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terça-feira, 24 de abril de 2012

Articulação do PT realiza assembleia minúscula organizada pela empresa


A diretoria do Sintect-JFA, do PT, elegeu os delegados para o congresso da federação com o apoio aberto da empresa 
Nesse dia 23 de abril, ao apagar das luzes do prazo para a realização de assembleias dos sindicatos para a retirada de delegados para o XI Contect (Congresso Nacional dos Trabalhadores dos Correios), aconteceu a assembleia do Sintect-JFA (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Juiz de Fora). Como ocorreu em todos os sindicatos controlados pela Articulação do PT, a assembleia foi dominada pelos chefes e candidatos a chefes.
Apenas 38 pessoas participaram da assembleia, dentre elas, puderam ser identificados alguns chefes e a diretoria do sindicato. Quer dizer, a assembleia aconteceu sem que a categoria sequer ficasse sabendo.

Assembleia de chefes

Em sua completa crise dentro da Fentect, que se agravou com a saída do seu principal aliado, o PCdoB, a Articulação Sindical do PT mais uma vez se aliou aos chefes para eleger uma bancada abertamente patronal para o Congresso dos trabalhadores.
Essa manobra das chefias lideradas pelo PT aconteceu em quase todos os sindicatos. Em alguns casos, os trabalhadores tomaram a decisão correta, como em Campinas, onde os chefes foram expulsos da assembleia pelos presentes. A assembleia do sindicato não é lugar para chefe representante do patrão.
Na assembleia de Juiz de Fora que contou com a ínfima presença de 38 pessoas, algumas delas chefes ou pessoas com cargos na empresa, como é o caso do chefe da área de saúde da Diretoria Regional de Minas Gerais, senhor Vanderlei, que esteve na assembleia e votou e defendeu a diretoria do sindicato.

“Chefe e corrupto sim, e daí?”

A ligação da diretoria do Sintect-JFA, da Artisindi, com os chefes é tão íntima que o principal líder do sindicato, o diretor de relações sindicais, Reginaldo de Freitas Souza, não tem nenhuma vergonha em admitir para quem quiser ouvir que defende os sindicalistas vendidos que assumiram cargos na empresa em troca da cabeça dos trabalhadores.
O diretor do sindicato defendeu o ex-presidente do sindicato, Josimar, que recebeu cargo na diretoria regional de Minas Gerais.
Reginaldo defende abertamente a corrupção de dirigentes sindicais provavelmente porque ele mesmo deve estar no bolso da direção da ECT.

Um dos irmãos metralha do acordo bianual

Nunca é demais lembrar que a relação de Reginaldo de Freitas com a direção da empresa já vem de longa data. Ele fez parte do comando de negociação da campanha salarial de 2009. O pelego compôs a minoria traidora do comando, da dupla PT-PCdoB, que passou por cima da vontade da categoria, fraudou assembleias e fez todo o tipo de sujeira para aprovar o acordo bianual, que deixou os trabalhadores dos Correios sem aumento salarial por dois anos.
Os anos de traições da diretoria do Sintect-JFA justificam a necessidade do namoro aberto com os chefes. A Articulação, assim como acontece em todo o País, não tem nenhuma autoridade entre os trabalhadores.
A utilização escancarada dos chefes para dominar as assembleias é um sinal claro da decomposição do sindicalismo pelego tanto do PT como do PCdoB, resultado dos seus enfrentamentos com os trabalhadores.

Tentativa de intimidação dos trabalhadores

Para evitar a participação dos trabalhadores na assembleia, a diretoria do Sintect-JFA contou com a ajuda dos chefes também dentro dos setores. As chefias intimidaram os trabalhadores a não irem à assembleia.
Alguns companheiros apoiadores da corrente Ecetistas em Luta foram pressionados e ameaçados pelos chefes. A tentativa de desestabilizar a oposição e os trabalhadores de base é uma medida desesperada da direção do sindicato e da empresa, diante da completa crise da burocracia sindical entre a categoria.
A corrente Ecetistas em Luta defende que a categoria coloque para fora do movimento todo chefe que aparecer no Congresso. A Fentect é dos trabalhadores, chefe não entra.

sábado, 21 de abril de 2012

Por um 1° de Maio de Luta, Independente e Socialista


Um grande ato para impulsionar as lutas dos estudantes, trabalhadores e sem-terra contra os patrões e por um programa de luta que unifique os setores explorados do país na luta pelo governo operário e socialista 

A burguesia com apoio da burocracia sindical transformou o 1° de Maio, Dia Internacional de Luta da Classe Operária, em uma data festiva e de comemorações com a clara intenção de desorganizar a luta dos trabalhadores.
Este fato podemos ver nos atos realizados pelas “Centrais Sindicais” que com o apoio da burguesia realizam grandes festas com distribuição de prêmios doados pelas indústrias e, em nenhum momento é discutido ou encaminhado resolução dos problemas da classe trabalhadora que vem sendo vorazmente atacada pelos patrões.
Contra a tentativa de sufocar o movimento operário no país é necessário a organização da classe trabalhadora e da sua vanguarda de maneira independente dos patrões. O esclarecimento e o reagrupamento dos setores mais avançados da classe operária em um ato de 1° de Maio verdadeiramente independente e classista que deve estar voltado para organizar e esclarecer os métodos, as coordenadas e o programa da luta contra a burguesia e contra todas as alas da esquerda pequeno-burguesa e capituladora serviçal da burguesa, que serve como um amortecedor das lutas que se desenvolvem no País.
Para combater a política da burguesia e da esquerda capituladora, a Corrente Sindical Nacional Causa Operária, o Partido da Causa Operária, sindicatos e oposições dos correios, professores de diversos estados, estudantes da USP e outras universidades que entraram em luta e militantes do movimento dos sem-terra convocam todos os ativistas, militantes e organizações de luta a participar e contribuir na organização do ato nacional de 1º de Maio independente, classista e de luta em São Paulo.
O 1° de Maio é um dia de luta da classe trabalhadora, estabelecido para lembrar-se dos mártires da luta dos trabalhadores, personificados nos líderes operários da greve na cidade de Chicago, nos Estados Unidos da América.
É uma data para lutar pelas reivindicações dos trabalhadores por melhores salários e condições de trabalho e pelo socialismo.
No mundo inteiro os trabalhadores estão se levantando contra os ataques da burguesia no momento em que a crise exige dos governos capachos um aprofundamento da exploração da população com demissões, cortes de gastos nas áreas sociais, repressão e perda de direitos democráticos necessários para a implantação dos planos de austeridade impostos pelos banqueiros. Essa situação está impulsionando as massas de trabalhadores do mundo a entrarem em luta contra esses ataques.
A burguesia, com o apoio incondicional da esquerda burguesa e capituladora, atacam a classe operária, a população, os trabalhadores sem-terra e a juventude de maneira profunda e intensa, numa clara tentativa de bloquear o ascenso das lutas dos trabalhadores.
Os trabalhadores precisam romper com essa esquerda, que foi responsável pelas maiores derrotas dos trabalhadores nesse último período, e se colocar lado a lado com as forças que estão surgindo com os elementos, correntes, organizações etc. que efetivamente estão apoiados na luta e lutar pelas reivindicações dos trabalhadores. A tarefa fundamental do movimento operário e a elaboração e defesa de um programa de reivindicações na defesa de seus interesses imediatos por meio de um conjunto de reivindicações transitórias, na luta pelas reivindicações democráticas com sentido revolucionário voltadas a todas as camadas oprimidas da população e, finalmente, na luta por um governo operário, pela revolução proletária mundial e pelo socialismo.

Defesa do salário e do emprego: que os patrões paguem pela crise

• Não ao salário mínimo de fome do governo Lula; por um salário mínimo nacionalmente unificado, vital, suficiente para atender às necessidades de uma família operária, calculado e deliberado pelas organizações dos trabalhadores em um congresso nacional de trabalhadores da cidade e do campo e que hoje não poderia ser inferior a R$ 2.500,00
• Pela escala móvel de salários
• Direito de greve! Fim de toda legislação repressiva contra o movimento operário
• Nenhuma intervenção do Estado burguês (incluindo sua “Justiça”) e dos patrões nas organizações operárias
• Trabalhar menos para que todos trabalhem: redução da semana de trabalho para 35 horas semanais, sem redução dos salários
• Contra o fechamento de fábricas e demissões em massa: escala móvel de horas de trabalho

Lutar contra a privatização dos Correios

• Não à intervenção patronal nos sindicatos da categoria
• Não a privatização da ECT
• Criação de oposições classistas em todos os sindicatos dirigidos pela burocracia patronal para derrotar a politica traidora do PT e PCdoB na categoria
• Controle da ECT pelos próprios trabalhadores
  • Não à divisão da categoria, por um sindicato único. Um único patrão, um único sindicato


Defesa incondicional dos sem-terra

• Expropriação do latifúndio: terra para quem nela trabalha
• Imediato assentamento de todas as ocupações. Por um plano nacional de ocupações. Por uma campanha das organizações operárias nas cidades em defesa dos sem-terra e da sua luta
• Fim da repressão aos sem-terra, punição para todos os assassinos de sem-terra e seus mandantes. Liberdade para todos os presos políticos da luta pela terra
• Organizar a autodefesa dos trabalhadores do campo contra as milícias paramilitares dos latifundiários

Em defesa das reivindicações das mulheres, dos negros e da juventude

• Direito ao aborto e sua realização gratuita e em condições adequadas na rede pública. Liberdade de decisão para as mulheres
• Não à punição das mulheres que fizeram aborto
• Creches em todos os locais de trabalho
• Licença-maternidade de seis meses
• Não ao apartheid salarial das mulheres e dos negros; salário igual para função igual
• Universidade para os trabalhadores, fim do vestibular, livre-ingresso na universidade, ensino público e gratuito para todos
• Passe-livre para toda a juventude e desempregados
• Fim da ditadura nas universidades. Governo tripartite com maioria estudantil
• Anulação da reforma da Previdência; aposentadoria integral aos 20 anos de trabalho para as mulheres e 25 para os homens

Por um governo das organizações operárias e camponesas! Pela Revolução Proletária! Pelo Socialismo!

•Fora os governos dos capitalistas e a política de colaboração da frente popular
• Por um governo operário e camponês, um governo dos trabalhadores da cidade e do campo
• Pela Revolução Proletária!
• Pelo socialismo
• Abaixo a frente popular e os governos capitalistas em todo o mundo: pela expropriação da burguesia e pela vitória da revolução proletária e socialista em todos os países
• Pela unidade internacional dos trabalhadores contra o capitalismo e pelo socialismo, reconstruir a IV Internacional

Ato do PCO terá como eixo a luta contra as privatizações dos governos PT e PSDB


O Partido da Causa Operária, juntamente com outras organizações, está chamando um ato de 1º de Maio independente e de luta, tendo como proposta levantar as principais bandeiras de luta dos trabalhadores e estudantes nos últimos anos 
No ato de 1º de Maio que o Partido da Causa Operária estará realizando este ano juntamente com outras organizações, o eixo central das intervenções será a campanha nacional contra as privatizações e em particular a dos Correios que vem mobilizando a categoria há alguns anos. Os Correios são atualmente a maior estatal do Brasil em termos de funcionário e desde o governo de FHC tem estado na mira da política de privatizações que foi continuada no governo Lula e está sendo levada a cabo no atual governo de Dilma Rousseff.
Este será o sexto ato de 1º de Maio que o PCO realiza de maneira independente do governo, da burguesia e do peleguismo sindical em geral. Além do PCO, chamam também este ato a Corrente Sindical Nacional Causa Operária, a Corrente Nacional de Oposição Ecetistas em Luta, a Aliança da Juventude Revolucionária, o Coletivo de Negros João Cândido e o Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo.
Além da luta contra a privatização dos Correios, outro tema que terá grande destaque no ato desde ano será a luta contra a privatização da Universidade de São Paulo, a maior da América Latina. Se a privatização dos Correios vem sendo organizada pelo PT, a da USP está nos planos do PSDB, o que revela que a política de privatizações é uma diretriz geral da burguesia nacional diante do agravamento da crise capitalista. As privatizações são produto direto da pressão que capitalistas nacionais e internacionais vêm exercendo sobre o governo brasileiro.
Há diversos outros casos de privatizações que vem sendo realizadas, todas elas de forma quase que conspirativa, sem que a população se dê conta. Casos assim são os chamados “leilões” dos maiores aeroportos do país, que vem sendo entregues para grandes grupos de capitalistas; ou também as novas linhas do Metrô, que, construídas através das chamadas PPPs, Parcerias Público Privadas, já nascem privatizadas, administradas por particulares em concessões que duram cerca de trinta anos, ou seja, arrendamentos de longo prazo que tem o mesmo efeito prático que teria a venda dessas empresas. Logicamente que os governos Federal e estaduais negam veementemente que qualquer privatização venha ocorrendo.
É buscando organizar uma luta ampla contra este gigantesco ataque dos governos e da burguesia aos maiores patrimônios da população brasileira que o PCO e demais organizações colocaram as privatizações como o eixo do Dia de Luta dos Trabalhadores deste ano.
Além do ato político propriamente, na parte da tarde haverá também o 1º de Maio Cultural organizado pelo Centro Cultural Benjamin Péret em parceria com o PCO, que também é tradicionalmente organizado na parte da tarde, com espetáculos de música e teatro entre outras.
Para maiores detalhes sobre o 1º de Maio acompanhe nossas publicações ao longo desse mês.

Não à traição! Fora quadrilha do PCdoB dos sindicatos! Pela unidade dos trabalhadores dos Correios em uma única luta nacional!

Declaração aos trabalhadores dos Correios de todo o Brasil: A unidade nacional dos trabalhadores está sendo colocada em risco por uma quadrilha de bandidos a serviço dos patrões 



O único caminho para os trabalhadores é recuperar suas organizações sindicais para a luta construindo uma nova direção e derrubando o peleguismo patronal do PT e do PCdoB 

O PCdoB – Partido “Comunista” do Brasil -, que criou a organização sindical de fachada chamada CTB – Central dos Trabalhadores Brasileiros -  foi colocado pela direção da ECT, de maneira ditatorial, através da fraude e da violência na cabeça dos dois maiores sindicatos da categoria, Sintect-SP e Sintect-RJ. Esse partido decidiu, em reuniões de cúpula, a ruptura desses sindicatos, ou seja, de toda a sua base, mais de 30 mil trabalhadores com a Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect) e a posterior criação de uma nova federação.

PCdoB: uma quadrilha de bandidos a serviço da direção da ECT

A decisão da quadrilha do PCdoB sela sua participação no movimento sindical dos Correios como o maior crime cometido contra a categoria.
Após anos e anos de traições, esse partido tenta agora dividir a categoria. O ato criminoso visa a dividir a força dos trabalhadores e enfraquecer sua luta na campanha salarial. Um serviço prestado aos patrões.
Os patrões ficaram assustados com a greve passada, de 28 dias, nacionalmente unificada, de dezenas de milhares de trabalhadores de todos os estados do País. É por esse motivo que esta quadrilha de criminosos que tomou conta por meio da fraude e da violência e com o apoio dos patrões quer agora dividir a categoria e enfraquecê-la.

Os maiores sabotadores da campanha salarial

Esse crime não é nenhuma novidade para os trabalhadores dos Correios.
Desde que tomou o domínio dos dois sindicatos, o PCdoB tem sido o principal pilar de sustentação da política de liquidação das campanhas salariais. O tamanho dos dois sindicatos em nível nacional era usado pela burocracia sindical e a empresa para iniciarem a debandada das campanhas salariais e levar o resto do País à derrota. No momento de maior dificuldade das nossas greves, chamavam assembleias fantasmas e com a ajuda de outros vendidos para o patrão, acabavam com a greve, desmoralizando todo o movimento. Em troca disso, ganharam cargos altamente remunerados, vendiam o trabalhador para a empresa como Judas Escariotes vendeu Jesus Cristo.
Agora, esses sabotadores da luta da categoria querem também isolar os trabalhadores do Rio e de S. Paulo do movimento nacional unitário da campanha salarial. Já declararam inclusive que irão fazer a campanha salarial separadamente. Qualquer um sabe que esses dois sindicatos não vão conseguir negociar com a empresa sozinhos, a Fentect é a única reconhecida pelos trabalhadores e outra federação não teria força para nada a não ser se rastejar, como já faz há muito tempo o PCdoB, conforme os interesses patronais da direção da ECT.
O PCdoB quer jogar os trabalhadores desses dois estados no isolamento e toda a categoria na divisão cuja única consequência só pode ser a derrota dos trabalhadores, um retrocesso dos direitos conquistados até hoje pela unidade da luta da categoria.
A criação da Fentect foi a maior conquista dos trabalhadores desde as primeiras greves em 1985. Destruir esta conquista somente pode ser obra de pessoas que estão completamente a serviço dos patrões. 

Uma lista de traições
A quadrilha do PCdoB, que está saindo da federação tentando jogar no colo do PT toda a sujeira, esconde que foi o maior cúmplice da bandalheira contra o trabalhador dos Correios.
O nível de cinismo, oportunismo e vigarice política é tão grande que nos argumentos levantados como supostas justificativas para a ruptura estão traições cujo PCdoB teve papel central, há décadas atuando dentro desses sindicatos.
Assinatura do PCCS da escravidão, que abriu caminho pra a terceirização e a privatização, assinatura do acordo bianual, banco de horas, o apoio ao SAP, as chantagens da PLR. Em tudo isso, o PCdoB, seja como diretoria do sindicato, seja como parte da direção da ECT, foi o principal criminoso contra a categoria.
No caso do acordo bianual, o PCdoB esteve como cabeça de toda a traição. Para citar um exemplo, Diviza (presidente do Sintect-SP) e Ronaldão (presidente do Sintect-RJ) estiveram presentes em Tocantins para ajudar a empresa a fraudar a decisão da assembleia dos trabalhadores que havia por duas vezes rejeitado o acordo bianual para obter uma maioria fajuta para a assinatura do acordo.
A defesa da divisão dos trabalhadores é a continuação dessa política de traições que o PCdoB sempre fez junto com o PT.
Nunca é demais lembrar que foi o elemento do PCdoB/CTB do Ceará, senhor Luis Eduardo, ex-sindicalista, que organizou todo o ataque da compensação da greve, obrigando os grevistas a trabalharem feito escravos durante os finais de semana.

Por que a quadrilha está rompendo?

Depois de todos esses anos de traição, o infarto fulminante dos traidores do PCdoB foi a greve de 2011, de longe a maior greve da categoria, que durou 28 dias.
Com a burocracia já totalmenteenfraquecida, a greve de grandes dimensões foi feita contra a vontade desses sindicatos. Nem no seu pior pesadelo a burocracia sindical imaginou enfrentar uma greve desse tamanho e dessa duração que derrubou todo o esquema que existe há anos no movimento sindical pelego, como é o caso de quase todas as greves que acontecem.
Os pelegos do PCdoB, desde o primeiro momento queriam acabar com a greve para assinar um acordo coletivo favorável aos patrões.
A mobilização dos trabalhadores impediu que a greve fosse enterrada a ponto de terem existido momentos de extrema tensão entre a diretoria do sindicato e trabalhadores nas assembleias que só não terminaram em pancadaria porque a quadrilha do PCdoB teve medo de desafiar abertamente os trabalhadores. A greve só terminou quando os patrões deram a cartada do judiciário e os pelegos de Rio e de S. Paulo mentiram dizendo que não havia outra saída senão acabar com a greve.
A pressa em acabar com a greve foi tão grande que nem negociaram os dias parados e os trabalhadores tiveram que amargar a perda dos 28 dias, com enorme sobrecarga de trabalho.
A derrota na greve foi a gota d’água para os trabalhadores e foi fatal para as diretorias desses sindicatos do PCdoB, como se viu depois a rejeição da categoria. Diretores do Sintect-SP e do Sintect-RJ chegaram a ser expulsos e ameaçados fisicamente pelos trabalhadores nos setores.
O PCdoB perdeu toda a sua base, que já era minúscula, e se desmanchou. Uma parte grande do PCdoB se vendeu diretamente para o PT.
O crime da ruptura é a tentativa desesperada de se livrar dos crimes anteriores nos quais estiveram envolvidos e conseguir uma sobrevida. Mas não há muitas esperanças para o PCdoB, sua ficha criminal já está exposta e é conhecida por todos.

Às costas dos trabalhadores

A crise das relações da quadrilha com os trabalhadores de base é tão intensa que há muito tempo, tanto o Sintect-SP como o Sintect-RJ não têm coragem de fazer assembleias, pois sabem que os trabalhadores não apoiam absolutamente nada da sua política criminosa e perderiam o controle.
Está mais que constatado que a quase totalidade dos trabalhadores condena a tentativa da quadrilha de dividir a luta da categoria dos correios em escala nacional. Todo trabalhador sabe pelo menos duas coisas fundamentais sobre o sindicalismo: 1) que uma andorinha só não faz verão e, portanto, é a união que faz a força e 2) que as diretorias vem e vão, mas o sindicato é do peão e ninguém põe a mão.
Se a diretoria de um sindicato é ruim, o único caminho é lutar para derrubá-la e colocar companheiros honestos e de luta no seu lugar, mas nunca dividir os trabalhadores criando organizações sindicais paralelas.
Por isso, a decisão das duas diretorias foi tomada às costas dos trabalhadores, em reuniões de cúpula entre os membros da quadrilha do PCdoB.
Esses bandidos não têm autoridade, nem direito para fazer o que querem com os trabalhadores.
Chamamos todos os trabalhadores a se mobilizar para impedir este crime desta quadrilha de bandidos e para defender com unhas e dentes a unidade dos trabalhadores dos correios nacionalmente. A ECT é uma só empresa, por isso os trabalhadores de todo o país devem estar unidos, em uma única luta, em uma única campanha salarial, em uma organização nacional para sair vitoriosos.
Chamamos os trabalhadores de S. Paulo e do Rio de Janeiro a organizar imediatamente a campanha salarial unificada com o restante da categoria.
O sindicato é dos trabalhadores: nos Correios, é a Fentect que faz o contrato coletivo dos trabalhadores, o que a caracteriza como o verdadeiro sindicato da categoria. Cabe aos trabalhadores derrubar os pelegos, a divisão é uma tentativa de estancar a crise, no entanto, deverá ser o início para colocar abaixo essa quadrilha de pelegos criminosos.
A oposição nacional Ecetistas em Luta vai organizar uma sede para fazer um trabalho de oposição a essas diretorias divisionistas, organizando ali todos os trabalhadores que queiram defender a unidade nacional da categoria.
Chamamos os trabalhadores a comparecer ao próximo congresso da Fentect e a pressionar todos os representantes para lutar para derrubar os pelegos que sobraram na federação nacional e recuperar totalmente a nossa organização unitária para a luta efetiva pelos interesses da categoria.

Um congresso de luta para organizar os trabalhadores e derrotar os ataques da empresa, a burocracia sindical e em defesa do socialismo!


O XII Cortect-MG foi uma demonstração clara da disposição de luta dos trabalhadores dos Correios e de que está em marcha um novo movimento para derrubar a burocracia e retomar as organizações operárias para o controle dos trabalhadores 

Entre os dias 14, 15 e 16 de abril foi realizado no Sesc/Venda Nova, em Belo Horizonte-MG o XIII Congresso do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios e Telégrafos e Similares do Estado de Minas Gerais (Sintect-MG), principal núcleo da oposição sindical ao Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-PSOL), a corrente Ecetistas em Luta.
O congresso foi um passo decisivo para a formação de um verdadeiro eixo de agrupamento e organização de uma oposição nacional nos Correios, capaz de derrotar os ataques da empresa, a burocracia sindical e colocar os sindicatos novamente sob o controle dos trabalhadores. Nem mesmo o boicote organizado diretamente pela empresa, através do diretor regional, José Pedro de Amengol Filho, ex-sindicalista do Partido dos Trabalhadores (PT), indeferindo ilegalmente a liberação dos delegados sindicais para o congresso, passando por cima do acordo coletivo, da legislação trabalhista e da própria constituição que garante o direito de organização e a liberdade sindical contra a ingerência patronal, não foi suficiente para intimidar os trabalhadores que lotaram o congresso, ignorando as ameaças dos chefes e desmoralizando a manobra criminosa da direção da ECT e do PT. 
Muito diferente do esquema tradicional da burocracia que não agrupa nenhum setor de trabalhadores, apenas os oportunistas “flagelados” que ficam em volta do sindicato recebendo pequenos favores e à espera de um cargo na diretoria, o congresso organizado pelo Sintect-MG e Ecetistas em Luta contou com a ampla participação dos trabalhadores de base, com cerca de 200 delegados eleitos em várias unidades de trabalho na capital e interior, além de outros setores combativos que nesse momento fazem oposição a burocracia sindical, como a diretoria do Sintect-Cas.
Participaram também os companheiros de diversas oposições sindicais dos correios como S. Paulo, Uberlândia, Juiz de Fora, Ceará e outros, militantes do movimento estudantil, a Aliança da Juventude Revolucionária (juventude do PCO) e os companheiros da Liga Operária, colocando em pauta as reivindicações e o apoio desses setores ao movimento.

Um conjunto de teses para esclarecer e orientar a luta dos trabalhadores

O congresso debateu um conjunto de teses que servirá como base teórica e prática para a luta política dos trabalhadores.
O tema central girou em torno da crise da burocracia e luta contra a privatização.
Os delegados debateram exaustivamente sobre a política geral do governo de avançar com as privatizações (Correios, Aeroportos, previdência etc), que tem como único objetivo salvar os capitalistas em crise. As últimas medidas aplicadas nos Correios, por exemplo, a transformação da empresa em S.A, a implantação do SAP, os estímulo à demissão dos concursados, os ataques ao convenio médico, a terceirização etc fazem parte do roteiro tradicional executado no período que antecede as privatizações para torná-la mais lucrativa do ponto de vista capitalista.
A luta contra as horas extras, o banco de horas, o problema dos aposentados, a denúncia dos sindicalistas que assumiram cargos, a questão do sindicato único dos correios, uma vez que o patrão é um só, o governo etc. foram igualmente debatidos.
Por outro lado, o congresso se deu numa etapa fundamental da luta da categoria, expressa, nesse momento pela crise terminal do bloco dominante da burocracia sindical dos Correios, PT-PCdoB, rachada no meio após o anúncio do rompimento dos sindicatos de São Paulo e Rio de Janeiro (dirigido pelo PCdoB) com a Fentect.
A discussão deixou claro que o racha é uma tentativa desesperada de sobrevivência do PCdoB, totalmente repudiado pelos trabalhadores diante da sequência infindável de traições, golpes e outros expedientes em favor dos patrões. Por outro lado, a crise marca o fim da aliança entre o principal bloco da burocracia que permitiu controlar através de todos os meios possíveis as mobilizações da categoria durante décadas.
Foi denunciada também a manobra divisionista para enfraquecer o movimento sindical e em favor dos patrões, defendida pelos grupos centristas e oportunistas com o PSTU/Conlutas de criar uma nova federação, assim como o PCdoB, porém com argumentos pseudo-esquerdistas, atuando como cúmplice da política criminosa de dividir a categoria e facilitar a privatização, colocando na ordem do dia, diante da crise e das manobras da burocracia o reagrupamento dos setores combativos, classistas que estão despertando para luta.
As teses e resoluções debatidas procuraram, portanto, atingir desde as questões mais imediatas da luta dos Correios como também problemas políticas gerais, como a defesa das liberdades democráticas diante dos ataques ao direito de greve, manifestação pública e liberdade de expressão; a defesa dos estudantes, sobretudo na USP contra a repressão, os processos criminais e administrativos e a privatização da universidade; o problema da terra e a aliança com os trabalhadores camponeses contra os latifundiários; a questão do negro e das mulheres etc. Assim como as questões políticas mais estratégicas para os trabalhadores, como a criação de um novo partido diante da falência do PT, um partido operário revolucionário e socialista, sem patrões e sem exploradores, efetivamente capaz de levar a luta dos trabalhadores pelo poder e pelo socialismo.
Nesse sentido, o congresso foi marcado por um profundo conteúdo político, classista e revolucionário; um verdadeiro eixo para reorganizar, sob novas bases, com um programa político definido, claro, não só o movimento de luta dos trabalhadores que está em marcha nos Correios como em todas as outras categorias operárias do País e do sindicalismo brasileiro. 

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Veja aqui as deliberações do XIII Cortect-MG aprovadas na assembléia

As resoluções debatidas e aprovadas no congresso servirão como um programa de orientação geral da luta da categoria e levadas a debate na Fentect. 


Documento nº 1

Sobre a privatização da ECT


1.    A transformação da ECT em Sociedade Anônima pelo governo do PT foi o ponto de partida para uma completa reorganização da empresa com o objetivo de entrega-la aos capitalistas privados.
2.    O aumento exponencial da terceirização, o SAP e todas as mudanças nas condições de trabalho, visam aumentar a exploração dos trabalhadores para que os especuladores possam tomar conta da empresa e sugar até a última gota do seu sangue.
3.    As chamadas privatizações nada mais são que uma operação para aumentar os lucros dos especuladores capitalistas em crise através do dinheiro estatal. Nesse sentido, a privatização deve ser definida como uma operação criminosa de assalto ao patrimônio estatal e ao bolso do trabalhador em benefício do capital monopolista. Nesta operação, o governo do PT cumpre o papel de cúmplice menor dos capitalistas em troco de privilégios e ganhos para os seus representantes.
4.    A luta contra a privatização é o centro de toda a luta dos trabalhadores dos correios neste momento. Nenhuma conquista isolada poderá fazer efeito enquanto a privatização estiver se desenvolvendo.
5.    A luta contra a privatização deve ser levada adiante em diferentes níveis:
6.    1) realização de uma campanha política nacional, buscando a unidade com outras categorias atingidas pela privatização, como os petroleiros, e o apoio do conjunto da classe trabalhadora e do povo; esta é uma campanha contra o governo do PT e contra a burguesia de um modo geral;
7.    2) a luta contra os mecanismos da privatização dentro da empresa, como o SAP, a terceirização, combatendo-os em cada setor e exigindo de um ponto de vista geral o seu fim;
8.    3) a luta para expulsar das organizações sindicais a burocracia sindical do PT e dos seus empregados menores do PCdoB, que nada mais são que os agentes sindicais da privatizaçãoo; a vitória contra a privatizaçãoo só será possível com uma nova direção independente do governo e da burguesia e construída sobre a base da derrubada da burocracia em cada sindicato e na Fentect.


Congresso sintect documento nº 2

Sobre a unidade do movimento sindical dos correios


1.    Um patrão, um sindicato. Este é o princípio fundamental da luta dos trabalhadores que se apóia acima de tudo no seu número e na sua organização (unidade).
2.    Neste momento, os traidores da categoria como PT, PCdoB e PSTU estão ameaçando a maior conquista da categoria que é a sua unidade nacional e que se manifestou em muitas oportunidades e particularmente nos 30 dias de greve da campanha salarial passada.
3.    As diretorias pelegas e traidoras dos sindicatos de S. Paulo e Rio de Janeiro anunciaram que vão romper com a Federacão Nacional e dividir o movimento da categoria. Estão preparando uma maior e mais violenta traição contra a campanha salarial deste ano e, mais importante ainda, contra a luta contra a privatização. Dividida a categoria só pode se enfraquecer.
4.    Estas diretorias são controladas pelo PCdoB (Partido Comunista do Brasil) que, de comunista não tem absolutamente nada, e fazem parte da central patronal CTB (Central dos Trabalhadores Brasileiros), que de trabalhador não tem nada. A oposição sindical patronal de Minas Gerais faz parte deste grupo de traidores.
5.    Condenamos energicamente a manobra divisionista para enfraquecer o movimento sindical e fortalecer os patrões e facilitar a privatização.
6.    Chamamos todos os sindicatos da Fentect a ajudar com todos os meios os trabalhadores de S. Paulo e do Rio de Janeiro a expulsar imediatamente os traidores e recuperar estes sindicatos para a federação nacional.
7.    Propomos construir desde já subsedes do movimento nacional unificado nestas cidades e organizar os trabalhadores – profundamente revoltados com estas diretorias – para recuperar os sindicatos para os próprios trabalhadores.
8.    O PSTU, que dirige os sindicatos de Pernambuco e do Vale do Paraíba ameaçou cometer esta mesma traição. Chamamos os trabalhadores a condenar esta outra ameaça divisionista como sendo um serviço abertamente patronal e a plicar esta mesma política em cada sindicato que ameaçar romper o movimento nacional.


Congresso sintect documento nº 3

Sobre o sindicato único dos correios


1.    A categoria dos trabalhadores dos correios é formada por funcionários de uma única empresa. A existência de 35 sindicatos para lutar contra um comando patronal único é evidentemente um forma de organização que enfraquece a luta.
2.    A organização sindical brasileira está historicamente atrasada em relação à organizaçãoo sindical da maioria dos países do mundo que há muito contam com sindicatos nacionais, inclusive países federativos como os Estados Unidos.
3.    As tramoias da burocracia, que usa este enorme número de sindicatos para quebrar as greves, usando sindicatos como S. Paulo e Rio de Janeiro para acabar com o movimento sem consulta nacional dificulta a luta da categoria contra os patrões.
4.    Nesse sentido, o XIII Congresso do Sintect-MG aprova a luta imediata pela transformação da Federacão Nacional em um sindicato nacional em um congresso amplamente discutido e amplamente representativo das bases e reorganização dos sindicatos em regionais estaduais e municipais também eleitas e representativas das bases.


Congresso sintect documento nº 4

Sobre a terceirização


1.    A terceirização é uma forma jurídica e política encontrada pelos patrões para atacar, ao mesmo tempo, o valor da força de trabalho e a organização sindical dos trabalhadores, com vistas a diminuir ainda mais a sua capacidade de barganha.
2.    A grande tarefa do sindicato e de todos os sindicatos é unificar, sobre uma mesma base, os trabalhadores contratados e terceirizados impedindo a divisão da categoria e o enfraquecimento da sua organização sindical de luta.
3.    É preciso fazer com que cada trabalhador compreenda que o rebaixamento dos terceirados é um esquema patronal principalmente para atacar o trabalhador efetivo.
4.    Para isso, é preciso levantar como reivindicação que o contrato de trabalho dos trabalhadores concursados seja aplicado a todos os terceirizados.
5.    Os terceirizados devem ser encorajados a se filiar no sindicato oficial, uma vez que seus sindicatos são inexistentes e meras fachadas burocráticas criadas pelos patrões.
6.    O Sintect-MG iniciará a partir deste congresso a publicação de um boletim especial para os terceirizados e irá propor ao Congresso da Fentect que faça o mesmo.
7.    Os delegados da base de Minas Gerais proporão ainda ao Congresso da Fentect em nome do XIII Cortect uma campanha de filiação dos terceirizados e pela isonomia de todos os terceirizados.
8.    Juntamente com estas reivindicações, reivindicamos da direção da ECT o fim de todas as terceirizações e a contratação de todos os terceirizados.
9.    Propomos ainda a organização de uma campanha nacional, com todos os sindicatos de luta, pelo fim da terceirização em escala nacional.


Congresso sintect documento nº 5

Sobre o Congresso da Fentect


1.    O XX Congresso da Fentect deverá tomar decisões fundamentais para a próxima campanha salarial da categoria e eleger a próxima direção da Fentect.
2.    Este congresso está sendo realizado sobre a base da enorme crise da burocracia sindical dos Bando dos Quatro (PT, PCdoB, PSTU e Psol) que atingiu o seu ponto mais alto na última greve da categoria.
3.    O PCdoB, que se encontra em uma crise total, decidiu que não irá ao Congresso e que vai romper com a Federação Nacional. A causa desta decisão é a sua própria crise interna o impede de atuar no marco do Congresso e da categoria unificada.
4.    A crise da burocracia é, em última análise, o resultado da luta dos trabalhadores contra ela sob a direção de uma minoria de sindicatos de luta como o Sintect-MG e dos elementos mais combativos, organizados na corrente Ecetistas em Luta.
5.    Diante desta situação, colocam-se para o congresso, duas questões fundamentais:
6.    1) Formar um bloco com todos os setores oposicionistas para derrubar a burocracia, seja no congresso, seja na luta da categoria do ponto de vista imediato. A derrubada da burocracia é condição número para o sucesso das lutas e das reivindicações dos trabalhadores; a condição fundamental que impomos para a formação deste blocomé que os seus integrantes rejeitem claramente a política divisionista de romper a federação nacional e a unidade da categoria;
7.    2) colocar como centro do congresso e da campanha salarial a luta contra a privatização dos correios.


Congresso sintect documento nº 6

Sobre a campanha salarial 2012-04-12


1.    O PT – com a ajuda do PCdoB, que deverá estar atuando de fora da federação nacional – tentarão, este ano, encerrar a campanha salarial o mais rapidamente. Por um lado, para não interferir nas eleições municipais e utilizar os trabalhadores dos correios como marionetes eleitorais. Por outro lado, porque têm medo de perder o controle dada a revolta dos trabalhadores.
2.    O interesse dos trabalhadores, ao contrário, é ter uma campanha salarial vitoriosa, considerando, inclusive que as eleições fortalecem o poder de barganha dos trabalhadores, motivo pelo qual nos opomos decididamente a qualquer adiantamento artificial da campanha.
3.    Consideramos, em primeiro lugar, que é preciso retomar tudo o que perdemos nas campanhas salariais anteriores e apresentar claramente na mesa de negociações.
4.    Apontamos desde já que é necessário organizar a greve geral da categoria e a organização de comandos de greve em todos os sindicatos, em particular na base daqueles cuja diretoria está rompendo com a fentect.
5.    Propomos um Comando de Mobilizacão e Negociacão amplamente representativo, com representantes de todos os sindicatos, proporcionalmente ao número de trabalhadores na base, que possam ser destituídos e substituídos nas assembleias de base de cada local.
6.    Propomos chamar sindicatos como petroleiros e bancários para uma campanha conjunta em torno das terceirizações e da privatização.
7.    A campanha deve ser política, de denúncia da política criminosa, antitrabalhador e antipovo do governo do PT e dos seus funcionários do PCdoB.
8.    Propomos iniciar desde já uma campanha de esclarecimento entre os trabalhadores sobre o papel do TST e da imprensa na campanha e  demais instrumentos que a burguesia e o governo utilizam contra a nossa greve e contra os trabalhadores.


Congresso sintect documento nº 8

O objetivo da luta dos trabalhadores


1.    A situação de exploração e opressão dos trabalhadores somente pode ser superada com a superação do capitalismo enquanto forma de organização econômica da sociedade. Não é possível alterar de forma substancial a situação da classe trabalhadora dentro do capitalismo.
2.    O XIII Congresso reafirma, nesse sentido, que o objetivo fundamental da luta dos trabalhadores dos correios e de toda a classe trabalhadora é a luta pelo socialismo, pelo fim da propriedade privada dos meios de produção e pela propriedade coletiva dos bancos, empresas e da terra.
3.    Os que dizem que defendem os interesses dos trabalhadores, mas não lutam pelo socialismo enganam os trabalhadores e atuam  no sentido de perpetuar a sociedade capitalista de exploração e opressão que é responsável pela miséria dos trabalhadores em um pólo enquanto que uma minoria acumula riquezas imensas no outro.
4.    A atual crise capitalista não é uma crise qualquer, mas um capítulo da crise terminal do capitalismo e mostra a sua inviabilidade como sistema social que ameaça arrastar o mundo todo para uma situação de barbárie, de guerras, de fome etc.
5.    A luta pelo socialismo decorrer, portanto, de todas as lutas imediatas por salario, emprego, melhores condições de trabalho e de vida é a única forma de conseguir uma vitória efetiva dos interesses da classe trabalhadora.


Congresso sintect documento nº 9

Sobre o governo dos trabalhadores


1.    Toda a luta dos trabalhadores, que começa com a luta pelo salario, é uma luta política. O poder do Estado é o maior instrumento de reforma social que existe e também o maior obstáculo a qualquer reforma que atenda os interesses dos trabalhadores.
2.    Na última greve, os trabalhadores dos correios foram obrigados a enfrentar não apenas o poder executivo, neste momento dominado pela coligação PT-PMDB, mas também o poder judiciário que arbitrariamente determinou a volta ao trabalho enganando a categoria e causando uma confusão que resultou no final da greve.
3.    Nesse sentido, o XIII Congresso declara em alto e bom som que os trabalhadores se recusam a confinar a sua luta nas questões salariais e econômicas e que é dever dos trabalhadores intervir na vida política do país.
4.    O ditadura militar, que durou de 1964 a 1985 esmagou os trabalhadores. No entanto, os governos ditos democráticos não fizeram melhor. Os direitos que os trabalhadores conquistaram na luta como o direito de greve, foram arrancados pelos governos que se dizem democráticos de Sarney, Collor, FHC, Lula e Dilma. É que estes governos estão, acima de tudo, a serviço dos interesses patronais e dos empresários e bancos internacionais.
5.    A privatização dos correios, colocada em marcha pelo governo do PT é a prova deste fato.
6.    Diante disso, o XIII Congresso assinala que o objetivo dos trabalhadores dos correios, bem como de todos os trabalhadores é o de lutar por um governo próprio, um governo operário, um governo das próprias organizações dos trabalhadores da cidade e do campo, um governo sem patrões e criado sobre a base da luta revolucionária contra o regime político patronal que coloque de fato em prática um programa que atenda os interesses dos trabalhadores.
7.    O objetivo deste governo é a luta pelo socialismo. Sem um governo da classe trabalhadora não é possível o socialismo.


Congresso sintect documento nº 10


Sobre a questão do partido e do sindicato


1.    A profunda crise dos sindicalistas do PT e do PCdoB, cada vez mais repudiados pela categoria e do governo do PT, que atua sistematicamente contra o trabalhador, tem feito com que os chefes e pelegos espalhem a ideia de que os sindicatos e os próprios trabalhadores devem ser “apartidários”.
2.    Esta ideia é uma tentativa de armar uma arapuca para os trabalhadores. Os patrões e chefes estão organizados politicamente no PT, no PCdoB, no PMDB, no PSDB e outros partidos patronais, mas o trabalhador não pode se organizar politicamente porque deveria ser apartidário.
3.    Os trabalhadores não apenas têm direito como precisam de uma organização política justamente para lutar contra os patrões e seus governos que interferem diretamente na vida do trabalhador e dos sindicatos.
4.    Muitos trabalhadores dos correios participaram da construção do PT pensando em construir um verdadeiro partido dos trabalhadores para a defesa dos interesses dos trabalhadores, um partido operário. No entanto, este partido foi roubado deles por políticos patronais vigaristas e por pessoas que acabaram se corrompendo nas mãos dos empresários.
5.    Hoje, um número cada vez maior de trabalhadores está adquirindo a consciência de que o PT é um partido do trabalhador apenas no nome e que é na realidade o partido dos chefes dos correios, dos diretores da empresas e dos patrões e banqueiros em geral. Um partido inimigo dos trabalhadores.
6.    O XIII Congresso tira desta situação uma conclusão. Está na ordem do dia a discussãoo para a organizaçãoo de um novo partido de trabalhadores, sem patrões, sem corruptos, independente dos empresários e governos patronais, que lute pelos interesses imediatos do trabalhador, como salario e emprego, que lute por um governo dos trabalhadores e pelo socialismo.
7.    O XIII Congresso delibera abrir esta discussão com toda a categoria e toda a classe trabalhadora.


Congresso do sintect documento nº 11

Sobre a independência dos sindicatos


1.    O governo e a direção da empresa tem procurado controlar os sindicatos dos trabalhadores dos correios em escala nacional através de sindicalistas corrompidos pela ampla distribuição de cargos altamente remunerados, de cargos menores de supervisão e outros favores.
2.    A crise dos sindicalistas a serviço do patrões, do PT e do PCdoB, obrigaram a direção da ECT a adotar uma nova política e tentar controlar os sindicatos diretamente através dos chefes e não mais dos sindicalistas. Os sindicalistas passariam a ser meros testas-de-ferro da direção a empresa.
3.    O XIII Congresso chama todos os trabalhadores:
3.1.    Não aceitar qualquer ingerência dos chefes e da direçãoo da empresa nos sindicatos;
3.2.    A expulsar das organizações sindicais todos os integrantes do PT e do PCdoB como sendo agentes diretos da empresa para esta controlar os sindicatos;
3.3.    A lutar pela completa independência dos sindicatos diante da empresa e dos patrões;
3.4.    A denunciar nacionalmente a política criminosa do PT, com a juda do PCdoB, de colocar os sindicatos diretamente sob o controle da direção da empresa.



Congresso sintect documento nº 12

Sobre o conselho de representantes


1.    Os sindicatos dos correios tem realizado periodicamente eleições para representantes sindicais, conforme a convenção coletiva.
2.    Estes representantes, no entanto, uma vez eleitos se transformam na sua maioria em representantes da empresa contra os trabalhadores que, depois, têm que esperar um ano para trocá-los. Nesse meio tempo, usam o seu poder para atrapalhar a luta das categorias.
3.    O Sintect-MG precisa de representantes que realmente representem os trabalhadores e não de pessoas que a empresa usa contra o trabalhador.
4.    Por isso, decidimos a formação de um conselho de representantes eleitos diretamente por meios de reuniões sindicais sem qualquer participação da empresas e que possam ser modificados de uma reunião à outra.
5.    A função destes representantes será a de contribuir para organizar as campanha sindicais, assembleias e outras atividades de luta.




Congresso sintect documento nº 13

Sobre os sindicalistas que assumiram cargos


1.    Os ex-sindicalistas que assumiram cargos, como, por exemplo, o traidor Teixeirinha aqui em Minas Gerais, são elementos comprados pela empresa para atacar o trabalhador. São cães de aluguel da empresa para combater o movimento sindical e a luta dos trabalhadores.
2.    Estes sindicalistas não são representantes dos trabalhadores porque não foram escolhidos pelos trabalhadores e sim pelos patrões e porque foram subornados por altos salários.
3.    Todos os sindicalistas que assumiram cargos devem ser considerados não apenas fora do movimento sindical, como seus inimigos e repudiados pelos trabalhadores e pelo movimento sindical.


Congresso sintect documento nº 14

Sobre o convênio médico dos correios


1.    O convênio médico dos correios é uma das maiores conquistas da categoria.
2.    A direção da ECT estabeleceu como um dos seus objetivos centrais a demolição deste convênio para reduzir o valor da força de trabalho para tornar a empresa mais atraente para os tubarões internacionais.
3.    Nesse sentido deliberamos:
3.1.    Realizar uma ampla campanha nacional de defesa do convênio médico;
3.2.    Que as normas de atendimento sejam controladas por uma comissão de trabalhadores;
3.3.    Que todas as empresas médicas retiradas do cadastro sejam reinseridas;
3.4.    Que sejam inseridas novas empresas e ampliadas as condições de atendimento.


Congresso sintect documento nº 15

Sobre o controle operário


1.    A direção da empresa, sob o controle do PT, procurar destruir o movimento sindical subornando os seus representantes eleitos ou trabalhadores que simplesmente participam do movimento sindical.
2.    Nenhum trabalhador deve aceitar aceitar este suborno, mas defender uma política que atenda verdadeiramente o interesse da categoria e da classe trabalhadora.
3.    Propomos:
3.1.    Lutar pelo controle total da empresa pelos trabalhadores;
3.2.    Eleição democrática de todos os cargos de chefia e diretoria com mandatos controlados pelos trabalhadores e revogáveis a qualquer momento.


Congresso sintect documento nº16

Sobre a luta das mulheres


1.    As mulheres compõem cerca de 50% da população nacional e da classe trabalhadora nacional. Daí que a unidade entre homens e mulheres seja indispensável para criar um movimento de luta e revolucionário realmente forte.
2.    Essa unidade não pode ser conseguida, porém, sem o movimento dos trabalhadores levante um programa em defesa das reivindicações democráticas e econômicas próprias das mulheres, tais como o direito integral de divórcio, o direito de aborto, isonomia salarial, condições de trabalho adequadas às mulheres, licença maternidade, direito a creche pública e gratuita no bairro ou local de trabalho, condições para amamentação e atendimento médico apropriado.
3.    É preciso deixar claro de imediato que somente um governo dos próprios trabalhadores atenderá integral e efetivamente estas reivindicações.
4.    O XIII Congresso delibera, portanto, o seguinte:
4.1.    Criar imediatamente uma Comissão de Mobilização das mulheres, com reuniões regulares, para discussão dos problemas das mulheres e organização das reivindicações;
4.2.    Estabelecer a publicação regular de um jornal dirigido às mulheres da categoria em nível nacional através da corrente Ecetistas em Luta;
4.3.    Fazer um levantamento das condições de trabalho;
4.4.    Convocar a primeira conferência regional das mulheres.


Congresso sintect documento nº 17

Sobre a unificação da categoria em Minas Gerais


1.    A criação de três sindicatos dos trabalhadores dos correios no Estado de Minas Gerais foi uma manobra da direção da ECT para enfraquecer a organização dos trabalhadores.
2.    Hoje os dois sindicatos do interior são dirigidos por pelegos e são completamente inoperantes. Graças ao esforço da diretoria do Sintect-MG e dos militantes da Corrente de Oposição Nacional Ecetistas em Luta foram criadas fortes oposições em ambos os sindicatos.
3.    A tarefa deste momento é a unificação das bases sindicais do Estado, entendida como um passo no sentido da unificação da categoria em um único sindicato nacional.
4.    O XIII Cortect delibera que sejam tomadas medidas efetivas, em conjunto com as oposições para a unificação imediata da categoria em Minas Gerais.


Congresso sintect documento nº 18

Direito de greve


1.    uma das maiores conquistas operárias e da nossa própria categoria contra a ditadura militar foi a conquista do direito de greve. Este direito não foi conquistado no Congresso ou na Justiça, mas nos locais de trabalho, exercitando a greve contra a repressão policial militar.
2.    Os governos ditos “democráticos” foram sorrateiramente arrancando pedaço por pedaço este direito dos trabalhadores.
3.    Na última greve, os juízes do TST incluíram a  nossa categoria nas categorias essenciais, uma regulamentação antigreve.
4.    O XIII Congresso delibera colocar em primeiro plano na próxima campanha salarial e nas lutas da categoria o direito de greve, que para ser real, precisa ser irrestrito.


Congresso sintect documento nº 19

Sobre a questão do negro


1.    Hoje, mais de um século após a abolição da escravidão, o povo negro brasileiro continua formando uma camada de cidadãos de segunda categoria, apesar de ser maioria da população.
2.    O XIII Cortect delibera criar imediatamente uma Comissão de Mobilizacão da questão negra para discutir e mobilizar em torno dos problemas do povo negro, em particular da reivindicação de ensino público e gratuito em todos os níveis e do livre ingresso na universidade, bem como o lançamento de um jornal regular sobre a questão para a categoria em nível nacional através da corrente Ecetistas em Luta.


Congresso sintect documento nº 20

Sobre a questão das liberdades democráticas


1.    As liberdades democráticas fundamentais (direito de greve, liberdade de expressão, direito de manifestação etc. tem sido cada vez atacadas tanto pelo Executivo como pelo Legislativo e Judiciário. A repressão policial contra a classe trabalhadora atinge níveis inéditos.
2.    O XIII Cortect se  pronuncia decididamente pela defesa das liberdades democráticas como sendo um instrumento fundamental da organização e da luta da classe trabalhadora contra a burguesia e chama todos os trabalhadores a se mobilizar em torno delas.


Congresso sintect documento nº 21

Sobre os presos do movimento estudantil


1.    As mobilizações estudantis do último período foram duramente reprimidas pelos governos federal e estaduais. PT e PSDB juntos se lançaram a esmagar os estudantes, em particular da Universidade de S. Paulo.
2.    Até agora, são mais de 150 militantes estudantis processados por terem se manifestado politicamente em defesa da educação pública e gratuita e pela derrubada da ditadura que existe nas universidades.
3.    O XIII Cortect se pronuncia pelo fim de todos os processos, pelo fim da repressão policial na universidade, pela retirada das forças policiais dos campi universitário, pelo ensino público e gratuito e pelo governo da universidade pelos estudantes, professores e funcionários com maioria estudantil.
4.    A direção do Sintect-MG deve redigir uma moção com estas resoluções e enviar às entidades sindicais e estudantis e às autoridades competentes.


Congresso sintect documento nº 22

Sobre a luta pela terra


1.    No governo do PT a repressão e os assassinatos no campo se intensificaram e as conquistas dos trabalhadores sem-terra decaíram em função da cooptação estatal e corrupção dos dirigentes dos movimentos da terra.
2.    Denunciamos esta repressão e exigimos: imediata libertação de todos os presos da luta pela terra, punição dos assassinos dos sem-terra e mandantes, imediata organização dos movimentos dos sem-terra para a autodefesa contra os assassinatos, nacionalização da terra, distribuição da terra para quem nela trabalha, expropriação do capital agrário.




Congresso sintect documento nº 24

Sobre as horas extras


1.    A direção da ECT tem aumentado exponencialmente a utilização do trabalho aos sábados e domingos, tornando esta atividade ilegal compulsória sobre a base de ameaças de punições e retaliações.
2.    Mesmo assim, muitos trabalhadores, por falta de esclarecimento, entendem que este trabalho extra é uma forma de aumentar os salários, quando, na realidade, é uma forma de aumentar o trabalho, reduzindo os salários. O salario dos trabalhadores não é determinado pelo tempo de trabalho. Isto é uma ficção que os capitalistas usam para enganar o trabalhador, pagando o salario por hora. Na realidade, esta forma serve para diminuir os salários quando o trabalhador falta etc.
3.    O salário é determinado pelo mercado,  pela oferta e pela procura e corresponde ao necessário para a sobrevivência do trabalhador. Quando ele trabalha mais para aumentar o salario, este suposto aumento é rebaixado (pela inflação, por cortes de benefícios etc.) e transforma-se no salario efetivo e o salario nominal fica ainda mais rebaixado, abaixando assim o salario de todos. Quando as horas extras de generalizam, portanto, o trabalho aumenta e o salario cai.
4.    O XIII Congresso deliberar lançar uma ampla campanha em MG e nacionalmente pelo fim do trabalho de final de semana, pela fixação da jornada, irredutível de 35 horas semanais, sete horas por dia cinco dias por semana e por um piso salarial de 2.000,00 reais para o trabalhador admitido.


Congresso sintect documento nº 25

Sobre o sindicato e as eleições


1.    As eleições não podem resolver os problemas dos trabalhadores, porque são dominadas pelos patrões. No entanto, as eleições servem para escravizar politicamente e ideologicamente o trabalhador a partidos patronais como o PT, PSDB, PCdoB etc. Daí a importância para os trabalhadores de transformar as eleições em um terreno de luta contra os patrões, seu partido e pela sua independência política.
2.    Diante das eleições municipais que se aproximam, o XIII Congresso delibera convocar uma Conferência Eleitoral do Sintect-MG para discutir a posição dos trabalhadores da base sindical diante das eleições.


Congresso sintect documento nº 26

Sobre as aposentadorias


1.    O XIII Congresso do Sintect-MG repudia toda a reforma da Previdência realizada até agora tanto pelo PSDB como pelo PT como sendo o mais cruel ataque contra a classe trabalhadora e delibera:
1.1.    Lutar pela revogação de toda a reforma previdenciária;
1.2.    Lutar pela aposentadoria integral para todos, pelo pico dos salários, sem necessidade de comprovação de depósito e sem necessidade de comprovação do tempo trabalhador, apenas pela idade;
1.3.    Aposentadoria aos 25 anos para mulheres e 30 anos para os homens;
1.4.    Sustentação do fundo previdenciário pelas empresas capitalistas;
1.5.    Confisco de toda a previdência privada sem prejuízo para os contribuintes.

Trabalhadores se mobilizam contra a privatização e a burocracia sindical

Respondendo ao chamado para o congresso, os trabalhadores mineiros entenderam a importância de aproveitar o momento de crise da burocracia sindical para organizarem uma verdadeira oposição sindical nacional aos pelegos e os ataques da empresa 

O segundo dia do Congresso Regional dos trabalhadores dos Correios de Minas Gerais, realizado pelo Sintect-MG e a corrente sindical Ecetistas em Luta, principal oposição ao Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-PSOL) foi um verdadeiro sucesso.
Mesmo com todo boicote da empresa, com o diretor regional do PT indeferimento ilegalmente a liberação dos delegados sindicais para o congresso, os trabalhadores seguiram a orientação do sindicato que já está tomando as medidas jurídicas cabíveis, inclusive através de liminar, garantindo o direito de organização dos trabalhadores e a liberdade sindical contra a ingerência da empresa, não se intimidaram e encheram o auditório, demonstrando uma enorme disposição de luta e consciência política. 
Logo pela manhã, os delegados sindicais, os militantes da corrente Ecetistas em Luta, observadores e apoiadores se organizaram em dezenas de grupos para discutir minuciosamente todas as teses apresentadas na resolução, dando sequência ao que já havia sido definido no primeiro dia de abertura do congresso, no sábado (14).
O problema da luta contra a privatização da ECT e o combate enérgico para derrubar a burocracia sindical em crise, foram os principais pontos que dirigiram a discussão política, além da própria pauta de reinvindicações econômicas que será levada para o próximo congresso da Fentect, debatida exaustivamente durante a tarde.
A discussão foi marcada por um profundo conteúdo político, classista e revolucionário. Os trabalhadores debateram sobre o plano político geral do governo de privatizações (Correios, Aeroportos etc), que tem como único objetivo salvar os capitalistas em crise; as medidas práticas tomadas pela empresa para torna-la lucrativa, como o SAP, os ataques ao convenio médico, a terceirização etc, bem como uma campanha de esclarecimento e luta para ser levada ao conjunto da população e outras categorias operárias atingidas pela privatização, como petroleiros e bancários.
A discussão expôs o problema do desmoronamento do bloco dominante da burocracia sindical dos Correios, PT-PCdoB, levando este último a uma medida desesperada diante da rejeição da categoria de romper com a federação, colocando em primeiro plano a luta a derrubada definitiva dos pelegos, formando oposições sindicais em todo o País e combater energicamente a política divisionista encabeçada pelo PSTU/Conlutas de criação da federação anã, propondo a defesa intransigente da unidade do movimento sindical dos correios, baseado num sindicato único, pois, divididos em pequenos sindicatos a categoria só pode se enfraquecer.
As teses procuraram atingir desde as questões mais imediatas da luta dos Correios como também problemas políticas gerais, como a defesa das liberdades democráticas diante dos ataques ao direito de greve, manifestação pública e liberdade de expressão; a defesa dos estudantes, sobretudo na USP contra a repressão, os processos criminais e administrativos e a privatização da universidade; o problema da terra e a aliança com os trabalhadores camponeses contra os latifundiários; a questão do negro e das mulheres, propondo-se uma ampliação do trabalho de agitação e propaganda na categoria com a realização de uma  conferência desses setores e a criação de um jornal regular etc.
Mas também foram debatidas questões políticas mais estratégicas para os trabalhadores, como a criação de um novo partido diante da falência do PT, um partido operário revolucionário e socialista, sem patrões e sem exploradores, efetivamente capaz de levar a luta dos trabalhadores pelo poder e pelo socialismo.
Enfim, os debates foram realizados intensamente em todos os grupos, esclarecendo e discutindo todas as polêmicas; os trabalhadores demonstraram um interesse político profundo em todos os temas.
O congresso, portanto, tem sido um verdadeiro eixo político de organização da oposição nacional contra os burocratas vendidos e a privatização da ECT, mas também está colocando na ordem do dia não só um novo sindicalismo combativo de base, classista e revolucionário para os Correios, mas a todo movimento sindical brasileiro.
Na plenária final desta segunda-feira (16) serão votas todas as resoluções debatidas nesse congresso e, uma vez aprovadas servirão como um programa de orientação geral da luta da categoria e levadas a debate na Fentect. Chamamos ainda todos os trabalhadores a lotar a assembleia que acontecerá nesta mesma segunda às 19hs na sede do sindicato de processamento de dados em Belo Horizonte, Minas Gerais. 

Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais dão início ao seu XIII Congresso


Com quase 150 delegados inscritos no primeiro dia e desafiando a ditadura da direção regional, o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais deu início ao XIII Congresso da categoria 

O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais deu início ao seu XIII Congresso, apesar de todo o boicote da empresa para inviabilizar a organização da categoria.
Na última semana, a diretoria regional convocou os trabalhadores para trabalhar nos dias do congresso para evitar que o mesmo ocorresse. O sindicato distribuiu centenas de boletins em todos os setores denunciando a política ditatorial do diretor regional e convocou os trabalhadores a comparecerem ao congresso.

O XIII Congresso dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais teve início no dia 14 com 130 delegados e com a expectativa de receber no dia 15 o restante dos 250 delegados eleitos nas assembleias de base.
No ato de abertura, foram convidados a falar membros da Corrente Ecetistas em Luta, a corrente de oposição nacional à maioria da Fentect, da direção do sindicato dos Correios de Campinas (SP), da Corrente Nacional Sindical Causa Operária, do Partido da Causa Operária e da Aliança da Juventude Revolucionária.
O diretor do Sintect-MG Robson Gomes iniciou o Congresso falando sobre a luta contra a direção regional da empresa, nas mãos do PT e as tarefas colocadas para a categoria.


O companheiro Henrique Áreas de Araujo, membro da Corrente Ecetistas em Luta, da oposição aos pelegos na Fentect, falou sobre a necessidade de os trabalhadores dos Correios apoiarem e ingressarem na oposição nacional. Mais do que participar das atividades sindicais, está na ordem do dia fortalecer uma política revolucionária, para enfrentar e derrotar os patrões. Para isso é necessário retomar as organizações sindicais, como a Fentect, e coloca-las a serviço dos interesses dos trabalhadores.
A coordenadora nacional da Corrente Ecetistas em Luta, de oposição à maioria da direção da Fentect, companheira Anaí Caproni, falou sobre a luta dos trabalhadores dos Correios, em particular dos companheiros de Minas Gerais, na última greve.

 

“O sindicato de Minas Gerais é conhecido nacionalmente por ser o mais combativo na luta por estabelecer um movimento de oposição e colocar na direção da Fentect sindicalistas que de fato representem a luta dos trabalhadores”, declarou Anaí Caproni.
“É uma enorme vitória esse congresso, em nível nacional não existe nenhum sindicato que sem liberação traga tantos delegados ao congresso”, completou.
Anaí falou também sobre a atuação do Sintect-MG na campanha salarial do ano passado. “A luta é grande e a diretoria do sindicato só vem ampliando o movimento em nível nacional como vimos no ato nacional em Brasília na campanha salarial do ano passado. Nesse ato, vários sindicatos falavam que tinha que seguir a política dos companheiros de Minas Gerais”.
Anaí também ressaltou o momento político em que ocorre esse XVIII Congresso. A ruptura dos sindicatos do Rio de Janeiro e de São Paulo, nas mãos do PCdoB, com a Fentect fará com que estes se isolem da categoria, pois não possuem apoio da base.
A companheira destacou que nesse cenário de crise da burocracia sindical, o Sintect-MG se torna o maior e mais importante sindicato da federação, podendo definir os rumos da campanha salarial.
Anaí Caproni concluiu afirmando que é preciso os trabalhadores se organizarem para derrotar o PT, partido dos traidores.
O presidente do Sintect-MG, companheiro Pedro Paulo Pinheiro denunciou a tentativa do diretor regional, do PT, de impedir a realização do congresso.
Pedro Paulo disse também que o PT está impondo uma política da ditadura militar onde a exigência da produtividade, a exploração é cada vez maior. Um exemplo disso é o SAP, colocado em prática pelo PT.

 

O companheiro denunciou que a empresa têm demitido trabalhadores e não oferece mínimas condições de trabalho, de descanso e assistência médica no local de trabalho.
Esteve também presente no ato de abertura o diretor do Sindicato dos Correios de Campinas, Biaia.
Biaia falou sobre a importância dos trabalhadores de derrotarem a política do PT no movimento dos Correios. O companheiro relatou o ocorrido na última assembleia de Campinas, em que os trabalhadores não deixaram os chefes entrarem e interferirem na organização da categoria.
“É preciso uma união para derrotar o PT e tomar a federação a serviço dos trabalhadores (...) aqui está a massa mais esclarecida da categoria. Estamos juntos com o Sintect-MG para organizar a derrota dos que fazem oposição em Minas Gerais ao sindicato, a favor da empresa (...) que esse congresso possa organizar politicamente os trabalhadores para intervir nacionalmente”, declarou o diretor do sindicato de Campinas.
A companheira Natália Pimenta, da Aliança da Juventude Revolucionária, falou na abertura desse congresso sobre a política do governo de São Paulo e do governo federal de privatizar as universidades públicas, assim como têm sido feito nos Correios.
A companheira pediu a solidariedade e o apoio dos trabalhadores dos Correios à luta dos estudantes da USP. Natália relatou a perseguição que está sendo feita a mais de 80 estudantes e funcionários, com processos administrativos e eliminações por parte do reitor e do governador do estado, do PSDB.
Representando a Corrente Nacional Sindical Causa Operária, o companheiro Antônio Carlos falou sobre a importância dos trabalhadores dos Correios participarem do ato de 1 de maio em São Paulo para desencadear um movimento nacional de todas as categorias contra as privatizações.
Em nome do Partido da Causa Operária, o companheiro Rui Costa Pimenta saudou todos os delegados e membros da mesa e fez uma breve análise do movimento dos Correios no último período.
O companheiro Rui começou afirmando que o que ocorre no movimento dos trabalhadores dos Correios é a luta contra o PT e o PCdoB, que estão no governo, e esse é um fato novo, porque até então os trabalhadores estavam sendo contidos na sua tentativa de lutar contra a exploração imposta por esses partidos.
“O PT está no governo há uma década, na qual a maioria dos trabalhadores pode fazer uma experiência política significativa com o que esse partido representa. Os trabalhadores estão percebendo que esse partido atua em favor dos interesses patronais. Elementos pelegos que aqui em Minas Gerais são do PT estão sendo escorraçados pela categoria”, disse o companheiro Rui.
“O que está em pauta é o despertar da consciência da parcela mais avançada dos trabalhadores para se opor ao PT, colocar o debate de que a classe trabalhadora brasileira reconhece que o PT é um partido falido e colocar a luta dos trabalhadores por um partido próprio”, afirmou o presidente do PCO.
Rui Costa Pimenta ressaltou também qual deve ser o caráter geral da luta dos trabalhadores. “A luta dos trabalhadores não é por salários, é por uma vida digna, contra os banqueiros, os empresários que estabelecem planos de exploração como o SAP, é uma luta geral que só vai ter fim quando os partidos forem derrubados do governo, quando os trabalhadores formarem um governo próprio e estabelecerem um regime socialista para por fim à exploração”, declarou.