Os que querem “adiar” a greve para desmobilizar são os
mesmos que foram recebidos pelo ministro e pelo presidente da ECT
O trabalhador do correio mais desavisado poderia não
enxergar a maldade da proposta de “adiar” a greve que os pelegos da Articulação
Sindical do PT e os pelegos do PCdoB estão divulgando. Mas, vejamos quem são
eles. Vejamos quem são os patronos da proposta de adiamento da greve e de
rebaixamento da pauta de reivindicações.
No dia 3 de setembro, os traidores do PCdoB se reuniram com
o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (PT), e com o presidente da ECT,
Wagner Pinheiro (PT). Os traidores do PCdoB/CTB são os que querem dividir a
categoria. Eles estão tentando desfiliar os sindicatos do Rio de Janeiro e São
Paulo da Fentect. Fazem isso para dividir o movimento e confundir a categoria.
O ministro das Comunicações é o mesmo que desde a greve
passada vem dando declarações do tipo: “carteiro é vagabundo”, “se parar tem
que descontar” e outras pérolas tipicamente patronais. Junto com Wagner
Pinheiro, Paulo Bernardo está por trás da compensação dos dias parados da
greve, o que foi um ataque ao direito do trabalhador.
Logo depois da reunião, os sindicalistas divisionistas do
PCdoB apresentaram um proposta ultra-rebaixada para os trabalhadores, o que
obviamente mereceu elogios da empresa. Logo depois a empresa apresentou sua
proposta ridícula de 5,2%, muito parecida com a dos pelegos. Uma jogada casada.
Depois que os traidores do PCdoB sentaram com os chefões dos
Correios, os pelegos do PT ficaram com inveja. O bloco minoritário da
federação, que é composto pela Articulação Sindical do PT, por outros grupelhos
direitistas do PT e por uma ala do PCdoB também sentou , no dia 6, com Paulo
Bernardo e Wagner Pinheiro.
Paulo Bernardo e Wagner Pinheiro convenceram seus meninos
que o melhor seria “adiar” a greve. Vinda de quem veio, é claro que a proposta
não pode ser boa pro trabalhador.
Enquanto isso, a ala majoritária da Fentect, que é composta
por companheiros trabalhadores de base da oposição nacional, foi ignorada pelos
chefões.
Resultado: depois das reuniões entre sindicalistas pelegos e
patrões, os trabalhadores ganharam uma proposta rebaixada e um adiamento de
greve, que todo mundo sabe que significa desmobilização para a greve.
Moral da história: quando o patrão é cordial com o
sindicalista, o trabalhador se dá mal.
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