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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

2011: número de greves cresceu 24%

De acordo com o levantamento do Sistema de Acompanhamento de Greves (SAG), do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o número de greves cresceu em 2011 e foi o maior em 15 anos


Os dados do SAG apontam que as greves realizadas no ano passado foram 24% maiores do que as que ocorreram em 2010. Em 2011 foram registrados 554 paralisações contra 446 em 2010. Este é o maior índice registrados desde 1997.

O setor mais afetado em 2011 foi o público, que vivenciou 58,7% do total de greves. A esfera privada responde por 41% dos registros, com destaques para greves nas indústrias. Em 2010, 97 paralisações foram realizadas por trabalhadores da indústria, e em 2011, o número cresceu para 131.

O número de horas paradas nos períodos de greve aumentou 39%. No setor privado o crescimento é maior, em torno de 54%. Dentro da esfera privada o setor da indústria também obteve o maior registro de horas paradas.

A pesquisa também aponta o aumento do número de trabalhadores em greve. O Diesse conseguiu analisar 54% das greves ocorridas em 2011. De acordo com os dados do SAG em 2010, o total de trabalhadores em greve superava mais de 1,6 milhão e em 2011 o total de trabalhadores envolvidos em greves era maior que 2 milhões. Destacam-se as greves dos trabalhadores da construção nas obras do PAC, especialmente nas grandes obras nas regiões Norte e Nordeste, que mobilizaram centenas de milhares de trabalhadores em 2011.

A pesquisa também faz o levantamento dos eixos das mobilizações. As principais reivindicações no setor privado são o reajuste salarial, implantação de Plano de Cargos e Salários, reivindicações relacionadas à melhoria do auxílio-alimentação e piso salarial. No setor público, a luta se desenvolveu em torno do plano de austeridade.

Com o aumento das mobilizações cresceu o número de intervenções do estado. A justiça é o principal mecanismo. A atuação dos juízes biônicos é mais marcante na esfera pública. Os dados apontam que a intervenção judicial passou de 41% em 2010 para 50% em 2011, com destaque para as greves das empresas estatais, onde essa participação se deu em 45% dos casos, em 2010, e em 67%, em 2011.

A pesquisa aponta a retomada das mobilizações operárias. “Os dados da série de greves revelam que o total de 554 ocorrências cadastradas em 2011 é o maior verificado desde 1997, ano em que foram registradas 631 greves. Tomados como referência, estes dois pontos - os anos de 1997 e de 2011 - delimitam um intervalo de 15 anos marcado pela relativa estabilidade do número de greves em baixo patamar. (www.dieese.org.br).

A mobilização é a resposta dos trabalhadores ao aprofundamento da crise econômica. O aumento do número de mobilizações coincide com uma redução da taxa de crescimento da economia, que passa de 7,5%, em 2010, para 2,7%, em 2011, de acordo com dados oficias.

A classe operária brasileira dá sinais de reação à política da burguesia e dos seus governos de expropriação das massa. O aumento do movimento grevista aponta a nova tendência de luta do movimento operário.

A onda de greve é crescente desde 2002. A retomada das mobilizações dos trabalhadores coloca na ordem do dia a reorganização do movimento operário, ou seja, do partido da classe operária.

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