Copasa - Sindágua-MG
Burocracia sindical dos Sindágua-MG, Saemg e
Senge, aprovam proposta do TRT- MG(Tribunal Regional do Trabalho), impondo aos
trabalhadores da Copasa um acordo salarial que mantém o arrocho salarial e a
quebra da isonomia salarial
Em assembleia realizada no último dia 16, em Belo
Horizonte, a burocracia sindical que dirige os aparelhos sindicais dos
trabalhadores da Copasa-MG (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) conseguiu
aprovar a proposta de reajuste salarial do governo do PSDB.A burocracia aceitou a intervenção do TRT-MG assinando em baixo da proposta dos juízes biônicos. Com a assinatura do acordo, a convocação da greve, programada para esta semana, foi cancelada.
Sem a mobilização dos trabalhadores, o TRT impôs a proposta apresentada pela empresa aos trabalhadores, ou seja, um reajuste de 4,88%. “Apesar da decisão pelo acordo coletivo, a categoria manifestou toda a sua contrariedade em razão de a empresa não ter evoluído na discussão para o fim da política de porte, que estabelece uma situação de quebra de isonomia em todo o Estado, e também pela negativa patronal de não rever a escala de salários dentro do plano de cargos, mantendo distorções que penalizam os trabalhadores (...)” (cut.org.br).
O PSDB utiliza os juízes para atacar os direitos dos trabalhadores. O plano do governo é de liquidar por completo a isonomia salarial, quebrando o princípio de que para trabalho igual deve corresponder salário igual.
O fim da isonomia também estabelece a divisão da categoria, quebrando a unidade dos trabalhadores que servirá para diluir a força e o poder de pressão dos trabalhadores contra os patrões. É um ataque, nesse sentido, diretamente à campanha salarial, ou seja, ao salário e aos benefícios econômicos conquistados pelos trabalhadores.
O acordo imposto pelos juízes do TRT é mais uma demonstração que a Justiça é utilizada para garantirá os interesses patronais por meio da intervenção na organização sindical.
A intervenção nos sindicatos é um mecanismo utilizado pela burguesia para tentar acabar coma a organização dos trabalhadores. Em diversas categorias, a burocracia sindical (tropa de choque dos patrões) não conseguiu dobrar a luta dos trabalhadores, então a Justiça é acionada para impedir a luta e impor a vontade dos patrões.
Os trabalhadores não podem aceitar qualquer intervenção nos rumos da campanha salarial. A liberdade de organização sindical é fundamental para a luta da classe trabalhadora. Os trabalhadores só podem confiar em seus próprios meios de luta.
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