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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Paralisação já, contra o trabalho nos finais de semana

 

Denúncia do CDD Venda Nova-MG: Ostrabalhadores do CDD Venda Nova ameaçaram uma paralisação, caso a chefia os convocassem mais uma vez para trabalhar nos finais de semana


Ecetistas não só de Venda Nova mas de todo o país já estão fartos de terem que suprir a falta de efetivo com trabalho nos fins de semana. Não é segredo pra ninguém que na ECT faltam muitas posições de trabalho, condições para realização do serviço e sobram chefes querendo obrigar os trabalhadores a virem nestas convocações que tiram o ecetista do seio de sua família.

Os trabalhadores de Venda Nova não querem mais saber das convocações nos fins de semana, pois é o único momento que os ecetistas tem para ficar com suas famílias. Os filhos, maridos, esposas, pais e mães só tem este período para desfrutar dos momentos bons ou ruins com os trabalhadores que já passam a semana inteira trabalhando e pesado, pois é de conhecimento de todos que o serviço de Correios é muito pesado. Andar no sol escaldante, carregar bolsa pesada e andar quilômetros é um serviço bem desgastante e o ecetista precisa do descanso no fim de semana para ficar com suas famílias e inclusive se recuperar fisicamente e psicologicamente.

O que a ECT pretende fazer convocando os trabalhadores para trabalhar sábado e domingo é implantar um sistema de escravidão. Inclusive estes tipos de convocações fogem da legalidade, pois não respeitam os intervalos legais da jornada de trabalhado.

O Sintect-MG sempre apoiou e apoiará qualquer tipo de manifestação, paralisação, ou mesmo uma greve para garantir que os ecetistas tenham o direito respeitado e que possam passar os finais de semana com sua famílias.

Chamamos os trabalhadores a se organizarem juntamente com o Sindicato para que possamos dar um fim nesta jornada de trabalho absurda que impede que os trabalhadores estejam com suas famílias e que também é responsável direta por problemas de estresse, depressão e outras doenças psicossomáticas que já viraram "moda" entre os ecetistas de todo o Brasil.

Não às Convocações nos fins de semana e feriados!
Contratação já, chega de escravidão!

Trabalhadores do CDD Justinópolis exigem novo distritamento

O sistema de distritamento ou simplesmente SD é um dos eventos mais esperados pelos trabalhadores dos Centros de Distribuições Domiciliárias, pois seria uma das soluções para os distritos estourados, contratação de trabalhadores, acerto de divisão entre os próprios trabalhadores


Os Ecetistas do CDD Justinópolis não veem o redistritamento que foi realizado na unidade com o intuito de nivelar os distritos, acertar as diferenças ou melhorar as condições de trabalho. Os ecetistas deixaram bem claro para o sindicato que o setor está um caos e que a chefia nada contribui para a melhoria. Segundo os trabalhadores o SD foi feito de forma errada e que deve ser corrigido imediatamente.

A ECT resiste em realizar os redistritamentos sem a participação direta de quem mais entende do problema que são os carteiros. Claro que um bom redistritamento teria que obrigatoriamente ser controlado direto pelos trabalhadores e não por técnicos que nunca andaram entregando cartas, ou nunca subiram escadas imensas nos aglomerados, ou andaram num dia de chuva em ruas de terra e mesmo nunca viram as ameaças que os carteiros sofrem no dia a dia.

Neste caso concreto a solução é colocar que têm maior experiência na entrega das correspondências para controlarem a organização de cada distrito, acabando com o excesso de trabalho e agilizando a entrega.

Novo distritamento sob controle dos trabalhadores para acabar com o retrabalho e colocar os distritos iguais para todos os trabalhadores. Temos que trabalhar para viver e não viver para trabalhar.

Chega de enrolação, novo distritamento sob controle dos trabalhadores imediatamente!

PT quer transformar a PLR em um "balcão de negócios"

A empresa não quer negociar a PLR e os sindicalistas do PT não querem mobilizar a categoria
Na última semana, na quinta e sexta-feira, ocorreram as reuniões entre a Fentect e a direção da ECT sobre a PLR. Ficou clara a intenção da empresa em não negociar com os trabalhadores e a unidade dos sindicalistas do PT contra a mobilização da categoria.

Os representantes da Fentect foram até as reuniões para discutir os valores apresentados unilateralmente pela comissão da empresa ainda em janeiro sobre a PLR de 2012. Os negociadores da ECT, no entanto, não discutiram e afirmaram que o pagamento já estaria fechado e sem possibilidade de discussão.

A empresa, que cinicamente tem dito no “Primeira Hora” que a Fentect não estava negociando, revelou a verdade. A comissão da ECT fechou um valor de PLR sem discutir com a categoria e ainda vai impor os critérios que bem entender para aumentar a pressão e a exploração.

Sore a PLR de 2013, a disposição da comissão da empresa é a mesma: impor os valores e os critérios e deixar os trabalhadores a ver navios. Os representantes da Fentect chegaram a denunciar na mesa de negociação que nos setores, os chefes estão pressionando os trabalhadores grevistas, dizendo que não vão receber a PLR caso os dias de greve não sejam pagos. Sobre isso, o gerente das negociações, o ex-sindicalista Luiz Eduardo do Ceará (PCdoB), não quis assinar nenhum documento para garantir os direito dos trabalhadores.

Ficou claro que a empresa está tentando passar por cima dos trabalhadores porque aposta que os sete membros da Comissão de Negociação da Fentect não irão denunciar o que está acontecendo. Mas as coisas mudaram, os representantes da Fentect não são mais os traidores que eram comprados pela empresa para aceitar todas as imposições.

É por isso que a direção majoritária da Fentect está defendendo a formação de um Comando Nacional de Mobilização, composto por um representante por base sindical, assim como ocorreu na campanha salarial.

Quem não quer lutar pela PLR?

A empresa não vai negociar de sua própria vontade. É preciso que os trabalhadores iniciem uma ampla campanha na base para mobilizar os trabalhadores para arrancar a PLR da empresa.

Nas negociações, a empresa está intransigente. A maior parte dos representantes dos trabalhadores está defendendo a realização de assembleias para organizar a mobilização da categoria.

Os sindicalistas do PT, no entanto, estão contra a mobilização. José Rivaldo Talibã, acostumado a dizer “amém” para os patões, Não quer convocar assembleias nos sindicatos, muito menos organizar o comando nacional de mobilização. Mais um vez, ele cumpre o papel de representante da direção da ECT dentro da Fentect.

Mas Talibã ganhou um aliado. O diretor do Sintect-GO, Wesley Martins (MRL-NEP), tem afirmado que não “adianta mobilizar a categoria”. Segundo esse raciocínio, o que adianta mesmo é fazer acordos de cúpula com a empresa e deixar o trabalhador ser escravizado nos setores, sem PLR.

Tanto Wesley como Talibã fazem parte do NEP (Núcleo de Petistas da ECT), grupo do PT dominado por chefes, e que tem a participação até mesmo do presidente da empresa, Wagner Pinheiro. A aliança Wesley-Talibã quer fazer das negociações da PLR um balcão de negócios entre sindicalistas e diretores da empresa, exatamente como era no passado. A categoria não pode permitir nenhuma traição.

- Organizar o comando nacional de mobilização

Boletim Ecetistas em Luta de MG - 28-2-2013



segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

É preciso mobilização na base para arrancar uma PLR da empresa

ECT continua intransigente: Na reuniões dessa semana a empresa continua sem negociar. Os trabalhadores precisam organizar assembleias e um comando nacional de mobilização imediatamente


Mais uma vez a direção da ECT se mostrou intransigente nessas duas reuniões que deveriam ser de negociação da PLR, ocorridas na quinta e nas sexta-feira. A comissão de negociação da empresa, liderada novamente pelo ex-sindicalista traidor, Luiz Eduardo do Ceará, do PCdoB, se recusa a negociar seriamente com os trabalhadores, não apresentam um balanço da empresa, e não querem saber de negociar valores de pagamento.

A comissão da ECT novamente faz o trabalho de capitão-do-mato dos trabalhadores. Quer discutir os critérios, que nada mais são do que uma chantagem para manter o trabalhador escravizado no setor, em troca de uma PLR miserável como tem sido todos os anos.

É hora de virar o jogo completamente. É hora de organizar imediatamente uma campanha de base para exigir da empresa que negocie a PLR. Os trabalhadores estão cansados de serem tratados como lixo. Tem sido assim nos últimos anos, a empresa não negocia, impõe os critérios e paga uma PLR gorda para a cúpula e uma miséria para os trabalhadores.

Mas isso não vai continuar assim. Se a empresa quer tratar o trabalhador dessa maneira, não será com o aval da nova diretoria da Fentect. Os traidores do PT, que hoje formam a minoria da federação, querem aceitar a ditadura da empresa como fizeram durante anos quando eram maioria.

Os pelegos do PT, junto com o PCdoB que hoje faz a mesma coisa nas reuniões divisionistas, são responsáveis pelo fracasso da PLR dos últimos anos. Como todo pelego, eles são capachos da empresa e aceitavam calados as imposições dos capitães-do-mato. Dessa vez não vai ser assim.

Os elementos do PT presentes nas negociações, como é o caso de José Rivaldo Talibã, querem levar os trabalhadores a aceitarem de cabeça baixa a ditadura da empresa. Querem que a Fentect dê um cheque em branco para a empresa pagar o que quer e para quem ela quiser. Isso não vai mais acontecer. Se a empresa quer tratar o trabalhador como escravo, não será com o aval da Fentect.

O Movimento de Oposição ao Peleguismo (MOPe) na direção majoritária da Fentect não vai permitir isso. Por isso, além de denunciar o golpe que a empresa está preparando contra a categoria, vamos imediatamente organizar uma campanha na base.

Por um comando nacional de mobilização

A tarefa imediata é formar um Comando Nacional de Mobilização formado por todos os sindicatos para organizar a luta. Os sindicatos devem imediatamente convocar assembleias para discutir o assunto e aprovar medidas de luta, além de eleger os representantes para o comando nacional, como ocorreu na campanha salarial. Chega de discussão de cúpula com os patrões do PT e do PCdoB! Toda a categoria deve saber o que está ocorrendo, por isso, os trabalhadores também exigem a transmissão ao vivo das negociações.
Trabalhador dos Correios, somente a mobilização vai garantir uma PLR.
Vamos exigir uma PLR de R$ 2.500, pagos igualmente para todos os trabalhadores e o fim dos critérios que servem ao aumento da exploração nos setores.

Nas reuniões com a ECT.... Quem não quer a luta pela PLR?

Não é só a empresa que não quer pagar a PLR, os sindicalistas traidores do PT também estão agindo para deixar a categoria na miséria

 
Nas reuniões de negociação da PLR, entre a comissão da ECT e a Fentect, criou-se novamente uma “Santa Aliança” da traição, assim como aconteceu na última campanha salarial.

Que José Rivaldo Talibã e sua turma da Articulação Sindical/PT querem que o trabalhador aceite de cabeça baixa o que seus chefes da cúpula da empresa querem, isso tudo mundo já sabe. Mas eles ganharam outro aliado. Wesley Martins, diretor do Sintect-GO membro do MRL e do NEP (Núcleo Petista da ECT formado por chefes), novamente se juntou à turma do Talibã, assim como fez na campanha salarial.

Ao invés de lutar para pressionar a empresa a pagar uma PLR , no mínimo justa aos trabalhadores, Wesley Martins, junto com Talibã, preferem aceitar as imposições da empresa sobre os famigerados critérios escravagistas. Para piorar, Wesley fala para quem quiser ouvir que a reivindicação de R$ 2.500 de PLR igual para todos é uma loucura.

A empresa sequer tem os lucros de 2013 (por motivos óbvios de que o ano só começou) e já quer impor um valor rebaixado. Para o Wesley e o Talibã, os trabalhadores deveriam aceitar calado e não deveriam reivindicar aquilo que entendem como o mínimo para que haja uma distribuição dos lucros. Se a empresa inventa um valor qualquer, os trabalhadores devem ter a sua proposta. Do mais, por que a categoria deveria pedir pouco? Que nós saibamos, os trabalhadores dos Correios não estão milionários.

Mas não é só isso, além de atacar a proposta de R$ 2.500, Wesley e Talibã querem discutir os critérios de pagamento. Só eles não sabem que esses critérios nada mais são do que uma maneira criminosa de perseguir, assediar e super-explorar o trabalhador, para no final distribuir uma miséria de PLR.

É preciso imediatamente organizar assembleias e o comando nacional de mobilização, para aumentar a pressão na base. A Fentect não deve aceitar as imposições da empresa, como querem os traidores do PT, porque não é isso que querem os trabalhadores.

Só a mobilização dos trabalhadores pode garantir a PLR dos trabalhadores

Ampliar o Comando da Fentect, exigir a transmissão ao vivo e começar uma mobilização na base é o caminho


Aconteceu nos dias 21 e 22 de fevereiro em Brasília reuniões entre a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) e os representantes da ECT para discutir a PLR dos trabalhadores.

As reuniões são uma repetição da ladainha da Campanha Salarial. A empresa não quer negociar nada. Quer aumentar a exploração e ainda quer o aval da representação sindical dos trabalhadores.

Durante os dois dias a empresa tentou colocar a Federação contra a parede, através do “negociador” Luiz Eduardo do Ceará. Luiz Eduardo é ex-sindicalista do PCdoB, que ganhou um cargo na direção da empresa e agora recebe um gordo salário para provocar os trabalhadores.

O traidor de diversas campanhas quando estava no movimento sindical, à frente da Fentect, é agora o capitão-do-mato da empresa. Além de ser um representante dos sindicatos divisionistas na mesa de negociação.

Só por isso fica evidente que a ECT não quer negociar nada. A empresa cuja direção está nas mãos do PT montou um esquema de provocação contra o movimento sindical, contra a unidade da categoria e sua organização. O fato de as reuniões serem comandadas por um elemento do PCdoB, partido que está levando adiante o racha com a Fentect e tentando romper com a unidade nacional dos ecetistas não deixa dúvidas quanto a isso.

Cadê a PLR?

A Federação foi para a reunião para rever a proposta de PLR 2012 apresentada pela ECT no Plantão do Acordo de 31 de janeiro, e conhecer a proposta de PLR 2013.

No primeiro dia de reunião a empresa já deixou claro que não pretende abrir mão dos critérios e da proposta que já foi apresentada para 2012, a PLR das metas, do assédio e da escravidão da categoria.

A Fentect procurou discutir os problemas dessa proposta, inclusive a denúncia, feita por setores de base, de que chefes estão usando a PLR para ameaçar os trabalhadores, afirmando que dias parados na greve e não compensados serão usados como critérios, o que pode simplesmente zerar a PLR de muitos grevistas.

A posição dos negociadores da empresa é tão cínica que sobre esse ponto chegaram a dizer que era um problema de entendimento, afinal, o dia de greve não é considerada falta injustificada, que é o critério utilizado na PLR. Mas voltaram atrás, depois que os representantes da Fentect tentaram registrar em ATA o tal “entendimento”. Não assumiram nenhuma mudança.

No dia seguinte os representantes da ECT não trouxeram nenhuma resposta aos questionamentos da Fentect para a PLR 2012, como o problema dos valores da PLR; quando vai ser paga; quem é o setor estratégico que vai ficar com 10% do montante etc.; mas também não trouxeram a proposta de 2013. Mesmo dizendo que o único objetivo da reunião convocada pela empresa era essa discussão.

A empresa não apresenta nenhum número, não revela o balancete, não diz qual o valor destinado à PLR, mas faz propaganda de que está aberta à negociação. O fato é que a direção da ECT não quer discutir a participação dos trabalhadores nos lucros e resultados, quer utilizar a PLR como mais um instrumento de opressão e exploração dos ecetistas que já estão esfolados por péssimas condições de trabalho, falta de pessoal, excesso de serviço, e um salário que foi rebaixadíssimo nos últimos anos.

Ampliar a Comissão para aumentar a pressão pela base

Tentaram forçar a Fentect a apresentar uma proposta de PLR diferente do que é a reivindicação da categoria, ou seja, o fim das metas, o pagamento linear. Isto porque a proposta de PLR 2013 que os Correios oferecem aos trabalhadores é a mesma que a de 2012.

No “Primeira Hora” e documentos internos enviados aos setores de trabalho a empresa diz que é a Fentect que não quer negociar. Mas na mesa os representantes da ECT não aceitaram sequer procurar os órgãos do governo pra prorrogar o prazo de negociação, que foi estipulado como 28 de fevereiro.

Os negociadores da empresa se escondem detrás do DEST (Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais) dizendo que o prazo estipulado não pode ser alterado porque ela quer um acordo de cúpulas, a portas fechadas sem discutir nas bases e principalmente para impedir a mobilização da categoria.

Querem uma resposta até o dia 28 de fevereiro porque nesse prazo não é possível discutir amplamente, ou realizar as assembleias nas 35 bases sindicais da Federação.

A proposta da ECT é a escravidão dos trabalhadores. Para tanto, espera aval dos representantes da categoria. Por isso colocaram um provocador divisionista PCdoB na mesa de negociação.

Do lado de cá a empresa e o governo conta com os traidores que ainda estão no movimento sindical para tentar reproduzir essa política e fazer os trabalhadores aceitarem calados a provocação da empresa, a superexploração e uma PLR miserável para a base dos trabalhadores enquanto a direção da empresa fica com 10% para repartir entre si.

Esse mesmo papel cumpre as reuniões paralelas que o senhor Luiz Eduardo realiza com seus comparsas dos sindicatos divisionistas, como Diviza do Sintect-SP e Ronaldão “bianual”, do Sintect-RJ.

Para acabar com a farsa nas negociações, a Fentect precisa aplicar o mesmo método da Campanha Salarial: ampliar o Comando de Negociação para um representante de cada sindicato e exigir da empresa não apenas a gravação das reuniões como a transmissão ao vivo de todas as negociações.

Mobilizar a categoria

A Corrente Ecetistas em Luta e o Movimento de Oposição ao Peleguismo o (MOPe) está defendendo a ampliação da Comissão de Negociação para justamente aumentar o poder de pressão sobre a empresa pela base.

Diante de toda essa provocação e da tentativa de setores minoritários do movimento sindical de entregar de bandeja a PLR da categoria, é preciso iniciar uma campanha em defesa do que é dos trabalhadores por direito, mobilizando a categoria pela ampliação do Comando de

Negociação para um representante de cada sindicato, abertura do caixa da empresa, PLR igual para todos os trabalhadores no valor de R$ 2.500,00 sem metas e sem critérios, com o fim do GCR.

Dar uma resposta a altura da intransigência da empresa. Mobilizar os trabalhadores e dizer para a ECT que se quer pagar um salário miserável vai ter de pagar uma PLR à altura dos sacrifícios que os ecetistas realizam no seu dia a dia para garantir os lucros da empresa.

PLR 2013: O quer a ECT, o que querem os pelegos e qual deve ser a postura dos trabalhadores?

A categoria não pode aceitar as chantagens feitas pela direção dos Correios

 
Estão em curso as negociações, se é que podemos chamar assim, da Participação nos Lucros e Resultados dos trabalhadores dos Correios. Existem muitos mitos e ideias confusas sobre a PLR e isso não é à toa. Os patrões têm interesse nessa confusão para empurrar os trabalhadores para uma armadilha.

Em primeiro lugar, é preciso entender que a PLR foi uma invenção dos próprios patrões. O principal objetivo era criar um mecanismo em que o trabalhador ficasse confuso em relação ao principal problema do trabalho que é o aumento salarial. Em outras palavras, tudo o que o patrão gostaria que acontecesse era que o aumento salarial fosse completamente substituído pela Participação nos Lucros.

Não existe a “participação nos lucros” como afirmam os patrões. O que existe é uma pequena parte de dinheiro que o patrão dá para o trabalhador como uma espécie de abono. Como qualquer trabalhador sabe, o abono não é um ganho real, o que muda o poder salarial de uma categoria é o aumento no salário, pois o ganho estará embutido para sempre na folha de pagamento. Essa é e sempre foi a luta principal dos trabalhadores. Porém nada disso impede que os trabalhadores lutem pela PLR, já que é um direito da categoria.

O que quer a ECT

Os trabalhadores dos Correios sempre tiveram uma tradição de luta nas campanhas salariais. Essa tradição impediu que a ECT colocasse a negociação da PLR junto com a campanha salarial. Isso dificultou que a empresa criasse a confusão entre os trabalhadores.

Como é difícil para a empresa substituir o reajuste salarial pela PLR, a empresa utiliza a PLR para chantagear o trabalhador.

Há muitos anos, para ser bem singelo, a empresa paga a PLR de forma unilateral e consequentemente paga um valor muito baixo. As negociações de PLR nunca foram negociações de fato, o que a ECT quer é um cheque em branco da Fentect para estabelecer os famigerados critérios.

Esses critérios são condições para o trabalhador receber a PLR: não pode faltar, não pode contestar, tem que seguir metas, em suma, o trabalhador teria que ser perfeito para receber a PLR.

Todo mundo sabe que isso nada mais é que uma forma de aumentar a exploração e a pressão sobre os trabalhadores dentro do setor. É isso o que a ECT sempre quis que os sindicalistas fizessem.

A ECT e o governo já sabem quanto irão pagar e dificilmente mudarão de ideia. Tanto que nunca apresentam um balanço sério de contas da empresa para que a representação dos trabalhadores possa discutir.

O que a empresa quer é usar a PLR para aumentar a escravidão nos setores e quer fazer isso com o aval da Fentect. Isso só será mudado com uma ampla mobilização dos trabalhadores.

O que querem os sindicalistas pelegos

Esse “cheque em branco” que a ECT quer da Fentect e dos sindicatos era seguido à risca pelos sindicalistas traidores que há anos dominaram a federação. A ECT impunha os valores e os critérios, os sindicalistas do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol) fingiam que esperneava e no final quem levava a pior eram os trabalhadores.

As reuniões com a empresa eram feitas a portas fechadas, com apenas sete representantes da Fentect. A traição era tanta que um dos últimos diretores da Fentect que receberam cargo na empresa, Nilson Rodrigues, foi agraciado justamente depois das negociações da PLR em 2011.

Os sindicatos divisionistas do PCdoB/CTB tentam cinicamente dizer que a Fentect não está negociando a PLR desse ano. Diga-se de passagem, a mesma campanha caluniosa feita pela empresa.

O papel dos sindicatos divisionistas, de São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru e Tocantins é fazer a mesma coisa que a antiga diretoria da Fentect fazia. Dar o aval para a empresa chantagear os trabalhadores.

Não há novidade nisso, esse sempre foi o papel dos divisionistas ainda quando faziam parte da diretoria majoritária da Fentect.

Como devem atuar os trabalhadores?

A dificuldade da ECT é que a nova diretoria da Fentect não vai aceitar a chantagem. Os trabalhadores não podem ser seus próprios carrascos e assinar embaixo uma lista de regras e critérios que servirão apenas para aumentar a escravidão nos setores.
 
O pior é que a ECT sequer vai discutir valores. A Fentect assinar ou não os famigerados critérios escravagistas não mudará o valor que a ECT vai impor aos trabalhadores.
 
A tarefa da categoria é denunciar esse golpe da ECT e dos seus pelegos de plantão no movimento sindical. A empresa só vai mudar de ideia se os trabalhadores se mobilizarem, nenhum acordo de “cavalheiros”, como querem os divisionistas, vai fazer a ECT pagar um valor maior de PLR.

Por isso, a nova diretoria da Fentect está organizando as negociações com a empresa com a presença de um representante por base sindical, ou seja, ao invés de sete pessoas, 41 membros negociando pelos trabalhadores. A Fentect vai exigir também que as negociações sejam transmitidas ao vivo para que todos os trabalhadores possam saber o que está acontecendo.

A Fentect não dará nenhum cheque em branco para a ECT escravizar ainda mais a categoria em troca de uma miséria de PLR. A Fentect vai fazer a campanha pela abertura das contas da empresa para os trabalhadores, por 2.500 reais pagos para todos, pelo fim dos critérios.

Boletim Ecetistas em Luta Minas Gerais 25-2-2013



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

ECT não quer pagar a PLR, quer estabelecer “critérios” para transformar o trabalhador em escravo

Os sindicalistas pelegos e divisionistas estão fazendo coro com a direção da ECT, dizendo que a nova Fentect tem que aceitar as imposições da ECT para que os trabalhadores recebam as migalhas da PLR, veja o que realmente está por trás desta questão



Mentiras da ECT

A direção da ECT vem mentindo para os trabalhadores, dizendo que a nova direção da Fentect não quer negociar a PLR. Uma mentira deslavada.
Já fizeram isso na campanha salarial de 2012, quando usavam o boletim interno “Primeira Hora” para enganar a categoria dizendo que a nova direção da Fentect não queria negociar, mas ficou comprovado no TST – Tribunal Superior do Trabalho, que a direção da ECT mentiu pra todos, pois na audiência até os juízes reacionários do Tribunal, achou um absurdo à postura da empresa de não querer negociar com os trabalhadores e jogar nas costas dos juízes a responsabilidade de aprovar um reajuste miserável para a categoria, a empresa chegou ao ridículo de não querer nem pagar o “vale peru” dos trabalhadores.

A ECT não quer dividir o lucro, o que ela quer é escravizar o trabalhador

A ECT nunca chamou os trabalhadores para dividir o lucro, todo debate sobre a PLR está em torno de estabelecer metas, exigir o cumprimento do GCR, punir se o trabalhador faltar, fazer greve ou ficar doente. A nova direção da Fentect já avisou para ECT que se for para negociar a PLR antes de ter o lucro, a proposta dos trabalhadores é PLR linear (igual para todos) e baseada nas PLR´s pagas em outras empresas, como a Petrobrás, por isso não podemos aceitar menos de R$ 2.500,00 para cada trabalhador.

A ECT dá uma migalha para os trabalhadores e uma PLR gorda para os que não trabalham: Os chefes, gerentes, coordenadores e toda cúpula da ECT

Como não dá para aceitar este tipo de negociação de PLR imposta pela ECT, a direção dos Correios impõe o pagamento da PLR de forma unilateral, ao seu bel prazer, estabelecendo as metas abusivas, onde só sendo muito pelego o trabalhador vai receber 100%, uma vez que ameaça de não pagar PLR para quem fez greve, que é um direito do trabalhador, sendo assim, os trabalhadores, carteiros, OTT´s, Atendentes que levam a empresa nas costas, ganharam de R$ 500,00 a R$ 800,00 enquanto a chefia que só serve para perseguir o trabalhador poderá receber cinco vezes mais que a categoria.

A única PLR possível é aquela que divida igualmente os lucros entre todos os trabalhadores e que seja de no mínimo R$ 2.500,00, sem nenhum critério.
Que a Fentect entre com ação judicial contra o pagamento da PLR feito pela ECT de forma unilateral;

Exigir filmagem nas negociações de PLR, para transformar os atos administrativos de forma transparente e de fato pública, impondo um obstáculo para direção da ECT mentir sobre as futuras negociações com os trabalhadores sobre a PLR.

Boletim Ecetistas em Luta de Minas Gerais, 22-2-2013



terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

PSTU/Conlutas: De cogestor, no Bando dos Quatro, a apêndice do PCdoB nos Correios

Depois de protagonizar o papel de ator principal da burocracia sindical, no período de maior retrocesso dos trabalhadores, e comandar importantes traições aos mais de 100 mil ecetistas, sindicalistas do PSTU/Conlutas são meros coadjuvantes da política criminosa do PCdoB de dividir a combativa categoria dos Correios para apoiar a política de privatização dos patrões e do governo

Desde o XI Congresso Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Contect), em junho do ano passado, quando se viu forçado pela base da categoria a votar na Oposição que venceu o Congresso, depois de tentar ajudar o bloco traidor PCdoB/PT a vencer o encontro não elegendo delegados em alguns sindicatos (como Rio de Janeiro e São José dos Campos) e chamando à ruptura com a Federação Nacional às vésperas daquele encontro, o PSTU vive nos Correios a sua maior crise de todos os tempos, que aponta no sentido da falência total dessa que já foi uma das alas mais importantes da burocracia do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-PSOL).

Após ser “forçada”, pela intensa campanha feita na base dos sindicatos em que tinha alguma influência, a votar contra sua política naquele Congresso, apoiando a vitória do Movimento de Oposição ao Peleguismo (PCO – MRL -Intersindical e Independentes) e ver todas as suas teses derrotadas naquele encontro, principalmente a de que não se pode derrotar a ala direitista da burocracia e que o único caminho para a esquerda é o da ruptura com as organizações criadas na luta dos trabalhadores e a sua divisão, o PSTU longe de rever sua política e se apoiar nas tendências mais progressistas da luta dos trabalhadores dos Correios e da situação política em geral, aprofundou sua integração à ala mais patronal e direitista da burocracia sindical colhendo retrocessos ainda maiores.

Fracasso total da Federação Anã

Como assinala o Manifesto Comunista (dos pais do socialismo histórico, Marx e Engels), sobre a luta do proletariado “o verdadeiro resultado de suas lutas não é o êxito imediato, mas a união cada vez mais ampla dos trabalhadores”. Nesse sentido, em 2012, uma das maiores vitórias dos cerca de 120 mil trabalhadores dos Correios, foi derrotar – ainda que parcialmente – as tentativas de quebrar uma das maiores conquistas de sua luta nas últimas décadas: a unidade nacional em torno de uma Federação Nacional que agrupava os 35 sindicatos estaduais e até municipais da categoria.

Atuando na contramão dos interesses imediatos e históricos dos trabalhadores e servindo de ponta de lança para os planos do setor mais reacionário da burocracia sindical dos Correios – o PCdoB – de dividir a categoria, o PSTU lançou-se, freneticamente, na aventura de rachar a organização nacional dos trabalhadores dos Correios e criar uma entidade própria, devidamente apelidada na categoria de “federação anã”, reunindo apenas 5 sindicatos que – juntos – representavam cerca de 5% dos trabalhadores da categoria, tendo como bases (totalmente falsas) as ideias de que era impossível lutar e derrotar a burocracia dentro da própria Fentect e que a burocracia “governista” estaria em uma etapa de fortalecimento.

Como parte de uma intensa luta política dentro da categoria, levada adiante principalmente pela corrente Ecetistas em Luta (PCO e simpatizantes), a maioria dos sindicatos arrastados pelo PSTU para esta empreitada foram se afastando totalmente desta política por pressão dos trabalhadores: antes do XI Contect o Sintect-PI; durante o Congresso Sintect-AM e Sintect-PB; e após o evento Sintect–PE e Sintect–VP.

Desta forma a direção do PSTU viu sua politica de ruptura ficar totalmente sem apoio e ser amplamente repudiada em toda a categoria. Mostrando que atua como uma verdadeira burocracia sindical, que não está disposta a se guiar pelas necessidades e vontade dos trabalhadores, o PSTU apenas submergiu diante da vitória da Oposição no Congresso para voltar à tona sempre que possível com sua política patronal divisionista e amplamente favorável à burocracia por eles denominada de “governista”.

O “governista” PCdoB, o maior dos aliados

Mostrando que não se trata de uma política isolada dos dirigentes sindicais do PSTU nos Correios, a proximidade desse partido com o que há de mais podre e reacionário no movimento sindical e estudantil do País se expressou em alguns dos episódios mais importantes do ano passado, como foi o caso das eleições municipais. O PSTU integrou a chapa encabeçada pelo PSOL e PCdoB (o “governista”), para as eleições de Belém (PA), que foi amplamente denunciada por setores da esquerda (inclusive do PSTU) por receber recursos de empreiteiras e outros grandes capitalistas e que recebeu o apoio do outro “governista”, o PT de José Dirceu, Lula e Cia.

Na campanha salarial da categoria em 2012, o PSTU atuou abertamente como defensor da política dos seus antigos aliados do Bando dos Quatro, defendendo – entre outras coisas – o rebaixamento da Pauta de Reivindicações da categoria (para se aproximar daquilo que a empresa e o governo queriam dar, ou seja, nada) o que já havia sido defendido desde os primeiros momentos da campanha pelo PCdoB (que entregou “pauta” em separados da Fentect) e a quebra da unidade da categoria na mobilização, furando a greve nacional aprovada para o dia 11 de setembro (que só começou nesta data nos estados de Minas Gerais e Pará, por conta dos golpes e sabotagens do bloco PCdoB/PT, apoiados pelo PSTU).

O “exemplo” das eleições do Rio

A ação do PSTU em favor da burocracia se fez sentir com toda clareza também nas eleições de um dos mais importantes da categoria, o Sintect–RJ.

O PSTU do Rio é justamente o que mais se aproximou do PCdoB em todo o País, chegando ao ponto de seu principal dirigente, Heitor Fernandes, parabenizar publicamente a diretoria do Sintect–RJ, do Ronaldão bianual e Marcos Sant'aguida, traidores repudiados pela categoria. O reduzido grupo do PSTU no Rio deu um golpe na categoria e contra a decisão da maioria de um Congresso manipulado e organizado pelo PCdoB decidiu pela ruptura com a Fentect, nas vésperas do XI Contect. Isso intensificou a proximidade com esta ala direitista da burocracia, atuando em total identidade na campanha salarial 2012 (enquanto o movimento de Oposição era impedido de falar pelos capangas do PCdoB, o PSTU era promovido e, inclusive, seus candidatos nas eleições municipais eram divulgados pela burocracia).

Nas recentes eleições para a diretoria do Sintect–RJ, a função do PSTU de agente do PCdoB na categoria não deixou dúvidas. Primeiro atuaram para quebrar a unidade dos setores de Oposição classista da categoria, montando uma chapa própria, quebrando a frente que nas eleições anteriores havia se apresentado em uma chapa única de oposição (MRL-PSTU-PCO-Alternativa, Independentes).

Sem qualquer remota chance de vitória, a burocracia do PSTU montou uma chapa “laranja” que teve como único objetivo real tirar votos da chapa do Movimento de Oposição ao Peleguismo (MRL-PCO-MUTE-Alternativa-Intersindical-Independentes) ajudando a dar um novo mandato para os traidores do PCdoB, comandados por “Ronaldão bianual” o que ficou claro até mesmo nos resultados fajutos divulgados pela diretoria nos quais os votos da chapa do PSTU (chapa 3) somados com os da Chapa de Oposição (chapa 4) superariam em mais de 200 votos o número obtido pelo PCdoB/CTB (1.504).

Na campanha eleitoral daquele sindicato, a política de aliança preferencial do PSTU com o PCdoB não deixou dúvidas, abandonando qualquer perspectiva de oposição. Com respaldo da diretoria do PCdoB, o PSTU/Conlutas adotou como eixo atacar a chapa do Movimento de Oposição, inclusive, em favor da chapa do racha do PCdoB/PT (chapa 2) a quem chegaram a considerar apoio. A proximidade dos dirigentes do PSTU/Conlutas com o PCdoB, levou a que elementos dessa corrente se bandeassem diretamente para a chapa 1, da situação, sendo eleitos para a “nova” diretoria.

Rachando o próprio PSTU/Conlutas

Não foi apenas no Rio de Janeiro que esta política de proximidade com os “governistas” do PCdoB provocou rachas e rupturas no PSTU/Conlutas. Estes se multiplicaram por todo o País. Na maioria dos casos, diretores e poucos ativistas de base influenciados pelo PSTU se afastaram de sua política divisionistas e de unidade com os sindicalistas patronais do PCdoB e PT, e se aproximaram (e até mesmo passaram a integrar) o Movimento de Oposição ao Peleguismo.

Em um dos últimos sindicatos da categoria dirigidos pelo PSTU/Conlutas, o do Vale do Paraíba (SP), a divisão levou à formação de duas chapas da Conlutas/PSTU, expressando a revolta da base da categoria com a política pelega da direção sindical amiga do PCdoB e a confusão de setores que em processo de ruptura com o PSTU e em disputa com a ala mais ligada à sua direção, não conseguem superar os aspectos centrais de sua política que serve de ponto de apoio para os inimigos dos trabalhadores na categoria.

Colapso do PSTU e o novo sindicalismo

Os defensores do “PSTU das origens” procuram apresentar a situação atual como um descaminho da política inicial do partido. Ocultam que a situação atual guarda uma linha de continuidade com a política geral dessa corrente que ganhou força na categoria em meio à crise mais aguda da burocracia do PT em um período de retrocesso da luta geral dos trabalhadores (quando as diversas alas da burocracia disputam entre si o controle dos aparatos sob uma pressão menor dos trabalhadores o que cria facilidades para o domínio das alas mais direitistas).

Deixa de lado que a participação do PSTU na direção das entidades dos trabalhadores dos Correios (e outras categorias, como se vê nas seguidas traições aos metalúrgicos de São José dos Campos) foi marcada por uma política de total cumplicidade e submissão com as outras alas da burocracia do Bando dos Quatro aliadas dos patrões e da direção da ECT, como se viu (dentre muitos outros casos) na assinatura pelo então principal dirigente do PSTU nos Correios (“Jacaré”) do famigerado PCCS da escravidão.

O PSTU ajudou a burocracia a se recompor sob o comando de sua ala mais direitista, o PCdoB, apoiando e participando (junto com a Força Sindical) da intervenção no Sintect–SP que organizou eleições fraudulentas e colocou na direção da entidade o Partido dos Capangas do Brasil.

Neste mesmo sindicato – o maior e mais importante do País – o principal dirigente do PSTU nos Correios, saudado em mais de uma oportunidade pelos pelegos do PCdoB como “amigo de fé, irmão, camarada”, “Geraldinho”, montou chapa com o principal dirigente do “governista” PT na categoria, “Talibã”, dividindo a oposição e, mais uma vez, auxiliando o PCdoB a fraudar o processo eleitoral.

A folha de serviços prestados pelo PSTU à ala mais podre e reacionária do sindicalismo ecetista e, portanto, aos patrões, é extensa.

Sua falência, como parte da crise geral da burocracia e da evolução política dos trabalhadores no sentido da luta cada vez mais acirrada contra a burocracia, os patrões e seu governo, é um sinal claro dos novos tempos em direção à construção de um novo sindicalismo, classista e combativo na categoria dos Correios e em todo o movimento operário brasileiro.

Boletim Ecetistas em Luta-Minas Gerais, 19-2-2013



segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Boletim Ecetistas em Luta MG - 18-2-2013



Movimento de Oposição Nacional vence as eleições no Amazonas

Vitória dos trabalhadores: Categoria atropela as chapas do patrão no Amazonas e elege os companheiros do MOPe com ampla maioria de votos



As eleições no Sintect-AM (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Amazonas) terminaram na madrugada de sexta para sábado, dias 15 e 16, e mais uma vez a categoria dos Correios mostrou sua tendência de luta. A chapa 1, composta pelos companheiros do Movimento de Oposição ao Peleguismo (MOPe) venceu com ampla maioria de votos.

A direção da ECT tentou de todas as formas tomar o sindicato, mas os trabalhadores mostraram que no Sintect-AM, quem manda é a categoria. A chapa do MOPe, composta por companheiros que compõem a atual diretoria do sindicato, venceu com 413 votos, aproximadamente 53% dos votos. A chapa 2, da Articulação Sindical/PT obteve 213 votos e a chapa 3 dos divisionistas do PSTU/Conlutas 140 votos.

A chapa 2 era apoiada diretamente pela direção da ECT, orquestrada pelo ex-diretor regional e ex-sindicalista, Rodolfo Amaral. No início do processo eleitoral, a chapa 2 e a chapa 3 tentaram se unir para dar uma golpe na assembleia que elegeu a comissão eleitoral, tentando destituir a mesa da assembleia composta pelos companheiros da direção do sindicato. Como a armação ficou muito evidente e o golpe foi esmagado pela categoria, desistiram de se aliar.

Agora o resultado da eleição deixa bem claro que os trabalhadores rejeitam totalmente a política pelega e traidora representada de um lado pela Articulação/PT e de outro pelos divisionistas do PSTU que ainda sonham em dividir a categoria para formar a sua federação Anã. Nem mesmo somando os votos da chapa 2 com os da chapa 3 chegariam no total de votos da chapa 1.

A vitória da chapa dos trabalhadores no Amazonas revela a tendência geral da categoria de luta contra os traidores e elementos patronais dentro do sindicato.

Confira o resultado das eleições:

Chapa 1 (MOPe) – 413 votos

Chapa 2 (Articulação/PT) – 213 votos

Chapa 3 (PSTU/Conlutas) – 140 votos

PLR: novas mentiras da empresa

Mais uma vez, a direção da ECT divulga calúnias contra a Fentect


Na semana passada, a direção da ECT publicou no boletim Primeira Hora uma notícia insinuando mais uma vez que a Fentect estaria se negando a negociar.

Como os trabalhadores não são bobos e aprendem com a experiência, todo mundo está vendo que é exatamente a mesma manobra usada na campanha salarial.

A direção da empresa ficou fazendo a calúnia de que a Fentect não queria negociar para depois apresentar uma proposta ridícula de 3% e enviar a campanha para o TST.

No caso da PLR a farsa é a mesma. A empresa faz a campanha, mas todo mundo sabe que o objetivo da ECT é pagar uma miséria novamente aos trabalhadores.

O que está em jogo não tem nada a ver com o que diz a ECT. Na realidade, a única coisa que a empresa quer é que a Fentect dê um aval para os chefes perseguirem os trabalhadores nos setores em troca das metas e critérios para receber a PLR. Esse é o único interesse da empresa: escravizar o trabalhador ainda mais, em troca de uma miséria de PLR. Tanto é assim que a empresa não quer nem negociar valores e muito menos apresentou um balanço sério dos lucros da empresa no ano. O que mostra que a empresa já tem um valor e nem pensa em mudar nada de valores.

A Fentect não vai aceitar que a empresa faça chantagens com os trabalhadores. Não vai admitir esse golpe da empresa. Se a ECT quer pagar uma miséria para os trabalhadores e ainda chantagear nossa categoria, escravizando e assediando moralmente nos setores, que faça sozinha.

A Fentect não vai permitir que os trabalhadores que já sofrem demais com as péssimas condições de trabalho e excesso de serviço, sejam ainda mais explorados.

A Fentect vai continuar negociando e exigindo que a empresa não trate os trabalhadores como escravos. Somente a mobilização da categoria é capaz de arrancar as nossas reivindicações.

Fentect: Nota de apoio aos 72 estudantes da USP processados

O ataque aos estudantes da USP é um ataque contra o direito de todos os trabalhadores
 
A Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect) se solidariza enérgica e incondicionalmente aos 72 estudantes da Universidade de São Paulo que estão sendo processados pelo Ministério Público.

O processo é mais um de uma série de ataques aos movimentos sociais e de luta da população. Entendemos o processo contra os estudantes da USP como uma ameaça contra todos os movimentos de luta e reivindicação. Se os 72 estudantes forem condenados, como quer o Ministério Público, a oito anos de prisão, será aberto um precedente para transformar em crime toda e qualquer mobilização dos trabalhadores e do povo.

A questão é ainda mais grave, já que os estudantes estão sendo processados sem provas e sem individualização dos supostos crimes que teriam cometido. Mais ainda, o processo é uma farsa e fica muito claro que está sendo usado exclusivamente para a perseguição política.

Nós, trabalhadores dos Correios, sabemos que os estudantes da USP e o movimento estudantil em geral, luta por uma universidade pública para todos os trabalhadores e filhos dos trabalhadores. Esse é o maior crime que os 72 estudantes, que certamente representam o sentimento da ampla maioria das universidades, cometeram: lutar para colocar a universidade a serviço do povo.

Os trabalhadores sabem também que dentro da USP e das universidades públicas em geral impera uma verdadeira ditadura que defende os interesses dos exploradores, contra a vontade geral dos estudantes e dos trabalhadores.

A luta dos estudantes da USP é também contra a privatização da universidade defendida abertamente pelo reitor João Grandino Rodas. Essa política só servirá para afastar a USP ainda mais dos interesses do povo. A luta contra a privatização da USP é a mesma luta que os trabalhadores dos Correios levam contra a privatização da ECT.

A Fentect vai denunciar esse processo amplamente na base da categoria ecetista e chamar o sindicalismo de todas as categorias a se posicionar contra esse ataque aos direitos da população, promovido pelos setores mais reacionários da burguesia. Sabemos que há diretores do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) entre os processados, o que também indica um ataque à liberdade de organização sindical.

Os trabalhadores dos Correios aproveitam também para afirmar que o ataque aos estudantes da USP faz parte do mesmo pacote de ataques que vêm sofrendo os trabalhadores. É cada vez mais frequente a intervenção judicial nas greves, o que significa um enorme ataque a um direito constitucional dos trabalhadores, é isso o que tem ocorrido nas últimas greves dos Correios com a intervenção do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Também aproveitamos para repudiar o fato de que a Força Nacional de Segurança tem sido usada para reprimir dezenas de greves e há já dezenas de companheiros presos apenas por protestarem por melhores condições de trabalho e aumento salarial, como aconteceu com companheiros nas obras de Jirau, em Rondônia.

Estamos juntos com os estudantes da USP e de todos os perseguidos políticos.

Apoio incondicional à sua luta, pela unidade operária-estudantil!

Abaixo a ditadura! Pelo direito de greve e de manifestação!

Não á privatização da USP e dos Correios!

Fim dos processos contra estudantes e trabalhadores!

Apoio à luta dos petroleiros: Assembleia rejeita proposta patronal

Categoria recusa rebaixar pauta de reivindicação e mantém greve por tempo indeterminado

 
Cerca de 15 mil trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) decidiram entrar em greve. A decisão foi tomada durante assembleia realizada no Trevo da Reta, em Itaboraí, realizado no ultimo dia 09.

Os trabalhadores rejeitaram a proposta patronal de reajuste de 7,5%. Os trabalhadores da Comperj reivindicam: aumento salarial de 12%, garantia de “horas in tinere” (pagamento das horas de trajeto casa X trabalho), aumento do vale refeição entre outras.

A obra do Comperj é a terceira maior obra do PAC 2, do governo Dilma, e também o maior investimento individual da Petrobrás na história. A obra possui investimentos calculados em R$ 22,1 bilhões.

No ano passado a categoria travou diversas lutas, realizando três paralisações. Na última greve, 33 operários foram demitidos. Os patrões também utilizaram a Polícia Militar (o braço armado da burguesia) para reprimir os trabalhadores. A mando das empreiteiras diversos trabalhadores foram arrancados dos ônibus.
O sindicato dos patrões já anunciaram que pretendem reprimir o movimento. Para o Sindicato das Empresas de Engenharia de Montagem e Manutenção Industrial do Estado do RJ (Sindemon) e o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), que representam as empresas prestadoras de serviços no Comperj, “consideraram a greve dos trabalhadores abusiva” (www.em.com.br/).

As lutas operárias e populares deram mostras de estar evoluindo no último período. As inúmeras greves são um sintoma do ascenso das massas que se desenha.

No ano passado, as greves tomam contorno no país. Inúmeras categorias se levantam contra a super exploração dos capitalistas impulsionadas pela crise econômica. Um ajudante de obra, por exemplo, recebe pouco mais de um salário mínimo.

Os trabalhadores, com o impulso das mobilizações, quebraram o mecanismo de contenção do conjunto da burocracia sindical abrindo caminho para um movimento de luta.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Todo apoio à luta dos estudantes da USP! Abaixo a ditadura!

Nota de apoio aos estudantes da USP

 
Os trabalhadores dos Correios de Minas Gerais repudiam energicamente a tentativa do Ministério Público, por meio da promotora Eliana Passarelli, de colocar na prisão por oito anos 72 estudantes da USP.

O crime desses estudantes: lutar contra a ditadura de uma burocracia que quer privatizar a universidade para afastá-la ainda mais dos interesses dos trabalhadores e da população em geral.

A tentativa de tornar crime um movimento político deve ser amplamente denunciada. Está claro que o Ministério Público está organizando um processo farsa cujo único objetivo é perseguir politicamente esses estudantes. É assim que a burguesia brasileira trata os que lutam por suas reivindicações, essa é a verdadeira cara da “democracia” brasileira. Para atacar um direito elementar da população de se manifestar vale tudo: forjar provar, mentir, inventar acusações.

O Sintect-MG (Sindicato dos Trabalhadores de Minas Gerais) denuncia e repudia esse ato fascista de uma direita que está escondida atrás das instituições mais antidemocráticas do regime político como os tribunais e o ministério público. Mais do que isso, o Sintect-MG convoca todos os trabalhadores dos Correios e todos os estudantes a entrarem na luta contra esses ataques da direita. Não mediremos esforços para combater esses a direita mais reacionária.

Nos solidarizamos com os companheiros do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) que também estão sendo processados.

O ataque aos estudantes e funcionários da USP faz parte de uma onda de ataques aos direitos dos trabalhadores. Nos Correios, nas últimas greves, a direção da empresa tem agido junto com o TST para atacar o direito de greve da categoria, ameaçando com corte do ponto e compensação dos dias de greve em regime de escravidão.

Chamamos todos os sindicalistas a denunciar a ditadura contra os estudantes da USP. A luta dos estudantes é a mesma luta dos trabalhadores.

Não ao processo!


Pelo direito irrestrito de greve e manifestação!

Não à privatização da USP e dos Correios!

Pelo fim de todos os processos contra o movimento estudantil!

PCdoB: a burocracia inimiga da luta dos trabalhadores esta à beira da decomposição

Sem apoio entre os trabalhadores, burocracia do PCdoB aprofunda sua crise e se mantém às custas do apoio patronal e de fraudes e golpes contra os ecetistas


A recente “vitória” da Chapa 1 – do Partido dos Capangas do Brasil – nas eleições para a diretoria do Sintect – RJ longe de conter a violenta crise da burocracia sindical dos movimento sindical dos correios, expõe de forma inequívoca o seu aprofundamento e as tendências à própria decomposição da burocracia, em contrapartida com as claras tendências à evolução da luta da categoria e do desenvolvimento no seu interior de um novo sindicalismo, que se apoia na luta dessa combativa categoria, no reagrupamento e no avanço dos setores classistas no seu interior.

Uma ditadura sem apoio entre os ecetistas

A atual diretoria reeleita no pleito totalmente manipulado, realizado no final de janeiro passado, obteve (segundo os dados fraudulentos apresentados) um total de 1502 votos. Isso representou 31% do total de votos apurado (4809) e equivale a menos de 10% da categoria ecetista no Estado do Rio de Janeiro (incluindo aposentados, anistiados, Motes e outros que integram a base estadual e parte dos quais participaram das eleições).

Do processo eleitoral anterior (2010) para cá a diretoria pcebista teria perdido mais de 700 votos, cerca de 30% da votação anterior, também amplamente denunciada por fraudes, em um número muito pouco maior de votantes (menos de 100 a mais).

Mais uma vez, cerca de 1/3 dos associados não teriam votado e pouco mais de 30% dos trabalhadores da categoria teriam participado do processo eleitoral, contra uma esmagadora maioria (67%) que se manteve distante, diante da ditadura implantada n Sindicato pela atual direção da entidade.

A baixa participação em uma eleição com quatro chapas e em uma das categorias de trabalhadores que possui um dos maiores índices de sindicalização e participação do País evidencia claramente o profundo desgaste da atual direção sindical, que há 15 anos controla o Sindicato, transformando-o em uma ditadura contra os trabalhadores, recebendo por isso – em diversas oportunidades – rasgados elogios da direção da ECT, no Rio de Janeiro e em nível nacional.

Uma extensa folha de serviços prestados à empresa

A chapa 1, reeleita, do PCdoB (Partidos dos Capangas do Brasil) completou 15 anos à frente do Sindicato apoiado pela direção da ECT e às custas de uma sequência de fraudes e golpes.

O secretário-geral do Sintect-RJ, esteve à frente maior golpe contra os mais de 120 mil ecetistas de todo o País que foi a assinatura do acordo bianual de 2009, que deixou a categoria sem campanha salarial por dois anos.

Na campanha salarial seguinte, depois da combativa greve de 28 dias (2011), o bloco traidor PCdoB/PT retirou a categoria da greve diante de uma decisão arbitrária do TST, sem qualquer conquista e aceitando um processo de reposição que intensificou a escravidão no interior da empresa, obrigando milhares de ecetistas a trabalharem sábados e domingos e a dobras sem fim.

No ano passado, a burocracia “comunista” resolveu ajudar a empresa a atacar a unidade nacional da categoria, uma de suas maiores armas na luta contra os patrões.

Nas vésperas da campanha, por ocasião do XI Congresso Nacional da categoria, a máfia do PCdoB (que também dirige o Sintect - SP) resolveu, sem qualquer consulta real à categoria, desfiliar o Sintect - RJ da federação nacional da categoria (Fentect) que reúne os mais de 30 sindicatos dos ecetistas de todo o País.

A ruptura buscou evitar que as bases sindicais do Rio e São Paulo (as maiores do País) se unificassem diante das propostas de luta aprovadas pela federação que, diante da revolta geral da categoria com as traições do bloco traidor PCdoB/PT passou a ser dirigida por uma frente dos setores de oposição que venceram o XI Congresso Nacional e aprovaram uma série de mudanças de caráter democrático e de luta para a entidade e para a luta nacional da categoria, como a eleição de um comando nacional de mobilização e negociação integrado por representantes de toas as bases sindicais da categoria. Medida que pôs fim ao balcão de negócios anual, em que os dirigentes sindicais que assinavam os piores acordos contra os trabalhadores eram contemplados com cargos e vantagens pela direção da ECT.

De fora da federação e das suas decisões unitárias, a burocracia do PCdoB atuou claramente contra a campanha salarial, propondo uma pauta em que aceitavam perdas salariais para os trabalhadores e procurando semear confusão entre os trabalhadores e trabalhando contra a greve unificada da categoria, o que provocou uma derrota parcial da categoria que apenas conseguiu evitar que a empresa avançasse contra importantes conquistas da categoria, como plano de saúde dos Correios.

A fraqueza da ditadura da burocracia

Estes e outros golpes levaram, inclusive, à própria divisão da burocracia no Rio (como em diversos outros sindicatos). Uma parcela dos diretores do PCdoB (liderados por Ana Zélia “Ginsp” e “Claudinho”) rompeu com a maioria, com denuncias mútuas de golpes, desvios e traições à categoria, aprofundando a crise, como se expressou – ainda que de forma limitada – no processo eleitoral.
Como se viu na campanha salarial (quando ambas as alas do PCdoB se unificaram em torno de questões fundamentais como o rebaixamento da pauta e a sabotagem à greve da categoria) e nas recentes eleições, onde o “racha” se juntou à burocracia do PT na Chapa 2, a crise embora separe as alas da burocracia por conta da intensificação da disputa interna diante da revolta dos trabalhadores, de modo algum leva a que estes setores da burocracia evolua no sentido da defesa dos interesses dos trabalhadores.

Nas eleições do Sintect – RJ, a chapa 2 (encabeçada pelo racha do PCdoB e integrada pelo PT/Articulação) buscou confundir a categoria e dividir a oposição e não só se recusou a denunciar a fraude no processo eleitoral, como colaborou abertamente com ela, como ficou evidente no processo de apuração, que esteve paralisado por várias horas até que setores da chapa 2 negociassem entre si a consumação da fraude contra a verdadeira oposição agrupada na Chapa 4, do Movimento de Oposição ao Peleguismo, representado no Rio pelo MRL, PCO, Mute e Alternativa Sindical. Situação que gerou revolta até mesmo entre setores do PT que integravam a Chapa 2.

O aprofundamento da crise, pelo contrário, intensifica as tendências à uma ditadura na maioria dos sindicatos, até que a evolução da mobilização das massas permita a superação - pelos meios que forem necessários – da burocracia e da sua política contra os trabalhadores.

Isso fica expresso não apenas nos processos eleitorais fraudulentos, dominados por capangas e por “especialistas” em roubar eleições sindicais, como também na agressão contra trabalhadores em assembleias se viu no Rio e em São Paulo, recentemente.

Esta ditadura, como se vê no Sintect – RJ, no Sintect – SP e em tantos outros, longe de ser uma demonstração de força da burocracia são a clara expressão de sua crise. Evidenciam o abismo cada vez mais intenso que a separa dos trabalhadores que claramente – como se expressou no Congresso da Fentect e nas próprias eleições do Rio (ainda que de forma limitada) estão evoluindo no sentido da sua reorganização e da superação política e organizativa dessa máfia.

Derrotar a burocracia

Nestas condições, na medida em que evolua a luta da categoria contra a ofensiva patronal, que tende a se intensificar com o agravamento da crise histórica do capitalismo que cobra a retirada de conquistas, o aumento da terceirização e a privatização da ECT, a burocracia do PCdoB (e toda a burocracia de conjunto) se mostra cada vez mais debilitada e sem condições de enfrenta a reação dos trabalhadores.

É preciso dissipar toda a confusão que uma análise equivocada da situação possa provocar (o que tende a ser estimulado pelas diversas alas da burocracia em crise, do PCdoB ao PSTU) e avançar no sentido da organização independente dos trabalhadores em relação aos patrões e à burocracia sindical, preparando as condições para sua derrubada e sua substituição por uma nova direção real para a luta dos trabalhadores.

A crise do PCdoB, principal suporte política dos patrões e dos seus governos contra os trabalhadores na categoria dos Correios, é uma crise terminal, expressão da total perda de apoio dessa corrente patronal infiltrada no movimento operário para defender os interesses dos maiores inimigos dos trabalhadores.

A tarefa é arregaçara as mangas e trabalhar pelo fortalecimento de uma verdadeira alternativa classista à essa burocracia (e suas variantes, como o PT e o PSTU, também imerso em profunda crise – que analisaremos a seguir) para acelerar a sua derrota decisiva diante da luta dos trabalhadores.

É preciso superar as debilidades políticas e organizativas da Oposição que, no Rio e em todo o País, que são parte do atual estágio intermediário da evolução luta da categoria que avança no sentido de liquidar com a burocracia que não para de retroceder.