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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Porque estamos em greve

declaração dos trabalhadores de Minas Gerais, aprovada em assembleia no dia 12 de setembro.

Companheiros ecetistas,

Os trabalhadores dos Correios de Minas Gerais decidiram entrar em greve contra a intransigência da direção da ECT e as traições dos sindicalistas do PT e do PCdoB vendidos para os patrões.
 Nos últimos 10 anos, todas as greves da nossa categoria foram traídas porque o movimento sindical ficou a reboque dos pelegos do PT e do PCdoB, em particular dos sindicatos de S. Paulo e Rio de Janeiro.
 Os sindicalistas que venderam as campanhas salariais passadas para a direção da empresa a troco de cargos e altos salários e seus aprendizes que continuam a parasitar os sindicatos dos trabalhadores nacionalmente atuam abertamente contra a categoria. Procuraram dividir e desorganizar os trabalhadores, brincando com a data da nossa greve e se acertando nos bastidores com a direção da empresa para que a greve não aconteça.
 Não é segredo para ninguém que os sindicatos do Rio e de S. Paulo são manipulados diretamente pelo negociador da ECT, sr. Luís Eduardo, que é do mesmo partido que os diretores destes sindicatos e que organizou a divisão da Fentect para enfraquecer a categoria.
 Outra ala desse bloco pelego é representada pelos sindicalistas do PSTU e da chamada “Federação Anã” (FNTC) que, conscientemente, procuram colocar os trabalhadores a reboque do PCdoB afirmando que a greve da categoria deveria ser adiada para servir aos objetivos dos pelegos de S. Paulo e do Rio de Janeiro. É a política da direção da própria empresa que vai desmoralizando o movimento grevistas brincando com propostas de datas para confundir o trabalhador e dividir o nosso movimento.
 Todos sabem que os sindicatos de São Paulo e do Rio de Janeiro atuam completa e abertamente a serviço da direção da empresa.
 Em Minas Gerais, os pelegos do PCdoB furam abertamente a greve e chamam os trabalhadores a voltar ao trabalho.
 Em São Paulo e pelo Brasil afora, fazem campanha para que os trabalhadores não entrem em greve.
 Sabemos, pela experiência da última década de campanhas salariais, que que para que o nosso movimento seja vitorioso, é preciso constituirmos um bloco independente dos sindicalistas pelegos e de seus porta-vozes “de esquerda”. Precisamos de uma nova direção para o nosso movimento nacional e são os trabalhadores de base que devem dar essa resposta. É preciso passar por cima dos pelegos dentro do nosso movimento para derrotar os patrões e o governo.
 Vários companheiros de luta, seduzidos pelo canto de seria dos pelegos do PSTU e aterrorizados pelos sindicalistas patronais, decidiram se colocar a reboque dos pelegos patronais a soldo da direção da ECT do Rio e de S. Paulo. Com isso, enterraram a campanha salarial entregando a sua direção na mão de notórios traidores.
 Declaramos aqui, em alto e bom som, e esperemos que esta seja a última experiência necessária para uma mudança de política: somente com a derrota dos sindicalistas do PT e do PCdoB o nosso movimento poderá ser vitorioso. Somente um sindicalismo independente dos pelegos e da empresa pode efetivamente levar a categoria à vitória.
 E é por isso que estamos lutando.
 Companheiros, continuamos na luta pelo que é nosso! Queremos um reajuste decente, a reposição das nossas perdas salariais e aumento real! Queremos o fim da ditadura nos setores de trabalho, com o fim do SAP e do SARC! Pelo fim da superexploração dos trabalhadores ecetistas! Chega de terceirização! Chega de horas extras e de convocações aos finais de semana! Que a ECT contrate o número de trabalhadores necessário para dar conta do serviço!
 ¥ 43,7% já!
 ¥ Fim do SAP e do SARC
 ¥ Contratação imediata de 30 mil trabalhadores
 ¥ Fim da Terceirização
 ¥ Fim da sobrecarga de trabalho
 ¥ Não aos cortes no serviço de saúde
 ¥ Não à privatização da ECT

Belo Horizonte, 12 de setembro de 2012
 Diretoria do Sintect-MG
 Comando de greve dos trabalhadores dos Correios de Minas Gerais

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