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sexta-feira, 29 de março de 2013

Nota Política da Corrente Ecetistas em Luta

São Paulo, 27 de março de 2013
Sobre as Negociações da Campanha da PLR 2012-2013
1. O programa de PLR – Participação nos Lucros e Resultados - nos Correios foi adotado no Governo Neoliberal de Fernando Henrique Cardoso (FHC), através da MP – Medida Provisória 1.982-77 de 2000 com o objetivo de evitar reajustes salariais que incidissem sobre os proventos tais como 13%, férias etc.

2. Pelo fato da PLR ser um instrumento patronal contra a luta dos trabalhadores por aumento de salário, o Congresso Nacional, presidido pelo Senador Antônio Carlos Magalhães, reconhecidamente um coronel do Nordeste, político representante dos interesses da direita brasileira, transformou a MP de FHC na lei n° 10.101, de 19 dezembro de 2000.

3. Já no artigo 1° da lei da PLR, ACM ou “Toninho Malvadeza” como ficou conhecido, após demitir milhares de trabalhadores que fizeram as greves dos Correios nos anos 80, quando era Ministro das Comunicações, explica que a Participação nos Lucros ou Resultados tem como objetivo a “...integração entre o capital e o trabalho e como incentivo à produtividade”, traduzindo para o entendimento de classe, unir o patrão e o trabalhador para que o trabalhador trabalhe cada vez mais.

4. Diante disso, o movimento sindical combativo dos Correios sempre visou nas negociações de PLR não aceitar de maneira nenhuma que a ECT impusesse critérios de exploração da categoria (GD depois transformado em GCR, Metas, Absenteísmo e agora o SAP e SARC) para pagar PLR.

5. A ECT precisou comprar alguns sindicalistas do PT, do PCdoB e, seus satélites, em mesas de negociação de PLR para que houvesse a assinatura da Fentect em acordos que oficializassem a exploração da empresa sobre os trabalhadores, relacionando esses critérios ao pagamento da PLR. Assim foi no péssimo acordo de PLR de 2011. O ex- sindicalista do PT do Paraná - Nilson Rodrigues dos Santos, após aceitar estes critérios de exploração da categoria para pagamento de PLR de 2011 recebeu um cargo ASGET na DR – SPI e agora recebe mais de R$ 10 mil reais de salário, enquanto os trabalhadores ficaram com as metas e as migalhas da PLR.

6. Com a aprovação do PCCS da escravidão pelo PT, PCdoB e PSTU em 2008, as condições de trabalho pioraram terrivelmente, criando um excesso de trabalho que a categoria mal pode suportar. Agora, querem aumentar a escravidão aprovando, com o consentimento dos dirigentes sindicais, mais condicionantes para o pagamento da PLR.

7. É inaceitável qualquer tipo de condicionante para o pagamento da PLR nos Correios, pois os trabalhadores ecetistas vivem em constante pressão, excesso de serviço, péssimas condições de trabalho, falta de funcionários, de equipamentos de segurança, de materiais para a execução do trabalho e agora ainda sofrem com os inúmeros assaltos nas agências e nas entregas domiciliares.

8. É inaceitável qualquer tipo de condicionante para pagamento de PLR nos Correios, pois mesmo com todas as dificuldades que os trabalhadores enfrentam, o serviço postal no Brasil é reconhecido como um serviço de excelência, ganhando prêmios internacionais e a empresa a cada ano bate recordes de faturamento e lucratividade.

9. É inaceitável qualquer tipo de condicionante para pagamento de PLR nos Correios, pois mesmo com toda lucratividade obtida com o suor dos trabalhadores da área operacional da empresa, em 2012 o lucro superou R$ 1 bilhão de reais, o salário pago pela ECT é o mais baixo de todas as estatais, tendo a grande maioria da categoria que sobreviver com menos de R$ 1 mil reais por mês.

10. Diante disso, aceitar em mesa de negociação a conversa fiada do representante patronal, o vendido ex-sindicalista do PCdoB do Ceará, Luiz Eduardo Rodrigues da Silva, que os representantes dos trabalhadores devem fazer uma proposta de como seriam mais bem explorados pelo correio para receber uma migalha de PLR, é dar o aval para ECT transformar as unidades operacionais em um super campo de concentração, onde os trabalhadores serão vigiados como se fossem máquinas, não podendo faltar em hipótese alguma e ainda teriam que competir com seu próprio colega de trabalho em troca de uns centavos a mais na gorjeta que a ECT distribui a título de PLR.

11. Cair na conversa fiada dos dirigentes sindicais do PT, liderados pelo mega pelego e traidor José Rivaldo, vulgo “Talibã”, é se sujeitar à política derrotada no Congresso da Fentect, de que meia dúzia de dirigentes sindicais vão demolir a intransigência da ECT de explorar a categoria. Isso, sem convocar um comando amplo para mobilizar a categoria e através de expedientes falidos, como o da contraproposta rebaixada, onde o movimento sindical vai cedendo terreno para as posições da ECT até aceitar, sem nenhum tipo de luta e sem o aval da categoria, com a exploração dos trabalhadores pela direção corrupta da ECT. Desta maneira é impossível impor à ECT a PLR dos trabalhadores, linear, sem critérios e de no mínimo R$ 2.500,00.

12. Seguir a política traidora do PT-Talibã de negociar critérios, formular contrapropostas rebaixadas da PLR junto aos mentirosos negociadores da ECT, liderados pelo vendido ex-sindicalista Luiz Eduardo do Ceará é se igualar aos traidores e divisionistas do PCdoB de São Paulo e Rio de Janeiro que não discutem nada na base da categoria, evitam qualquer tipo de mobilização nas bases, que sempre tem na manga uma contraproposta para rebaixar as reivindicações da categoria a fim de chegar o mais próximo possível do que a ECT quer impor para os trabalhadores dos Correios.

13. Os divisionistas do PCdoB/CTB se apressaram em apresentar uma contraproposta que na realidade é a proposta de Luiz Eduardo. Ali estão todos os critérios, incluindo as faltas injustificadas para chantagear os trabalhadores. Os divisionistas querem que a ECT desconte a PLR dos trabalhadores que faltaram ou que tenham suspensão. Essa é a proposta da empresa disfarçada.

14. Diante disso, ressaltamos a necessidade de convocar imediatamente um Comando de negociação ampliado, deixando para trás a política derrotada de Talibã e sua turma, o balcão de negócios nas negociações com a ECT. O Comando amplo de um por sindicato e bases sindicais vai ter mais autoridade para debater a questão da PLR e mobilizar a categoria contra a tentativa da ECT de usar a PLR como método de escravização da nossa categoria.

15. Devemos reforçar a reivindicação dos trabalhadores na mesa de negociação de que o lucro da ECT é fruto do trabalho coletivo de toda categoria, que estes trabalhadores se doaram de forma incondicional nas suas atividades e por isso mesmo não temos que aceitar mais nenhuma imposição da direção dos Correios. O suposto lucro tem que ser dividido de forma igualitária a todos os trabalhadores, e no mínimo de R$ 2.500,00 para cada trabalhador.

16. Abaixo a política de campo de concentração do PCCS, que a direção da ECT quer oficializar através da PLR. Chega de migalhas! Chega de enrolação!

Coordenação da Corrente Ecetistas em Luta
São Paulo, 27 de março de 2013.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Dois sindicalistas são agraciados com cargos na direção dos Correios

Balcão de negócios na ECT: Caso as informações se confirmem, Golbery Felix da Articulação/PT e João Alves do PCdoB, receberam cargo na empresa em troca de serviços prestados contra a categoria, seguindo os passos de Cantoara e Luiz Eduardo


Golbery, o primeiro da esquerda para a direita, que segundo boatos teria recebido um cargo na ECT.
(Foto: blog dos Correios)
Mais dois sindicalistas receberam cargos de chefia nos Correios em troca dos serviços prestados para a empresa contra os trabalhadores. Seguindo o caminho dos seus ídolos Manoel Cantoara (PT), Nilson Rodrigues (PT), Luiz Eduardo Ceará (PCdoB) e tantos outros vendidos e traidores da categoria.

Ainda são apenas boatos, mas há a notícia de que os traidores agraciados da vez são: Golbery Felix Valoria, da Articulação Sindical do PT do Rio Grande do Sul e João Alves de Melo do PCdoB de Ribeirão Preto.

Segundo os boatos, vindos de fontes bem confiáveis, Golbery recebeu um cargo depois de ser membro da comissão eleitoral do Conselho Administrativo da ECT.
Esse conselho é uma criação da MP 532 (Medida Provisória) que mudou os estatutos da ECT para criar condições para a privatização dos Correios. Esse conselho segue o modelo de gestão empresarial das empresas de Sociedade Anônima. Golbery foi justamente o representante da comissão eleitoral que pretendia colocar um representante dos trabalhadores para ser conivente com esse golpe da privatização. Golbery conseguiu esse cargo durante o mandato anterior da Fentect (da qual ele era diretor), dominado pela Articulação/PT e PCdoB.

A maioria da atual diretoria da federação, composta pelo Movimento de Oposição ao Peleguismo (MOPe) destituiu essa comissão eleitoral, inclusive Golbery, por entender que os interesses estão contrários aos dos trabalhadores.
Chamamos a categoria a ficar de olho em qual cargo Golbery vai receber para denunciar amplamente a traição. A direção majoritária da Fentect vai exigir a expulsão de qualquer sindicalista que tenha alguma ligação com a federação.
Outro que já está na boca do povo como sendo mais um vendido para o patrão é João Alves de Melo, lotado em Franca (SP) e diretor do Sintect-RPO (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Ribeirão Preto).

Segundo as informações, ainda extra-oficiais, João “Bigode” teria sido agraciado com o cargo de coordenador de unidade operacional. Se confirmado, ele será mais um ex-sindicalista que agora passa a ser o chicoteador oficial do trabalhador.

João Bigode segue os passos de Luiz Eduardo do Ceará, que como ele, também é do PCdoB. O cargo do João Bigode foi uma recompensa pela traição à greve de 2011. Ele era membro do comando de negociação de greve, aquele mesmo que aceitou todas as imposições da empresa e do TST e que é o culpado pela compensação dos dias parados que escravizou a categoria.

Dois anos depois, é natural que João Bigode recebesse sua recompensa por tamanha traição à maior greve dos últimos anos.

O exemplo é importante para mostrar a necessidade de ampliar o comando de negociação da campanha salarial e da PLR. João esteve no velho comando de negociação quando este era composto por apenas sete membros e como fica claro era um verdadeiro balcão de negócios de compra e venda de sindicalistas traidores.

Por isso, a primeira medida tomada pela oposição na Fentect foi transformar o comando para um membro por sindicato.

Caso essas informações se confirmem os trabalhadores e a nova diretoria da Fentect vai exigir a expulsão desses vendidos de todas as atividades e cargos sindicais. O tempo de traições acabou. Agora quem manda são os trabalhadores.

Lotar as assembleias para arrancar a PLR da empresa

A categoria deve aprovar um calendário de lutas e organizar a mobilização por uma PLR linear e sem metas para todos os trabalhadores

Está em andamento entre a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) e a direção da empresa a discussão sobre a PLR 2013.

Diante da proposta da empresa de escravização dos trabalhadores pela chantagem de uma PLR miserável a Fentect está orientando os sindicatos regionais a realizarem assembleias no dia 4 de abril para rejeitar a proposta.

A categoria deve lotar as assembleias e não cair nos golpes das burocracias sindicais que dirigem boa parte dos sindicatos no país. As assembleias devem ser utilizadas para iniciar uma verdadeira mobilização de base. É preciso desmascarar a empresa e lutar por uma PLR de verdade.

Os representantes da ECT nas diferentes reuniões que aconteceram para discutir a PLR continuam provocando a categoria com a proposta de reservar 10% do montante da PLR para o dito “setor estratégico”.

Essa reserva foi inaugurada na PLR de 2012, que foi protocolada unilateralmente pela empresa junto aos órgãos responsáveis no governo federal.

Sobre a PLR 2012 a empresa não dá maiores informações. Não apresenta os valores, o lucro que será dividido, nada. Até agora a categoria não sabe quanto será pago de participação nos lucros pela atividade de 2012. Mas a direção da empresa quer a todo custo forçar os representantes da categoria a fechar um acordo a respeito da PLR 2013, com os mesmos critérios de 2012.

A empresa fala que quer negociar, mas não apresentam os números, os critérios. E ainda quer forçar a categoria a trabalhar mais, através das metas, para aumentar a PLR dos chefes.

Querem dar para os chefes uma participação muitas vezes maior que a dos trabalhadores. Além de receberem da parte que será dividida entre todos, teriam esses 10% que será dividido entre a cúpula da empresa. É uma verdadeira afronta à categoria de conjunto.

E não é só. Estão propondo uma PLR dupla para os chefes, enquanto os trabalhadores para receberem a tradicional mixaria terão de submeter a metas, ao GCR, aos capitães do mato que impõem o SAP etc.

A resposta da categoria a mais essa provocação dos ex-sindicalistas traidores que estão na mesa de negociação defendendo a cúpula da empresa é a mobilização na base por uma PLR linear, de no mínimo R$ 2.500,00 para todos os trabalhadores.

Chega de a categoria carregar os lucros da empresa nas costas e se contentar com salários rebaixados e ainda a chantagem da PLR.

Em todo o país a tarefa é lotar as assembleias e aprovar um calendário de lutas:

Pela abertura imediata das contas da empresa; pela transparência nas negociações; transmissão ao vivo das reuniões; ampliação do Comando da Fentect com um representante por sindicato para acabar com o balcão de negócios em que os traidores transformaram as negociações com a ECT; por uma PLR linear, sem metas, de no mínimo R$ 2.500,00; Fim do GCR e do SAP.

Participação nos lucros ou chantagem por metas?

PLR 2012-2013: Entender o passado para mudar o presente nas negociações da PLR dos Correios. Nada de acordos de portas fechadas. Mobilizar a categoria na base


As discussões sobre a PLR da categoria dos Correios foram retomadas nacionalmente.

A empresa chamou a Comissão da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) para uma reunião, mas não deixou claro o novo prazo para negociações e manteve para 2013 a mesma proposta de plr apresentada unilateralmente para 2012.

Aqui cabe o esclarecimento aos trabalhadores ecetistas sobre como se deu a discussão da PLR 2012 e qual tradicionalmente é a posição da empresa nesse tema.

A chamada PLR foi um estratagema inventado pelos patrões para dar um cala boca aos trabalhadores, desviando a atenção do que realmente importa: o aumento salarial.

No caso das empresas estatais, como é o caso dos Correios, foi uma medida aprovada durante o governo neoliberal de FHC para legalizar o saque do governo aos cofres da empresa. O governo pega sua parte no lucro, que pode ser entre 25 a 75% do montante, e separa a sobra para ser dividida entre os trabalhadores. A forma de divisão entre os trabalhadores dessa sobra de lucro é que seria mérito da discussão entre os representantes sindicais e a ECT.

O governo senta com a direção da empresa e juntos determinam quanto ficará com o governo e a sobra serve como um verniz democrático de Participação nos Lucros.

Por lei a PLR precisa ser paga, mas ao contrário da data-base não depende de acordo com os trabalhadores para ser protocolada pela empresa. Desde que foi estabelecida em 2001 nunca deixou de ser paga, mesmo sem acordo entre as partes e ainda que fosse uma mixaria.

Por isso a ECT está impondo unilateralmente a PLR de 2012 cheia de metas e a absurda reserva de 10% da verba da PLR para o que está chamando de “setor estratégico”. Um absurdo que a direção da empresa se dá ao luxo de não negociar com os representantes dos trabalhadores.

Mobiliar os trabalhadores por uma PLR de verdade

Diante das mentiras da ECT e das calúnias de setores da burocracia sindical (da direção do Sindicato do Pará) é preciso esclarecer que no ano passado as negociações não avançaram com a empresa, e a antiga direção da Fentect, de Talibã e Cia. não fez nenhuma mobilização para tentar reverter essa situação. Facilitando o caminho para a ECT impor as metas e a chantagem contra os trabalhadores.

Agora, a nova direção da Federação está lutando para não apenas abrir caminho de negociação com a empresa pelas vias legais, e da negociação, mas também chamando a categoria à mobilização.

Chega e negociações de mentirinha. Como diz a campanha lançada pela Federação, Chega de enrolação e de enganação. Se a ECT quer pagar PLR realmente negocie com os trabalhadores, abra as contas e pague uma verdadeira participação nos lucros.

Aqui, a nova direção da Fentect, do Movimento de Oposição ao Peleguismo (Mope) encontra como barreiras a própria empresa que volta a utilizar os sindicatos divisionistas contra a categoria e as direções sindicais pelegas que não encaminham a luta porque continuam do lado da empresa.

Querem usar as migalhas que pagam a título de PLR, para que os trabalhadores se sujeitem ao aumento das metas que já estão abusivas, ao GCR que escraviza a categoria e ao Absenteísmo que pune o trabalhador que adoece.

A empresa quer usar a PLR para esfolar ainda mais os trabalhadores e para isso conta com as direções sindicais traidoras. A Corrente Ecetistas em Luta defende a ampliação do Comando da Fentect para um representante de cada sindicato; a transparência nas negociações com acesso aos balancetes da empresa, transmissão ao vivo das reuniões, PLR linear e sem metas.

Somente a mobilização a partir da base da categoria poderá reverter essa situação e garantir uma PLR de verdade para todos os ecetistas.

ECT pune grevista com hora extra

Retaliação: A Direção da ECT iniciou o processo de caça às bruxas contra os grevistas, convocando os trabalhadores para fazer horas extras

A direção da empresa enviou uma convocação exigindo que os trabalhadores que participaram da última greve compensassem os dias parados. De acordo com o documento, os ecetistas serão obrigados a realizarem horas extras.

O pagamento das horas paradas é uma maneira de desmoralizar o movimento grevista nos setores de trabalho. Os trabalhadores ficam a mercê da pressão e do assédio dos chefes, realizando horas extras diárias sem receber pelo trabalho.

As horas extras é um instrumento patronal para ampliar a jornada de trabalho, sobrecarregando os trabalhadores. O excesso de trabalho afeta a saúde dos trabalhadores provocando doenças ocupacionais físicas e psicológicas.

A compensação dos dias parados é um ataque ao direito de greve. O pagamento das horas paradas é uma punição aos companheiros que exerceram o direito de greve, garantido inclusive pela Constituição. É um abuso e uma ilegalidade.

Ao longo dos últimos anos foram se intensificando as “restrições” a este direito do trabalhador. Imposição pela justiça de limites de paralisação em até 80% em serviços classificados como “essenciais” (que para a burguesia e a Justiça só são essenciais quando os trabalhadores entram em greve), imposição de pesadas multas aos sindicatos dos trabalhadores pela manutenção de greves consideradas “abusivas” (ou ilegal, como decretava a ditadura militar), estabelecimento de regras para a decretação da greve pelos trabalhadores, como aviso aos patrões com até 72h de antecedência; restrição do direito de manifestação e repressão brutal contra manifestações dos grevistas etc.

Essa tentativa da burguesia de cassar o direito de greve serve para submeter os trabalhadores a um regime de escravidão, rebaixar salários, aumentar a exploração e impedindo qualquer mobilização.

A classe operária não deve aceitar essa arbitrariedade e permitir a liquidação do direito de greve, fundamental para a luta dos trabalhadores por suas condições de vida.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Sindicalista sofre perseguição por apoiar mobilização dos estudantes

Todo apoio aos setores em luta! Contra a repressão ao movimento estudantil, popular e sindical!
Reitoria da PUC ataca o direito de manifestação e abre processo administrativo contra a Diretora da Apropuc (Associação dos Diretores da PUC-SP) Beatriz Abramides

A reitoria da PUC-SP (PUC-SP – Pontifica Universidade Católica de São Paulo) abriu um processo administrativo contra a diretora da Apropuc (Associação dos Diretores da PUC-SP) Beatriz Abramides.

O processo é uma aberração. Vejamos. “A Reitoria da Pontifica Universidade Católica de São Paulo- PUC-SP, no uso de duas atribuições legais(...) RESOLVE instaurar Processo Administrativo em face a professora Dra. Beatriz Costa Abramides, da faculdade de Ciências Sociais (...) para a apuração dos atos (...) supostamente por ela praticados no dia 27/03/2013, consubstanciados na obstaculização da Reunião do Conselho Superior. (...) Os atos por ela supostamente praticado se consubstanciam em: desrespeito a superiores hierárquicos e colegiados da universidade, contribuir ou influir para atos de indisciplina dos estudantes” (Ato da Reitoria, nº 22/2013, grifo nosso)
A participação da professora na manifestação dos estudantes foi aprovada em assembleia geral dos docentes realizada no dia 26/02. Ela foi como represente APROPUC.

Ao ser levada a cabo a acusação contra a companheira Bia a reitoria abre precedente para atacar a organização e atuação de todo movimento político da PUC-SP. De acordo com o processo, qualquer pessoa que protestar contra o conselho universitário pode ser punida, uma vez que estaria desrespeitando a “hierarquia”.

O caso da PUC-SP está longe de ser um caso isolado. Existe uma ofensiva da direita contra os direitos mais elementares dos trabalhadores. Na USP, por exemplo, o Reitor interventor do PSDB Rodas já abriu mais de 200 processos administrativos. Todos os diretores do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) estão sofrendo processos. De acordo com dados do IBGE 70% das greves sofreram intervenção judicial em 2011.

É importante a realização de uma ampla campanha em defesa dos direitos de liberdade de manifestação e organização. A política da burocracia universitária é liquidar qualquer tipo de manifestação contra os ataques aos professores, funcionários e estudantes. A resposta do movimento deve ser a de expor claramente a ditadura nas universidades.

Pelo direito de liberdade de organização e manifestação!
Não ao processo contra a companheira Bia Abramides!

Nada de regulamentação: O direito de greve deve ser irrestrito

O governo quer atacar o direito de greve dos servidores federais, com o apoio da burocracia sindical

Talvez um dos maiores desejos da burguesia seja impedir o direito de greve dos trabalhadores. Não faltam motivos, econômicos ou políticos, para que os patrões façam de tudo para estrangular esse direito que, depois de mais de um século de luta, é considerado um direito elementar da população.

Em períodos de crise, a burguesia procura de todas as formas, estrangular a ação dos trabalhadores. Nesse momento, a burguesia brasileira está numa ofensiva contra o direito de greve. Exemplos não faltam.

Nos últimos anos, aumentou o número de greve que de alguma maneira sofreram a intervenção do poder Judiciário. Segundo dados do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), em 2011, mais de 40% das greves tiveram alguma forma de intervenção judicial. No setor público, esse número sobe para 50%. As intervenções judiciais resultam em multas estratosféricas contra as organizações sindicais, punições aos trabalhadores, corte de ponto etc.

Há ainda as centenas de casos de repressão policial, como o ocorrido nas obras do PAC na Hidrelétrica de Jirau (RO), onde a ação da Força Nacional de Segurança e da Polícia Militar resultou em dezenas de grevistas presos, denúncias de torturas e agressões e desaparecidos políticos.

Governo do PT quer acabar com o direito de greve

Depois de várias tentativas durante o governo Lula, a informação é a de que Dilma Rousseff incumbiu à AGU (Advocacia Geral da União) uma proposta de regulamentação de greve dos servidores.

Para a burguesia, a palavra “regulamentação” é apenas um eufemismo para cortar direitos. O fato é que o governo do PT foi colocado na parede em 2012 por uma enorme greve generalizada dos servidores, que gerou uma enorme crise dentro do governo, inclusive com o pedido de demissão de um alto funcionário do ministério do Planejamento que se recusou a cortar o ponto dos servidores.

O maior motivo dessa ofensiva, no entanto, é econômica. Com a crise capitalista internacional atingindo em cheio a economia brasileira, a primeira medida é atacar o funcionalismo público, cortando direitos, salários e benefícios.

Porém, o ataque ao direito de greve dos servidores é a preparação para um ataque a todas as categorias. O funcionalismo público é o primeiro a ser atacado, basta ver o desenvolvimento da crise nos Países europeus como a Grécia, Portuga e Espanha. A tentativa de “regulamentar” o direito de greve dos servidores é a preparação política do governo para colocar em prática uma política de austeridade contra todos os trabalhadores e a população em geral.

Direito irrestrito ou regulamentação?

As federações, confederações e associações dos servidores que participam do chamado Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate).

O órgão, apesar de protestar contra a tentativa do governo de atacar o direito de greve dos servidores, está caindo numa armadilha.

O Fonacate, segundo matéria publicada pela Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Consef), defende que “os servidores grevistas devem manter um percentual mínimo de 30% do efetivo total em atividade durante a paralisação. Por outro lado, o Fonacate defende que as faltas decorrentes da greve sejam objeto de uma negociação. ‘Em não havendo acordo, as faltas implicarão na perda de remuneração a ser efetivada mensalmente em valor não superior a 10% da remuneração do servidor’, prevê o projeto dos servidores.”

Essa proposta do Fonacate, órgão ligado ao PT, é a própria regulamentação e restrição ao direito de greve. Para o governo, a proposta dos sindicalistas já seria uma vitória.

Em primeiro lugar porque limita o número de trabalhadores em greve, independentemente dos chamados “setores essenciais”, o que somente serve para enfraquecer a luta da categoria. Em segundo lugar, a ainda mais grave, “autoriza” o governo a punir os trabalhadores om o corte de ponto parcelado, o que é uma perfídia.

Na realidade, a proposta do Fonacate é uma enorme traição ao movimento sindical e abre o caminho para que as demais categoria sejam atacadas. O direito de greve deve ser irrestrito, a partir do momento em que o patrão desconta os dias parados, isso já é um ataque ao próprio direito.

O que o Fórum está propondo para o governo é o que já vem ocorrendo nas greves pelo País: obrigação de mínimo efetivo trabalhando, desconto dos dias etc. A burocracia sindical do PT se deixa cair numa armadilha preparada pelo governo e ela mesma organiza a “regulamentação” da greve para estrangular as lutas, não só dos servidores, mas de todos os trabalhadores. A “regulamentação” abre também o caminho para a reforma sindical e trabalhista tão almejada pela burguesia.

Os trabalhadores só vão conseguir aquilo que lhes é de direito com mobilização e luta, e passando por cima dos patrões. Inclusive para garantir o seu direito irrestrito de greve.

Unificar a luta contra os processos e a perseguição política

O aumento da repressão e perseguição política a diversos setores organizados de trabalhadores e estudantes nos últimos tempos tem colocado a necessidade de uma ampla campanha conjunta contra estes ataques.

O mais recente ataque ocorreu à sindicalista Bia Abramides, professora e diretora da Apropuc (Associação dos Professores da PUC) simplesmente por apoiar uma manifestação estudantil.

Bia é acusada pela reitoria da PUC de “obstaculizar uma reunião do Conselho Superior da faculdade” e “desrespeito a superiores hierárquicos e colegiados da universidade, contribuir ou influir para atos de indisciplina dos estudantes”, segundo diz o processo administrativo movido pela reitoria.

É mais um caso claro de perseguição política aqueles que, por não aceitar as medidas totalmente ditatoriais impostas pela burocracia universitária, se manifestam. Bia Abramides apoia a luta dos estudantes contra a escolha do novo reitor da PUC que foi escolhido nos mesmos moldes que o reitor interventor da USP, João Grandino Rodas. O cardeal Dom Odilo Scherer, fez as vezes de José Serra, e assim como aconteceu na USP, não escolheu o mais votado, mas o terceiro colocado, último da lista tríplice, a professora Anna Maria Marques Cintra.

A medida indignou toda a comunidade acadêmica, principalmente os estudantes que protestaram ocupando a reitoria e aprovando greve e outras medidas. Bia, em todos os momentos apoiou a luta dos estudantes e agora está sendo perseguida politicamente.

Outro caso recente de perseguição política está acontecendo na categoria dos bancários. Trabalhadores de bancos públicos foram demitidos depois de inúmeros processos administrativos envolvendo a luta por melhores salários e condições de trabalho, como a participação em greves, por exemplo.

Somam-se a estes casos, os ataques ao direito de greve, a prisão de trabalhadores que se manifestaram nas obras do PAC (Projeto de Aceleração do Crescimento) e as centenas de processos que estudantes e trabalhadores da USP e outras universidades públicas estão sofrendo por se manifestarem.

Na USP, inclusive, oito estudantes foram expulsos e “eliminados” da universidade por protestar e o sindicalista Claudionor Brandão foi demitido por desacatar um professor na reunião do Conselho Universitário.

Diante desta ofensiva da direita contra os movimentos de luta é necessária a criação de uma frente de luta ampla para reunir todos que estão sendo perseguidos pelos governos do PT e do PSDB dentro e fora das universidades.

Esta frente deve se apoiar na luta comum contra estes ataques e definir medidas práticas de uma campanha nacional contra a perseguição política.

Sintect-PB: Eleição mostra o total apoio da direção da ECT à chapa do Emanuel/PSTU/Ditadura

O resultado da eleição do Sintect-PB, demonstrou a vitória da direção da ECT sobre os trabalhadores da Paraíba, apoiando a chapa 1 de Emanuel/PSTU/Ditadura, que contratou a chapa 3 (Robson/PT/patrão) para obstruir a vitória da Chapa 2 A chapa do MOPe, a chapa dos trabalhadores, e ainda organizou a votação dos gerentes na chapa de Emanuel


Na madrugada de sábado (16/03) ocorreu a apuração dos votos da eleição para diretoria do Sintect-PB - Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Estado da Paraíba, indicando como vencedora a CHAPA 1 – Emanuel/PSTU/ Ditadura com 464 votos, contra 291 votos da CHAPA 2 – MOPe – A chapa dos trabalhadores, e 254 votos da CHAPA 3 – A chapa do Robson/PT/Patrão.

À primeira vista, para qualquer pessoa que analisasse este resultado sem o conhecimento da situação política no sindicato da Paraíba, e os fatos que nortearam esta eleição, chegaria a uma conclusão comum, superficial e errada de que a Chapa 1- Emanuel/PSTU/Ditadura tem apoio junto aos trabalhadores paraibanos, mas os números do resultado da eleição deixaram transparente justamente o contrário.

O resultado final deixou claro para aqueles que participaram da eleição que a Chapa 1 – Emanuel/PSTU/Ditadura era a chapa oficial da DR/PB - Diretoria Regional da Paraíba, pois esta trabalhou intensamente para sufocar a tendência de voto da Chapa 2 – a Chapa dos Trabalhadores, inclusive contratando na última hora o mega-pelego Robson Nevez do PT, cabo eleitoral do traidor José Rivaldo, Talibã, para que montasse uma terceira chapa, uma chapa “laranja”, pois esta chapa não teria a menor chance de ganhar a eleição, mas apenas cumpriria a função de dividir os votos da Chapa 2 para obstruir a vitória dos trabalhadores.

Só a empresa poderia sustentar Emanuel-PSTU-Ditadura no Sintect-PB

Nos últimos dois anos Emanuel/PSTU/Ditadura aprofundou a política traidora e divisionista do PSTU no Sintect-PB, passando por cima da unidade da categoria, trabalhando para ajudar o PSTU a dividir a categoria com a formação de uma Federação anã, que garantiria dinheiro e liberações para os sindicalistas do PSTU.

Esta política abriu uma enorme crise na própria diretoria do sindicato controlada por Emanuel/Ditadura, que para continuar mandando no sindicato precisou partiu para a violência, ameaçando de agressão física os diretores do sindicato que não apoiassem a construção da Federação anã do PSTU.

Sem o apoio da maioria de sua diretoria, Emanuel/Ditadura foi obrigado a realizar, de forma escondida, assembleia em Patos para aprovar que o Sintect-PB mandasse dinheiro para o PSTU formar a Federação anã, pois perdeu todo o apoio que tinha em João Pessoa e Campina Grande.

Com o golpe da Assembleia, escondida dos trabalhadores, para aprovar a política divisionista do PSTU, Emanuel foi se afundando cada vez mais a ponto de ser vaiado nos setores de trabalho em que fazia reunião setorial, a exemplo do CDD Centro, CDD Leste na cidade de João Pessoa.

Emanuel/PSTU/Ditadura chegou à desmoralização final quando, na campanha salarial passada, defendeu que os trabalhadores não deflagrassem greve no dia 11 de setembro, conforme já havia sido divulgado pela Fentect, mas defendeu suspender a greve para seguir o calendário dos traidores do PCdoB de SP e RJ. O que inviabilizou a unificação da categoria na luta pelo aumento de salário.

Veja o porquê da direção da ECT ter se organizado para impedir a vitória dos trabalhadores

Com a Vitória do MOPe – Movimento de Oposição ao Peleguismo- no último Congresso da Fentect (junho/2012), apoiado pelos sindicatos do Piauí e Amazonas, ex-integrantes do projeto da Federação anã/PSTU, a situação do Emanuel/PSTU/Ditadura piorou ainda mais na Paraíba fortalecendo a luta da Oposição no Sintect-PB, que ganhou ainda mais força.

Prevendo que a vitória dos trabalhadores no Sintect-PB seria inevitável, o que fortaleceria a luta unitária da categoria em todo país, a direção da ECT começou a se mexer para manter Emanuel/PSTU/Ditadura no sindicato.

Para evitar a vitória da Chapa dos trabalhadores, contra Emanuel/Ditadura, a direção da ECT começou a assediar os trabalhadores que faziam parte da Oposição à direção do Sindicato, principalmente no CDD Leste, Centro e Sudoeste, oferecendo cargos de supervisão, e como esta tática não foi suficiente, a direção da ECT separou estes trabalhadores uns dos outros, através de transferências.

Diante da formação da Chapa 2 – A chapa dos trabalhadores, verdadeira Oposição à Emanuel/Ditadura, a ECT contratou Robson L. Nevez, do PT, cabo eleitoral do pelego Talibã, a fim de que este organizasse outra chapa de oposição, pela direita, buscando evitar a polarização nas eleições do sindicato.

A principal função da chapa do Robson, uma chapa laranja, seria obstruir a chapa dos trabalhadores, para que os votos do setor operacional de Campina Grande, segunda maior cidade do Estado, onde Emanuel/PSTU/Ditadura não possui nenhum apoio, não fosse para a Chapa 2 – A Chapa dos trabalhadores.

ECT organiza votação dos gerentes na chapa de Emanuel/PSTU/Ditadura

Sabendo de antemão que a votação das eleições do Sindicato aconteceria nos dias 14 e 15 de março, a Diretoria Regional dos Correios desmarcou um curso que aconteceria no final de fevereiro, remarcando-o para os dias da eleição, convocando todos os gerentes de agências do interior da Paraíba para este curso, inclusive aqueles gerentes que se encontravam de férias.

Em Campina Grande, mais de 80 gerentes de agências se reuniram em um Hotel no dia 14 de março, para que a direção da ECT canalizasse os votos destes gerentes na Chapa 1 – Emanuel/PSTU/Ditadura.

Em João Pessoa, a direção da ECT convocou os gerentes para o mesmo “curso” no dia 15 de março, a ser realizado no COA – Centro Operacional e Administrativo de João Pessoa.

Estes gerentes, pressionados pela DR-PB, votaram de forma separada nas urnas do COA-JP e na urna de Campina Grande, que juntas totalizaram 88 votos em separado.

Estas duas urnas que contabilizaram a maioria de votos de gerentes e chefes foi vencida pela Chapa de Emanuel/PSTU/Ditadura.

Em Campina Grande, os gerentes e chefes lotavam vários carros do Hotel e iam votar na chapa de Emanuel na urna instalada no prédio central dos Correios de Campina Grande.

Quando a Urna de Campina Grande foi aberta, até mesmo Emanuel/PSTU/Ditadura ficou surpreso com a eficiência da Direção da ECT para fazer os chefes votarem nele.

Enquanto a Chapa 3 do Robson/PT/Patrão impedia a tendência de votos dos trabalhadores de Campina Grande na verdadeira Chapa de oposição, a Chapa 2 dos companheiros do MOPe, a direção da ECT movimentava toda a sua estrutura para que os gerentes das regiões vizinhas a Campina Grande votassem na Chapa 1 – Emanuel/PSTU/Ditadura.

Com isso, como num passe de mágica, Emanuel-Ditadura, que não ganha uma assembleia de trabalhadores em Campina Grande há mais de 3 anos, recebeu 83 votos contra 54 da chapa de Robson/PT/Patrão e 18 votos da Chapa 2- dos Trabalhadores, dos companheiros do MOPe.

Também teve uma votação expressiva na Urna do COA – recebendo um apoio desconhecido da direção da ECT e gerentes que trabalham ali.

Os trabalhadores devem continuar lutando para retirar o Sintect-PB do controle da direção da ECT

A direção da ECT se organizou nestas eleições para manter Emanuel/PSTU/Ditadura no sindicato, evitando a tomada do Sindicato para a luta nacional da categoria pelos trabalhadores, pois sabem que a política divisionista de Emanuel facilitará os seus ataques contra a categoria de conjunto.

Inclusive, o preço do apoio dado pela ECT a Emanuel é a desfiliação do Sintect-PB da Fentect, para que os trabalhadores da Paraíba fiquem isolados do movimento nacional.

A direção da ECT sabe que se os trabalhadores dos correios se unificarem nacionalmente, através da Fentect, não é possível implementar a sua politica de arrocho salarial e superexploração nos setores.

Diante disso, os trabalhadores da Paraíba devem continuar organizados para impedir que Emanuel e a direção da ECT consigam afastar os trabalhadores da Paraíba da Luta nacional, da luta unificada pelas reivindicações e direitos da categoria. Somos uma única categoria, e por isso devemos estar organizados de forma unitária em um único sindicato, numa única federação.

Apesar da direção da ECT conseguir impor um resultado fictício na eleição que não corresponde ao sentimento dos trabalhadores da Paraíba de mudança, de oposição ao divisionismo, a eleição mostrou a fraqueza da Chapa 1 – Emanuel/PSTU/Ditadura, que sem ajuda da ECT jamais conseguiria se manter no sindicato.

Os trabalhadores devem lutar para colocar para fora do seu sindicato estes elementos patronais, que a serviço da ECT obstruem a luta e a organização de toda a categoria.

Boletim Ecetistas em Luta Minas Gerais 27/03/2013



sexta-feira, 22 de março de 2013

PLR: ECT quer esfolar o trabalhador para aumentar a distribuição de dinheiro para cúpula e governo

Representantes da empresa na mesa de negociação provocam a categoria ao defender a reserva de 10% do montante da PLR para o que chamam de "setor estratégico"

 
 
Nas reuniões que ocorreram na última semana para discutir a PLR dos Correios, a empresa disse que não abre mão da reserva financeira para o chamado “setor estratégico”.

A proposta de pegar 10% do montante da PLR para pagar chefes e diretores da ECT é uma afronta aos trabalhadores. Esse foi o critério que a empresa
estabeleceu para o pagamento da PLR de 2012 e quer repetir na PLR 2013.

Na reunião do dia 20 de março chegaram a levar “técnicos” que segundo eles iriam explicar a razão dessa reserva.

Tentam justificar o injustificável: que o trabalhador tem de cumprir meta, se submeter ao GCR, SAP, trabalhar doente para não levar falta etc. para garantir uma PLR maior.... para o “setor estratégico”.

Querem convencer os representantes dos trabalhadores na mesa de negociação de que é necessário e justo o setor operacional, as bases da empresa, serem esfoladas, com pouca gente para dar conta do serviço, em péssimas condições de trabalho, e um chefe que através do SAP e outras medidas autoritárias se tornou verdadeiro capitão do mato para garantir a PLR desses mesmos chefes.

É mais uma provocação da empresa aplicada pelo ex-sindicalista do PCdoB, Luiz Eduardo do Ceará. Depois de se vender para a empresa entregando a data-base da categoria, Luiz Eduardo agora quer escravizar os trabalhadores para garantir uma PLR maior para ele mesmo.

Porque o tal Setor Estratégico é justamente os parasitas da ECT, os chefes que são os responsáveis pela escravidão nos setores de trabalho, pela imposição de metas e do absenteísmo. Por isso até agora a empresa não havia revelado para quem iria os 10% da PLR. Para tentar segurar a revolta da categoria contra esse absurdo.
Nessas condições os chefes ganham duas vezes. Uma na PLR que é divida para todos os trabalhadores, numa divisão que já privilegia os altos cargos. E nos 10% que é reservado só para os chefes.

PLR é divisão de lucros, não pagamento condicionado a metas e desempenho. Essa postura da empresa demonstra também porque é que a categoria tem de lutar por suas reivindicações e por salário. PLR é a chantagem da empresa, ume engodo para aumentar a exploração dos trabalhadores.

A ECT apresenta essa proposta absurda de ser aceita para forçar uma contraproposta da Fentect. Mas a Federação já apresentou o que é a única proposta possível de ser negociada: PLR linear e sem metas.

A categoria deve dar uma resposta à provocação da empresa. A PLR está sendo usada para aumentar e justificar aplicação de medidas como o SAP e outros.

Lutar pela PLR linear e sem metas é uma das maneiras de combater o SAP, o GCR e o absenteísmo. Essa deve ser a bandeira dos representantes dos trabalhadores nas negociações com a direção da ECT.

A história de uma traição: Veja como os Correios deram o golpe na PLR em 2011

2011, ano da maior greve dos Correios, também foi o ano em que a empresa comprou o ex-secretário-geral do Sindicato do Paraná, Nilson Rodrigues, para aprovar uma PLR ainda pior para a categoria

As negociações da PLR sempre foram uma farsa e a empresa sempre conseguiu impor, contando com a ajuda dos sindicalistas traidores e capachos. Mas no ano de 2011, as negociações foram particularmente ruins para a categoria.

O comando de negociação da Fentect começou a se reunir no início do ano com a empresa. Além dos tradicionais critérios escravagistas, a comissão da ECT, que já era comandada por Luís Eduardo do Ceará (PCdoB), começou a pressionar a Fentect para que as negociações da PLR mudassem de data. O maior desejo da ECT sempre foi negociar a PLR junto com a campanha salarial, assim, a PLR poderia ser usada para disfarçar os péssimos reajustes oferecidos pela categoria.

Isso a empresa não conseguiu fazer, mas conseguiu uma mudança importante. Até 2011, as negociações da PLR eram feitas sobre os lucros do ano anterior. Quer dizer, em 2011, era discutida a PLR de 2010, em 2010 era discutida a PLR de 2009 e assim por diante. Nada mais lógico, já que o balanço financeiro da empresa é fechado apenas depois que a acaba o ano e só aí é possível discutir verdadeiramente os lucros.

Entretanto, foi em 2011 que tudo mudou. A empresa pressionou os sindicalistas traidores do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol), que na época eram ampla maioria na Fentect, a negociar a PLR de 2010 e a de 2011 no mesmo ano. Ou seja, depois que fecharam a PLR de 2010, passaram a negociar a de 2011, obviamente sem os lucros do ano, já que esse sequer tinha fechado.

Os trabalhadores devem se lembrar bem desse episódio. A manobra feita pela empresa e pelos traidores foi fingir que pagava um PLR “antecipada”. E fariam isso dividindo o valor em duas parcelas, a primeira no final de 2011 e a segunda no início de 2012.

O que aconteceu em 2011 foi um duro golpe contra a PLR da categoria dos Correios. Primeiro porque a “antecipação” e o pagamento em duas parcelas apenas serviram para esconder o valor super baixo da PLR 2011.

O mais significativo desse golpe está sendo sentido pelos trabalhadores até hoje. A partir do início de 2012, as negociações passaram a ser feitas com base em um lucro que sequer sabemos qual será. É o que está acontecendo agora. A empresa quer que a Fentect negocie a PLR de 2013, mas o ano mal começou. A negociação é uma farsa. Além do golpe, não precisa dizer que também foram negociados pelo Bando dos Quatro os critérios absurdos para aumentar a exploração nos setores.

Como foi a venda de Nilson Rodrigues

Nilson Rodrigues era secretário de aposentados da Fentect e secretário-geral do Sintcom-PR (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná) e fazia parte em 2011, do comando de negociação da Fentect para a discussão da PLR.

Nilson, então membro do MRL, era considerado um sindicalista de oposição, o que tornou tudo muito mais pérfido. A posição de Nilson dentro do comando da Fentect foi decisiva para que a ECT tivesse o caminho aberto para dar o golpe.

Nilson Rodrigues, junto com José Rivaldo “Talibã” do PT e junto com os representantes do PCdoB/CTB, assinaram embaixo dos critérios abusivos, dos valores díspares entre o trabalhador e a cúpula e do valor miserável pago pela empresa, que não chegou a R$ 800,00. Como bom pelego, Nilson também evitou qualquer mobilização dos trabalhadores exigindo o fim dos critérios, uma PLR de R$ 2.000,00 (reivindicação da época) e igual para todos.

Final da história. Depois dessa enorme traição, Nilson Rodrigues abandonou o Paraná, abandonou a Fentect e recebeu um cargo de Assessor para assuntos sindicais e do trabalho na Diretoria Região de São Paulo Interior. Agora deve ganhar pelo menos 15 vozes mais do que ganha um carteiro e continua atacando os trabalhadores, agora dentro da empresa.

Pela abertura imediata das contas da ECT

A direção dos Correios quer enfiar goela abaixo dos trabalhadores uma PLR miserável e cheia de critérios sem sequer discutir o faturamento da empresa

A direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) nunca quis negociar seriamente a PLR dos trabalhadores. Esse ano, a empresa não quer negociar. A PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de 2012 quer pagar da própria cabeça e a PLR de 2013 querem que definir o pagamento antes do ano terminar, ou seja, sem nem mesmo saber quanto será o lucro da ECT.

Essa situação revela a farsa que são as negociações de PLR nos Correios. A empresa não quer saber de pagar o trabalhador. Se houvesse o menor interesse da direção dos Correios, seriam apresentadas as contas da empresa, seria debatido o valor do pagamento etc, como ocorre em uma negociação normal.
Mas não é isso o que acontece nas reuniões entre a Fentect e a comissão de negociação da ECT. A empresa nunca apresenta um balanço sério do orçamento do ano e nem um política de valores que seja possível para os representantes dos trabalhadores discutirem.

Para piorar, a direção da ECT quer apenas que a Fentect assine embaixo, ou seja dê o aval para os critérios. Esses critérios são apenas maneiras de aumentar a exploração nos setores por meio de uma chantagem. Então, o trabalhador só recebe a PLR se cumprir todas as condições impostas pela empresa. Não pode faltar, não pode discutir com o chefe no setor, não pode ter uma avaliação baixa, em resumo, não pode fazer nada que desagrade a empresa e os chefes. Aí sim, se o trabalhador tiver muita “sorte”, ele recebe o valor inteiro da PLR, que com certeza será um valor miserável.

Se fosse uma negociação séria, a empresa deveria apresentar todo o balanço financeiro do ano para que os trabalhadores pudessem discutir amplamente essas contas.

Por isso, uma das reivindicações da categoria deve ser a abertura e transparência total nas contas da ECT. Principalmente porque os Correios são uma empresa estatal, ou seja, tudo o que a direção da empresa faz diz respeito a toda a população brasileira e em primeiro lugar aos cerca de 120 mil trabalhadores que levam a empresa nas costas.
Os Correios são uma empresa pública, construída pelos trabalhadores brasileiros e é para o povo brasileiro que deve se destinar todo o faturamento da empresa. Todo mundo sabe que o que ocorre realmente é o oposto: quem se enriquece com a empresa é a panelinha que forma a cúpula da ECT. E os trabalhadores? Miséria.

quarta-feira, 20 de março de 2013

PLR de verdade já!


Para todos os trabalhadores: PLR linear e sem metas

A direção dos Correios retomou as reuniões de negociação da PLR com a Fentect, mas ao invés de negociar volta a ameaçar e chantagear a categoria

Os representantes da Fentect se reuniram nesta terça-feira, dia 19, com os representantes da ECT.

A reunião seria para retomar as negociações da PLR 2013 e a Fentect pretendia ter alguma respostas sobre a PLR 2012 que até agora a direção dos Correios não esclareceu os trabalhadores.

Mas a empresa não quer negociar. Quer colocar uma faca no pescoço dos representantes dos trabalhadores, forçar um acordo traidor, dizendo que pode não pagar a PLR se as metas e o GCR não serem impostos.
Tanto que a empresa chamou a reunião, mas já protocolou a proposta de PLR 2013 no DEST. E essa proposta é a mesma da PLR 2012, que entre outras aberrações, reserva 10% do montante a ser pago de PLR aos trabalhadores, para o que a empresa chama de “setor estratégico” da ECT.

É um absurdo. Mesmo porque a própria direção da ECT afirmou que o novo prazo de negociação é oito de abril. Mas as negociações só irão até 28 de fevereiro.

A empresa disse que o acordo que foi protocolado vai valer se a Fentect não se comprometer em fazer um acordo. Leia-se, como acordo, a aceitação das metas e a escravidão da categoria através da chantagem de uma PLR miserável.
A nova direção da empresa já deixou claro que não tem como haver acordo com 10% reservado para a direção parasitária da empresa, chamada de “setor estratégico”. E que a reivindicação dos trabalhadores é uma PLR Linear e sem metas.

É inaceitável a postura da ECT na mesa de negociação. Através do provocador Luiz Eduardo do Ceará, que é do PCdoB, querem desmoralizar a Fentect com reuniões que não decidem nada, porque já decidiram que a PLR vai ser usada para enriquecer a cúpula da empresa. E quem sabe, comprar mais algum sindicalista, como fizeram anos atrás, com o próprio Luiz Eduardo, que vendeu a data-base da categoria em troca de um cargo na direção da empresa.
Chega de a maioria dos trabalhadores sustentar o lucro de uma direção parasitária. Não aos 10% reservados ao “setor estratégico” que a empresa sequer revela para os trabalhadores do que se trata.

Os trabalhadores ecetistas não vão aceitar traição. A nova direção da Fentect deve continuar defendendo a transparência nas negociações; acesso aos balancetes da empresa; transmissão ao vivo das reuniões para acabar com negociações de fachada e com as mentiras da ECT, contatas no Primeira Hora, aumentar o comando de negociação para um representante por sindicato, defender uma PLR linear, sem metas, de no mínimo R$ 2.500,00.

Boletim Ecetistas em Luta MG 20-03-2013



um balanço necessário: 10 anos da invasão ao Iraque

O colapso da política de `combate ao terror`: O petróleo e os petrodólares, os movimentos nacionalistas árabes e o colapso do neoliberalismo

No dia 23 de março, a invasão ao Iraque completou dez anos. A contabilidade de mortos, segundo o Iraq Body Count, soma 174 mil pessoas, das quais mais de 110 mil eram civis, mas segundo outros cálculos deve ser várias vezes maior.

A guerra do Iraque, que junto com a do Afeganistão representam os mais longos conflitos bélicos da história dos EUA, trouxe como principais consequências, enormes despesas militares, que aprofundaram a crise capitalista mundial, recorde de baixas e o assassinato em massa de civis. A miséria no País e os atentados, que supostamente seria a razão da invasão, aumentaram sensivelmente em todo o mundo.

Os movimentos nacionalistas guerrilheiros proliferaram no Iraque e se movimentaram na direção de vários países da região, tais como a Síria e o Sahel (região ao sul do Saara) africano. O incêndio do Oriente Médio coloca em xeque um dos principais pilares da dominação imperialista, principalmente do imperialismo norte-americano, o controle do petróleo. O ascenso desses movimentos nacionalistas mostra que o nacionalismo hoje está mais forte do que nunca e é um dos fatores fundamentais da bancarrota dos mecanismos de controle da região. A movimentação das massas e a desestabilização da região em geral têm um significado muito além de quem irá tomar o poder num desses países. Apesar dessa questão ser importante, muito mais importante é o enfraquecimento dos países centrais, os países imperialistas, que são o coração da revolução proletária mundial.

O fracasso das tropas imperialistas no Iraque e no Afeganistão reflete a crise de conjunto da dominação do imperialismo mundial, uma vez que o regime capitalista não tem condições de se sustentar por meio do seu domínio militar, nem político e nem econômico. A derrota do imperialismo é uma vitória importante para os povos e os trabalhadores de todo o mundo e é parte fundamental da tendência revolucionária mundial em marcha; mostra que a potência que surgiu da Segunda Guerra Mundial agora nem sequer consegue dominar países muito pobres e atrasados.

As guerras do Iraque e do Afeganistão custaram até agora mais de US$ 3 trilhões ao imperialismo norte-americano e estão na base da aceleração do processo que levou ao colapso capitalista de 2007-2008.

No centro da invasão do Iraque: o petróleo

Depois da derrota no Vietnam e da crise capitalista de 1974, o imperialismo norte-americano foi cauteloso nas agressões militares diretas, tais como as que aconteceram em Granada, no Panamá e nas ex repúblicas da Iugoslávia. Em 2001, trás esses sucessos menores, os ultraconservadores que dominavam o governo George Bush Jr. sentiram-se suficientemente fortes para invadir o Iraque e o Afeganistão com o objetivo de fortalecer o controle do petróleo e do gás do Oriente Médio e da Ásia Central, e restabelecer o domínio das multinacionais imperialistas norte-americanas no Iraque, frente à francesa TotalFinaElf, à italiana ENI, à russa Loukoil e à chinesa China National Petroleum, favorecendo o complexo militar industrial, do qual se beneficiam as multinacionais de todos os setores, por meio do aumento do orçamento militar.
Os 112 bilhões de barris de reservas de petróleo iraquianas conhecidas, e outros 220 bilhões estimados, permitiriam dominar mais facilmente o mercado e manter o domínio do dólar. Por esse motivo, os grandes bancos e as principais multinacionais imperialistas dos setores de armamentos e petrolífero impuseram a invasão do Iraque. O primeiro escalão da administração Bush tinha fortíssimos vínculos com a indústria petrolífera e os bancos. O Goldman Sachs controlava diretamente o Departamento de Tesouro.

O significado da política de “combate ao terror”

A política de “combate ao terror” foi imposta pelo governo de George Bush Jr. após os ataques de 11 de setembro de 2001, na tentativa de conter a queda dos lucros dos capitalistas devido ao esgotamento das políticas neoliberais que se expressava no estouro da bolha da Internet, a queda do Índice Dow Jones em 824 pontos e a crise econômica e política em vários países em escala mundial.

Com o objetivo de aumentar os ataques contra as massas trabalhadoras e escalar as políticas neoliberais, a administração Bush aprovou a “Lei Patriota”, que atribuiu poderes especiais às autoridades para colocar escutas, apreender, deter, invadir residências e eventualmente expulsar suspeitos, entre outras flagrantes violações dos direitos garantidos pela Constituição dos EUA.

Sob a presidência de Allan Greenspan, a Reserva Federal promoveu o desmantelamento da regulamentação com o objetivo de favorecer a especulação financeira, que disparou em todos os setores da economia provocando enormes bolhas financeiras – bolsas, setor imobiliário, bolsas futuro de commodities. O petróleo passou a deter um valor crescente porque na base da especulação financeira estão as crescentes emissões de moeda podre viabilizadas em cima dos chamados petrodólares, as vendas de petróleo em dólares norte-americanos.

O objetivo da invasão ao Iraque foi permitir o controle direto do segundo maior potencial de produção de petróleo em escala mundial com o objetivo de impulsionar ainda mais a especulação financeira e promover a rapina dos recursos do País.

A farra financeira alcançou níveis apocalípticos. Logo após a invasão, Paul Bremer, o interventor encarregado pela política econômica no País, abriu as fronteiras às importações e declarou que as 200 maiores empresas seriam privatizadas, a começar pela empresa nacional de petróleo. As medidas incluíram a redução dos impostos pagos pelas grandes empresas, de 45% para 15%, as multinacionais puderam ser proprietárias de 100% dos negócios, a remessa de lucros poderia ser de 100% e ainda sem pagar impostos. As concessões tinham duração de 40 anos com a possibilidade de renovação. Essas medidas refletiam a política geral dos neoliberais nos próprios EUA, onde a terceirização dos serviços públicos avançou de maneira acelerada, assim como a redução dos impostos para as empresas e os especuladores. Em apenas dois anos, o Pentágono tinha duplicado as verbas repassadas a fornecedores privados, para US$ 270 bilhões anuais. As agências de espionagem receberam US$ 42 bilhões, o dobro de 1995. O recém criado Departamento de Segurança Nacional (Homeland Security) recebeu, entre 2001 e 2006, US$ 130 bilhões. Somente em 2003, o governo Bush Jr. repassou US$ 327 bilhões nos contratos com fornecedores da administração pública.

A privatização da empresa nacional de petróleo iraquiana foi adiada até 2007, mas os invasores se apropriaram dos US$ 20 bilhões que havia em caixa logo após a invasão.

Fartos recursos públicos foram destinados às multinacionais imperialistas para a reconstrução do Iraque. A privatização do esforço de guerra foi levado ao extremo. Estimativas apontaram que, em certos momentos, haviam dois contratistas para cada soldado norte-americano em solo; hoje, na véspera da retirada das tropas, a proporção é ainda maior.

A resistência iraquiana, um duro golpe para as políticas neoliberais

A resistência do povo iraquiano provocou o colapso das políticas do imperialismo norte-americano. A guerra do Iraque enfraqueceu enormemente o imperialismo norte-americano que, além de ter aumentado exponencialmente o endividamento público, foi derrotado militarmente. Ambos fatores o obrigaram inclusive a reformular a política militar.

Os guerrilheiros iraquianos continuam atuando com força no Iraque. Os ataques contra setores críticos da economia, principalmente a produção petrolífera, e os alvos militares são constantes. O imperialismo e a burguesia têm tentado direcionar a guerra civil para um confronto fraticida entre sunitas e xiitas com o objetivo de camuflar os interesses econômicos do imperialismo, da burguesia local pró-imperialista e do governo marionete. Mas a crise atingiu um grau tão alto que esse governo, sob a pressão da população revoltada com a pobreza e a espoliação do País, é um governo fraco, altamente dependente do imperialismo, mas que se vê obrigado a apoiar-se parcialmente em alguns setores do movimento nacionalista, fundamentalmente xiitas, e até no próprio regime dos aiatolás iranianos, que, além da propaganda e da política impulsionada pelos setores da direita imperialista, representa um fator de estabilidade perante o tamanho da crise.

O plano de retirada dos imperialistas norte-americanos do Iraque é parcial. Ficarão milhares de conselheiros militares, contratistas, cinco superbases militares autossuficientes e uma importante “ajuda” financeira e militar.
A resistência contra o imperialismo norte-americano e o governo marionete cresce a cada dia, aprofundando a crise no País e expandindo-a em toda a região.