram à sua crise, agora crise terminal, e à sua perda de autoridade no interior da própria burocracia que ficou dominada por PT e PCdoB a partir de 2003. A situação de virtual dissolução do PSTU no movimento dos Correios é a conclusão lógica de uma longa trajetória baseada em uma política antioperária a qual, infelizmente, não temos condições de fazer aqui, mas que colocamos por escrito no processo do XI Congresso e a qual aconselharia a todos os companheiros que têm interesse em conhecer o movimento dos Correios que lessem.

Causa Operária: É possível concluir, a partir dessa vitoria do Movimento de Oposição, que a política de dividir as organizações sindicais, como alternativa ao domínio da burocracia sindical, se revelou fracassada?
Édson Dorta: Sem dúvida nenhuma, a politica de dividir só favorece quem tem mais controle dos aparelhos, e fortalece a direção da ECT que poderá escolher o grupo que ela vai negociar. No caso do PSTU/Conlutas dos Correios, a politica de dividir foi derrotada na prática e vai servir para outras categorias não cairem neste sectarismo de covardes.

Causa Operária :Do ponto de vista do desenvolvimento geral do movimento sindical dos correios, qual é o significado da etapa atual?
Édson Dorta: Inicialmente de colocar o movimento de oposição para dirigir os trabalhadores dos Correios na campanha salarial e nas lutas gerais da categoria, como a questão da privatização da ECT, para isso precisamos aumentar as base de oposição nos sindicatos controlados pela burocracia sindical. Em perspectiva, a ampliação da luta da categoria aponta para uma completa renovação, tanto sindical como política da categoria conforme afirmei anteriormente. Esta é uma discussão fundamental a ser feita no próximo período.

Causa Operária: Qual o papel da corrente Ecetistas em Luta, liderada pelos militantes do PCO, neste desenvolvimento?
Édson Dorta: O Partido da Causa operária esteve desde o inicio da construção do movimento dos trabalhadores dos  Correios, com a participação expressiva do companheiro Pedro Paulo de Abreu Pinheiro, atual presidente do Sintect-MG e que foi o primeiro presidente da Associação nacional dos trabalhadores dos Correios que se transformou futuramente na Fentect, só por isso já nos capacita para defender  a expulsão destes sindicalistas vendidos que tomaram conta da Fentect a mando da ECT. Num certo sentido temos aqui uma retomada de uma grande tradição de luta. Também atuamos com militantes experientes na luta contra a burocracia sindical em sindicatos importantes, como a companheira Anaí Caproni, que em São Paulo combateu energicamente as posições da burocracia sindical deste sindicato, dirigido pelo trio PSTU-PCdoB-PT.
Neste sentido a Corrente Ecetistas em Luta desenvolveu uma intensa atividade de combate à burocracia sindical, denunciando as traições e ao lado dos trabalhadores apontando a luta.
Lutamos pela unidade da Oposição, que consideramos necessária para este processo, que não pode ser levado adiante nesse momento por nenhuma força isolada e nos sentimos recompensados pela política assumida por diversos sindicatos, correntes e militantes aos quais estamos associados neste empreendimento.

Causa Operária: Você gostaria de fazer alguma consideração final?
Édson Dorta: Gostaria de agradecer a oportunidade e dizer que esta vitória, apesar de ser histórica e espetacular é apenas um passo para o controle dos trabalhadores sobre a Fentect, suas organizações e a própria direção da ECT. Temos muito o que fazer e a luta vai se dar nas bases, esclarecendo e organizando os trabalhadores. Vamos precisar de toda a determinação de todos os companheiros para levarmos esta luta à vitória. Uma andorinha só não faz verão.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Ex-sindicalista comanda as provocações contra a campanha salarial



O Movimento de Oposição e os trabalhadores devem exigir que os ex-sindicalistas vendidos, como o senhor Luiz Eduardo do Ceará (PCdoB), sejam afastados das negociações da campanha salarial
A direção da ECT passou por cima dos trabalhadores, marcando arbitrariamente o início das negociações, aproveitando a recém eleição da nova diretoria da Fentect, vencida pelo Movimento de Oposição. Isso foi feito seguido de uma intriga divulgada entre os trabalhadores de que a federação estaria se recusando a negociar.
Essa intriga é mais uma provocação contra o Movimento de Oposição e contra toda a categoria. O principal provocador é o ex-sindicalista Luiz Eduardo Rodrigues da Silva, conhecido como Eduardo do Ceará. Esse elemento, membro do PCdoB/CTB, recebeu como prêmio pelas traições aos trabalhadores, na época em foi sindicalista, um cargo de Gerente de Negociações da empresa.
A provocação promovida por esse elemento mostra que os piores carrascos dos trabalhadores são aqueles que se venderam pra a direção da empresa. Por isso, a corrente Ecetistas em Luta publicou uma nota esclarecendo os trabalhadores e exigindo o afastamento desses ex-sindicalistas carrascos da categoria.
Nota de esclarecimento sobre as provocações da empresa na campanha salarial

1. Após a direção da ECT enviar aos trabalhadores dos correios nota onde insinua que a nova direção da Fentect não quer negociar a campanha salarial, foi a vez do ex-sindicalista Luiz Eduardo Rodrigues da Silva realizar uma nova provocação contra os trabalhadores e sua organização sindical.
2. Este elemento, um ex-sindicalista promovido a Gerente de Negociações da ECT como prêmio para os serviços prestados contra os trabalhadores enviou aos trabalhadores dos correios uma carta onde, mais uma vez de forma completamente unilateral e sem consultar os representantes dos trabalhadores, marca uma reunião de negociações para a próxima segunda-feira. Atua como um verdadeiro patrão, querendo impor a sua vontade a todos os 100 mil trabalhadores.
3. Está ficando cada vez mais evidente de que estas ações da direção da empresa nada mais são que mais uma intriga daqueles que são responsáveis por uma das piores administrações da ECT em todos os tempos, incluindo a própria ditadura militar. Com este início, repetimos que a campanha salarial será uma série de provocações dos defensores do SAP, dos baixos salários, das demissões e da privatização contra os trabalhadores e seus representantes.
4. O autor desta nova provocação é o ex-sindicalista Luiz Eduardo Rodrigues da Silva. Os trabalhadores sabem, por experiência, que estes ex-sindicalistas transformados em patrões são sempre os piores carrascos contra os trabalhadores. Esta verdade está sendo comprovada novamente nesta campanha salarial.
5. Propomos a todos os trabalhadores e ao Movimento de Oposição rejeitar a presença na mesa de negociação destes renegados do movimento sindical que querem a todo custo esmagar o trabalhador para justificar o seu papel de lacaio na administração da ECT. Seu currículo, que não ostenta competência de espécie alguma, tem apenas a longa folha de serviços prestada contra o interesse do trabalhador, primeiro no movimento sindical e agora como lacaio dos empresários da ECT.
6. Chamamos, uma vez mais, todos os companheiros da base da categoria, do Movimento de Oposição e o sindicalismo dos correios em geral a repudiar esta nova tentativa da empresa e do seu lacaio amestrado de atropelar as negociações e exigir respeito à organização e representação dos trabalhadores.
A Coordenação Nacional da Corrente Ecetistas em Luta
Parte do Movimento Nacional de Oposição. 

Empresa quer que as negociações sejam feitas a toque de caixa


Corrente Ecetistas em Luta esclarece os trabalhadores sobre a nota enviada pela empresa acusando a nova diretoria da Fentect de não querer negociar a campanha salarial 
A direção da ECT está lançando uma campanha de calúnias contra a nova direção da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect). 
A empresa sabe que no último congresso a categoria aprovou uma série de alterações no estatuto da federação e que a nova diretoria da entidade não irá impor os acordos miseráveis propostos por esta aos trabalhadores, como fez a antiga direção. 
A tentativa da empresa de que as negociações sejam feitas a toque de caixa não será aceita por essa direção da Fentect e, nessa campanha salarial, o Comando Nacional de Mobilização e Negociação será amplo, com 41 representantes dos trabalhadores. 
A Corrente Ecetistas em Luta, do Partido da Causa Operária, lançou uma nota sobre o assunto, que reproduzimos abaixo. 
Nota de esclarecimento nº 2
São Paulo, 5 de julho de 2012
Não vamos aceitar provocações contra a nossa campanha salarial
1. A direção da ECT está enviando aos trabalhadores dos correios nota na qual insinua que a nova direção da Fentect não quer negociar a campanha salarial.
2. Marcaram unilateralmente uma data para iniciar as negociações sem sequer consultar os representantes dos trabalhadores para criar uma situação constrangedora.
3. Trata-se de mais uma intriga daqueles que são responsáveis por uma das piores administrações da ECT em todos os tempos, incluindo a própria ditadura militar. Com este início, já sabemos que a campanha salarial será uma série de provocações dos defensores do SAP, dos baixos salários, das demissões e da privatização contra os trabalhadores e seus representantes.
4. Os autores desta nova provocação são sindicalistas que foram comprados pela direção da ECT com altos cargos e altos salários para trair as nossas campanhas salariais como os srs. Manoel Cantoara e Luiz Eduardo Rodrigues da Silva.
5. A direção da ECT sabe perfeitamente que houve extensa reorganização da Fentect no XI Congresso com a mudança da diretoria, a ampliação de cargos e a criação de um novo tipo de comando de mobilização e da forma de negociação. Sabe, portanto que é necessário tempo para organizar a campanha salarial.
6. Querem também que as negociações – onde normalmente nem mesmo respondem às reivindicações dos trabalhadores – sejam feitas a toque de caixa para que os trabalhadores não estejam sequer informados do que está acontecendo, não possam se mobilizar e não possam se organizar para fazer valer os seus direitos. E, desta forma, sejam mais uma vez lesados pelos que transformaram a ECT no caos em que se encontra neste momento, desacreditada diante do povo.
7. É assim que se manifesta a ditadura da direção da empresa contra os seus funcionários.
8. Chamamos todos os companheiros da base da categoria, do Movimento de Oposição e o sindicalismo dos correios em geral a repudiar esta tentativa da empresa de atropelar as negociações e exigir respeito à organização e representação dos trabalhadores.
A Coordenação Nacional da Corrente Ecetistas em Luta
Parte do Movimento Nacional de Oposição 

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Direção da ECT e a burocracia sindical lançam uma campanha de calúnias contra a nova diretoria da Fentect


No último XI Congresso Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Contect), o Movimento de Oposição à Articulação Sindical/PT e ao PCdoB ganhou as eleições para a direção da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect).
Assim que o congresso terminou, ambas passaram a circular uma série de boatos e mentiras sobre a composição da nova diretoria.
Militantes da Corrente Ecetistas em Luta, assim como de outras correntes do Movimento de Oposição, foram surpreendidos com essa campanha feita, sobretudo, nas redes sociais.
Foram realizadas acusações completamente sem fundamento, como a de que há uma luta por cargos dentro do Movimento de Oposição, que uma parte das correntes oposicionistas deseja dar um “golpe” nas demais, entre outras calúnias.  
Para esclarecer essa campanha de calúnias, a Corrente Ecetistas em Luta, do Partido da Causa Operária, lançou uma nota que segue abaixo.


Nota de esclarecimento sobre a nova diretoria da Fentect

1.      Imediatamente após o XI Contect começaram a circular boatos e mentiras sobre a composição da nova diretoria, sobre a Secretaria Geral e as comissões da Fentect. Não temos absolutamente qualquer dúvida de que a origem destes boatos e mentiras é o escritório central da direção da empresa em Brasília, particularmente certos ex-sindicalistas que se prostituíram para a direção da ECT e venderam a categoria por 30 moedas de prata como os srs. Manoel Cantoara e Luiz Eduardo Rodrigues da Silva.
2.      Nesse sentido, vimos a público oficialmente esclarecer os fatos.
3.      Em primeiro lugar, não há e não houve qualquer luta por cargos dentro do Movimento de Oposição. A primeira demonstração é que foi feito um acordo para que a Secretaria Geral seja exercida em forma de rodízio pelos integrantes do movimento e não por um único grupo. Um fato inédito que atenta contra o sistema ditatorial que sempre vigorou na entidade.
4.      Uma segunda demonstração é que o MRL, um dos maiores agrupamento de delegados na bancada da Oposição abriu mão completamente da sua participação na Secretaria Geral, inclusive no rodízio.
5.      Uma terceira demonstração é que o Ecetistas em Luta (PCO), que tinha mais de um terço dos delegados da bancada oposicionista propôs dividir a Secretaria Geral com um agrupamento com muito menor número de delegados, como é o caso da Intersindical, encabeçada pela diretoria do Sintect-CAS e com um independente que é o companheiro José Rodrigues que tinha apenas cinco delegados no Congresso, indicado pela própria corrente Ecetistas em Luta. Nenhum dos grupos que saem a campo para criticar e caluniar teria feito ou aceito as propostas que foram feitas no bloco pelos agrupamentos majoritários.
6.      O rodízio na Secretaria Geral foi aprovado por consenso dentro do Movimento de Oposição, assim como todas as outras decisões. Ninguém foi excluído de qualquer decisão e todos puderam apresentar a sua posição. Esta decisão foi tomada antes de que qualquer nome fosse escolhido para compor a chapa.
7.      O companheiro José Rodrigues foi escolhido para falar em nome da chapa vitoriosa ao final por um motivo político e não por nenhuma definição de cargos.
8.      A composição da chapa foi feita observando-se rigorosamente a proporcionalidade entre todas as correntes e foram dados dois cargos na efetiva e dois suplentes para os setores independentes.
9.      As comissões foram formadas também observando-se escrupulosamente a proporcionalidade entre as forças componentes e as negociações.
10.  Como não havia condições para que as correntes discutissem os nomes definitivos foram preenchidas com nomes repetidos e foi colocada na ata a ressalva de que estes nomes poderão ser reformulados posteriormente pelas correntes que compõem a Oposição.
11.  Como se pode ver há uma usina de mentiras e calúnias que busca prejudicar a Oposição vitoriosa no Congresso com invenções sem nenhuma base na realidade. Estas invenções, criadas pela direção da empresa e os sindicalistas prostituídos que hoje atuam como administradores contra o trabalhador são repetida por militantes do PSTU nas redes sociais e, logicamente, por integrantes da fração majoritária do PT derrotada.
12.  Isso mostra claramente que ambos estão a serviço da direção da ECT contra os trabalhadores.
13.  A vitória da Oposição no XI Contect foi um duríssimo golpe nos planos de privatização da direção da empresa que sabe que, a partir de agora, encontrará pela frente uma maioria de militantes e dirigentes sindicais que quer acabar com as terceirizações, o SAP, o PCCS da escravidão e todas as mazelas que foram sendo impostas ao trabalhador com a colaboração do sindicalismo pelego que estava na direção da Fentect. Sendo assim, os patrões, a direção da ECT, o governo do PT e seus paus-mandados dentro do movimento sindical dos correios, em uma única frase, os nossos inimigos de classe vão usar de todos os meios, sujos, pérfidos, traiçoeiros para impor mais uma derrota aos trabalhadores e tentar recuperar o terreno perdido.
14.  Alertamos todos os trabalhadores para que fiquem atentos a estas manobras e às calúnias, mentiras e intrigas dos inimigos da categoria dos trabalhadores dos correios e de toda a classe trabalhadora e defendam esta grande conquista que foi a derrubada dos agentes patronais do comando da Fentect.

A Coordenação Nacional da Corrente Ecetistas em Luta
Parte do Movimento Nacional de Oposição