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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais dão início ao seu XIII Congresso


Com quase 150 delegados inscritos no primeiro dia e desafiando a ditadura da direção regional, o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais deu início ao XIII Congresso da categoria 

O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais deu início ao seu XIII Congresso, apesar de todo o boicote da empresa para inviabilizar a organização da categoria.
Na última semana, a diretoria regional convocou os trabalhadores para trabalhar nos dias do congresso para evitar que o mesmo ocorresse. O sindicato distribuiu centenas de boletins em todos os setores denunciando a política ditatorial do diretor regional e convocou os trabalhadores a comparecerem ao congresso.

O XIII Congresso dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais teve início no dia 14 com 130 delegados e com a expectativa de receber no dia 15 o restante dos 250 delegados eleitos nas assembleias de base.
No ato de abertura, foram convidados a falar membros da Corrente Ecetistas em Luta, a corrente de oposição nacional à maioria da Fentect, da direção do sindicato dos Correios de Campinas (SP), da Corrente Nacional Sindical Causa Operária, do Partido da Causa Operária e da Aliança da Juventude Revolucionária.
O diretor do Sintect-MG Robson Gomes iniciou o Congresso falando sobre a luta contra a direção regional da empresa, nas mãos do PT e as tarefas colocadas para a categoria.


O companheiro Henrique Áreas de Araujo, membro da Corrente Ecetistas em Luta, da oposição aos pelegos na Fentect, falou sobre a necessidade de os trabalhadores dos Correios apoiarem e ingressarem na oposição nacional. Mais do que participar das atividades sindicais, está na ordem do dia fortalecer uma política revolucionária, para enfrentar e derrotar os patrões. Para isso é necessário retomar as organizações sindicais, como a Fentect, e coloca-las a serviço dos interesses dos trabalhadores.
A coordenadora nacional da Corrente Ecetistas em Luta, de oposição à maioria da direção da Fentect, companheira Anaí Caproni, falou sobre a luta dos trabalhadores dos Correios, em particular dos companheiros de Minas Gerais, na última greve.

 

“O sindicato de Minas Gerais é conhecido nacionalmente por ser o mais combativo na luta por estabelecer um movimento de oposição e colocar na direção da Fentect sindicalistas que de fato representem a luta dos trabalhadores”, declarou Anaí Caproni.
“É uma enorme vitória esse congresso, em nível nacional não existe nenhum sindicato que sem liberação traga tantos delegados ao congresso”, completou.
Anaí falou também sobre a atuação do Sintect-MG na campanha salarial do ano passado. “A luta é grande e a diretoria do sindicato só vem ampliando o movimento em nível nacional como vimos no ato nacional em Brasília na campanha salarial do ano passado. Nesse ato, vários sindicatos falavam que tinha que seguir a política dos companheiros de Minas Gerais”.
Anaí também ressaltou o momento político em que ocorre esse XVIII Congresso. A ruptura dos sindicatos do Rio de Janeiro e de São Paulo, nas mãos do PCdoB, com a Fentect fará com que estes se isolem da categoria, pois não possuem apoio da base.
A companheira destacou que nesse cenário de crise da burocracia sindical, o Sintect-MG se torna o maior e mais importante sindicato da federação, podendo definir os rumos da campanha salarial.
Anaí Caproni concluiu afirmando que é preciso os trabalhadores se organizarem para derrotar o PT, partido dos traidores.
O presidente do Sintect-MG, companheiro Pedro Paulo Pinheiro denunciou a tentativa do diretor regional, do PT, de impedir a realização do congresso.
Pedro Paulo disse também que o PT está impondo uma política da ditadura militar onde a exigência da produtividade, a exploração é cada vez maior. Um exemplo disso é o SAP, colocado em prática pelo PT.

 

O companheiro denunciou que a empresa têm demitido trabalhadores e não oferece mínimas condições de trabalho, de descanso e assistência médica no local de trabalho.
Esteve também presente no ato de abertura o diretor do Sindicato dos Correios de Campinas, Biaia.
Biaia falou sobre a importância dos trabalhadores de derrotarem a política do PT no movimento dos Correios. O companheiro relatou o ocorrido na última assembleia de Campinas, em que os trabalhadores não deixaram os chefes entrarem e interferirem na organização da categoria.
“É preciso uma união para derrotar o PT e tomar a federação a serviço dos trabalhadores (...) aqui está a massa mais esclarecida da categoria. Estamos juntos com o Sintect-MG para organizar a derrota dos que fazem oposição em Minas Gerais ao sindicato, a favor da empresa (...) que esse congresso possa organizar politicamente os trabalhadores para intervir nacionalmente”, declarou o diretor do sindicato de Campinas.
A companheira Natália Pimenta, da Aliança da Juventude Revolucionária, falou na abertura desse congresso sobre a política do governo de São Paulo e do governo federal de privatizar as universidades públicas, assim como têm sido feito nos Correios.
A companheira pediu a solidariedade e o apoio dos trabalhadores dos Correios à luta dos estudantes da USP. Natália relatou a perseguição que está sendo feita a mais de 80 estudantes e funcionários, com processos administrativos e eliminações por parte do reitor e do governador do estado, do PSDB.
Representando a Corrente Nacional Sindical Causa Operária, o companheiro Antônio Carlos falou sobre a importância dos trabalhadores dos Correios participarem do ato de 1 de maio em São Paulo para desencadear um movimento nacional de todas as categorias contra as privatizações.
Em nome do Partido da Causa Operária, o companheiro Rui Costa Pimenta saudou todos os delegados e membros da mesa e fez uma breve análise do movimento dos Correios no último período.
O companheiro Rui começou afirmando que o que ocorre no movimento dos trabalhadores dos Correios é a luta contra o PT e o PCdoB, que estão no governo, e esse é um fato novo, porque até então os trabalhadores estavam sendo contidos na sua tentativa de lutar contra a exploração imposta por esses partidos.
“O PT está no governo há uma década, na qual a maioria dos trabalhadores pode fazer uma experiência política significativa com o que esse partido representa. Os trabalhadores estão percebendo que esse partido atua em favor dos interesses patronais. Elementos pelegos que aqui em Minas Gerais são do PT estão sendo escorraçados pela categoria”, disse o companheiro Rui.
“O que está em pauta é o despertar da consciência da parcela mais avançada dos trabalhadores para se opor ao PT, colocar o debate de que a classe trabalhadora brasileira reconhece que o PT é um partido falido e colocar a luta dos trabalhadores por um partido próprio”, afirmou o presidente do PCO.
Rui Costa Pimenta ressaltou também qual deve ser o caráter geral da luta dos trabalhadores. “A luta dos trabalhadores não é por salários, é por uma vida digna, contra os banqueiros, os empresários que estabelecem planos de exploração como o SAP, é uma luta geral que só vai ter fim quando os partidos forem derrubados do governo, quando os trabalhadores formarem um governo próprio e estabelecerem um regime socialista para por fim à exploração”, declarou.

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