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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Abaixo a ditadura: Trabalhadores da Suape enfrentam a Justiça e mantêm greve

Todo o movimento operário deve se colocar contra a ditadura do judiciário, pelo direito de greve e pela mobilização dos operários em defesa de suas reivindicações contra os patrões
Os trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e Petroquímica Suape (PQS) do Complexo de Suape, decidiram, em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (14), manter a greve até, no mínimo, a próxima segunda-feira (19).

A categoria já realizou duas greves. A primeira paralisação ocorreu em março e durou mais de duas semanas. Na segunda greve, os operários passaram por cima da máfia da Força Sindical. Os operários entraram em greve à revelia do sindicato. A greve foi encerrada sob pressão judicial.

Os petroleiros reivindicam o cumprimento, por parte dos patrões, do acordo coletivo celebrado no dia 1º de agosto que prevê a equiparação salarial. A diferença nos salários para a mesma função chega a 47%.

Repressão à greve

A assembleia aconteceu logo após a repressão policial. Dezenas de PM que monatav guarda nos portões do complexo atiraram bombas de efeitos morais e gás lacrimogênio contra um grupo de trabalhadores que tentavam explicar a situação da greve frente o julgamento da ilegalidade da greve. “Os funcionários serem reprimidos por policiais do Batalhão de Choque quando tentavam entrar em Suape para chamar os trabalhadores que já estavam nos postos de trabalho para participar da Assembleia”(Jornald do Comércio).

O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região decretou a ilegalidade da greve. Os juízes biônicos determinaram que os 44 mil grevistas retomem os serviços na manhã da quarta-feira (14), sob pena de multa diária de R$ 5 mil por descumprimento da ação.

Abaixo a ditadura. Pelo direito de greve

A onda de greves é o resultado da atual etapa de crise. A classe operária brasileira dá sinais de reação à política da burguesia e dos seus governos de expropriação das massas.

Os ataques para força os trabalhadores a pagarem pela crise capitalista tende a impulsionar as lutas das massas, colocando em marcha uma verdadeira mobilização independente do movimento operário.

Sem o escudo da burocracia sindical, a burguesia utiliza a força do Estado para conter as mobilizações contra os ataques capitalistas. A burguesia ataca as liberdades democráticas dos trabalhadores, cassando o direito de organização política.

A repressão contra o movimento operários demonstra que não existe estado democrático de direito. Nos últimos anos centenas de greve foram julgadas ilegais, milhares de ativistas foram presos.

A intervenção nas organizações sindicais aponta o caminho que a burguesia adotou par evitar a luta dos trabalhadores. Todo o movimento operário deve se colocar claramente contra a ditadura da justiça e dos governos patronais, pelo direito de greve e pela mobilização dos operários em defesa de suas reivindicações contra os patrões, seus governos e seus tribunais.

A greve dos trabalhadores do complexo de SUAPE deve se um exemplo a ser seguido pelos trabalhadores de todos o país. A ditadura do judiciário e dos patões deve ser enfrentada e derrubada pela mobilização dos próprios trabalhadores.

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