Nenhuma confiança em acordo de Tribunal.
Fortalecer a luta dos trabalhadores para conquistar as reivindicações dos
ecetistas
Em
reunião informal com diretores da Fentect e membros do Comando Negociação e
Mobilização dos trabalhadores a ministra relatora do dissídio coletivo confirmou
porque o movimento sindical não deve rebaixar sua pauta de reivindicações e nem
colocar nenhuma expectativa nos tribunais da burguesia.
A
reunião antecedeu a audiência oficial de conciliação que a ministra Kátia Arruda
convocou entre a Fentect e a ECT para esta terça-feira, dia 25, às 14h. É mais
um instrumento de pressão do Tribunal Superior do Trabalho contra os
trabalhadores, pois sequer tem chance de se chegar a qualquer acordo, pois é
informal e não tem a presença da empresa.
O
encontro aconteceu depois que a ministra já havia se reunido não apenas com os
advogados da ECT como com os ditos “sindicatos unificados”, os divisionistas da
máfia do PCdoB que estão à frente dos sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro,
Tocantins e Bauru.
De
cara ela já tripudiou sobre a iniciativa dos sindicalistas que colocaram em
votação e levaram suas assembleias a aprovarem a proposta rebaixada apresentada
pela ministra Cristina Peduzzi, na audiência do dia 19.
Kátia
Arruda questionou para que colocar em votação uma proposta que não tem validade,
pois já foi rejeitada pela ECT e retirada pela ministra Peduzzi na própria
audiência.
A
colocação desmascara os argumentos de que o rebaixamento da pauta é o caminho
para negociar com a ECT e ainda mostra o caráter traidor dessa iniciativa por
parte dos sindicalistas. O exemplo mais evidente disso foi a assembleia de
Brasília, em frente ao TST no dia 19. A presidenta dão Sintect-DF armou um
ataque contra o secretario geral da Fentect Edson Dorta para defender essa
proposta, que sequer exista, impedindo justamente que o companheiro da corrente
Ecetistas em Luta, do PCO, dissesse para os trabalhadores de base a verdade.
A
próxima fase para burocracia é “pelo menos não perder
nada”
A
ministra confirmou que a ECT não está disposta a oferecer nada para os
trabalhadores.
Então
o Tribunal passou para a próxima fase da campanha salarial para dos pelegos e
traidores: o terror do julgamento e a submissão à decisão da justiça.
Diante
da negativa da ECT de oferecer qualquer ganho econômico e mesmo social para os
trabalhadores a ministra passou a argumentar que o melhor era aceitar não ganhar
nada e manter o famigerado acórdão de 2011.
Como
no ano passado a campanha foi derrotada porque os sindicalistas vendidos
trocaram a luta pelos “dias parados”, agora, a cláusula em questão é a do plano
de saúde.
A
categoria vai ser levada a acreditar que é melhor aceitar a reedição das
cláusulas sociais do acórdão de 2011 do que brigar para aumentar suas conquistas
não apenas sociais, como um melhor índice econômico que a miséria apresentada
pela ECT de 5,2%.
Ou
isso, ou aceitar calados o julgamento dissídio porque para os seguidores do
Talibã, o traidor do acordo coletivo 2011, “ordem judicial
cumpre-se”.
Aos
trabalhadores resta a luta
A
verdade é que não precisa ser nem uma coisa nem outra. Ao contrário das opções
apresentadas pelo tribunal burguês e pelos sindicalistas pelegos a única arma
dos trabalhadores é a sua luta unificada, a greve geral e a realização de
grandes manifestações em Brasília.
Foi
assim que todos os trabalhadores garantiram suas conquistas, inclusive o próprio
plano de saúde, e o crédito extra que os pelegos querem simplesmente abrir mão
nesse em nome do “acordo”.
Nesse
caso, o acordo é na verdade traição. Levada adiante por quem está no movimento
sindical, mas não acredita na luta dos trabalhadores, ou já se vendeu para a
empresa em troca de mais essa traição.
Aos
trabalhadores restam fortalecer a sua luta e unidade, sem nenhuma ilusão em
acordos fechados a portas fechadas entre sindicalistas traidores, ou acuados
pela pressão do TST ou da empresa.
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