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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Trabalhadores se mobilizam contra a privatização e a burocracia sindical

Respondendo ao chamado para o congresso, os trabalhadores mineiros entenderam a importância de aproveitar o momento de crise da burocracia sindical para organizarem uma verdadeira oposição sindical nacional aos pelegos e os ataques da empresa 

O segundo dia do Congresso Regional dos trabalhadores dos Correios de Minas Gerais, realizado pelo Sintect-MG e a corrente sindical Ecetistas em Luta, principal oposição ao Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-PSOL) foi um verdadeiro sucesso.
Mesmo com todo boicote da empresa, com o diretor regional do PT indeferimento ilegalmente a liberação dos delegados sindicais para o congresso, os trabalhadores seguiram a orientação do sindicato que já está tomando as medidas jurídicas cabíveis, inclusive através de liminar, garantindo o direito de organização dos trabalhadores e a liberdade sindical contra a ingerência da empresa, não se intimidaram e encheram o auditório, demonstrando uma enorme disposição de luta e consciência política. 
Logo pela manhã, os delegados sindicais, os militantes da corrente Ecetistas em Luta, observadores e apoiadores se organizaram em dezenas de grupos para discutir minuciosamente todas as teses apresentadas na resolução, dando sequência ao que já havia sido definido no primeiro dia de abertura do congresso, no sábado (14).
O problema da luta contra a privatização da ECT e o combate enérgico para derrubar a burocracia sindical em crise, foram os principais pontos que dirigiram a discussão política, além da própria pauta de reinvindicações econômicas que será levada para o próximo congresso da Fentect, debatida exaustivamente durante a tarde.
A discussão foi marcada por um profundo conteúdo político, classista e revolucionário. Os trabalhadores debateram sobre o plano político geral do governo de privatizações (Correios, Aeroportos etc), que tem como único objetivo salvar os capitalistas em crise; as medidas práticas tomadas pela empresa para torna-la lucrativa, como o SAP, os ataques ao convenio médico, a terceirização etc, bem como uma campanha de esclarecimento e luta para ser levada ao conjunto da população e outras categorias operárias atingidas pela privatização, como petroleiros e bancários.
A discussão expôs o problema do desmoronamento do bloco dominante da burocracia sindical dos Correios, PT-PCdoB, levando este último a uma medida desesperada diante da rejeição da categoria de romper com a federação, colocando em primeiro plano a luta a derrubada definitiva dos pelegos, formando oposições sindicais em todo o País e combater energicamente a política divisionista encabeçada pelo PSTU/Conlutas de criação da federação anã, propondo a defesa intransigente da unidade do movimento sindical dos correios, baseado num sindicato único, pois, divididos em pequenos sindicatos a categoria só pode se enfraquecer.
As teses procuraram atingir desde as questões mais imediatas da luta dos Correios como também problemas políticas gerais, como a defesa das liberdades democráticas diante dos ataques ao direito de greve, manifestação pública e liberdade de expressão; a defesa dos estudantes, sobretudo na USP contra a repressão, os processos criminais e administrativos e a privatização da universidade; o problema da terra e a aliança com os trabalhadores camponeses contra os latifundiários; a questão do negro e das mulheres, propondo-se uma ampliação do trabalho de agitação e propaganda na categoria com a realização de uma  conferência desses setores e a criação de um jornal regular etc.
Mas também foram debatidas questões políticas mais estratégicas para os trabalhadores, como a criação de um novo partido diante da falência do PT, um partido operário revolucionário e socialista, sem patrões e sem exploradores, efetivamente capaz de levar a luta dos trabalhadores pelo poder e pelo socialismo.
Enfim, os debates foram realizados intensamente em todos os grupos, esclarecendo e discutindo todas as polêmicas; os trabalhadores demonstraram um interesse político profundo em todos os temas.
O congresso, portanto, tem sido um verdadeiro eixo político de organização da oposição nacional contra os burocratas vendidos e a privatização da ECT, mas também está colocando na ordem do dia não só um novo sindicalismo combativo de base, classista e revolucionário para os Correios, mas a todo movimento sindical brasileiro.
Na plenária final desta segunda-feira (16) serão votas todas as resoluções debatidas nesse congresso e, uma vez aprovadas servirão como um programa de orientação geral da luta da categoria e levadas a debate na Fentect. Chamamos ainda todos os trabalhadores a lotar a assembleia que acontecerá nesta mesma segunda às 19hs na sede do sindicato de processamento de dados em Belo Horizonte, Minas Gerais. 

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