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terça-feira, 2 de abril de 2013

As ilusões disseminadas pelos sindicalistas pelegos: “Pedir menos para ganhar mais”

A serviço da empresa, os sindicalistas traidores do PT e do PCdoB querem aceitar as imposições dos Correios contra a categoria

Com as discussões da PLR em curso nos Correios, a empresa e os sindicalistas traidores agem juntos para confundir os trabalhadores. Para isso, espalham ilusões sobre o verdadeiro papel da PLR e sobre como deve ser o andamento das negociações. Vejamos um desses absurdos defendidos pelos pelegos.

“Pedir menos para ganhar mais”

Essa aberração é defendida pelos sindicalistas como se fosse a coisa mais normal do mundo. No mundo real, em qualquer negociação, a lógica é sempre pedir mais. Já no mundo encantado do sindicalismo pelego não é assim: para ganhar mais, é necessário pedir cada vez menos.

Dessa forma, se um vendedor de redes bater na casa de um futuro comprador para tentar vender seu produto, o vendedor deveria oferecer a rede gratuitamente. O comprador, por sua vez, vendo aquela demonstração de pura bondade do vendedor, ofereceria pela rede uma quantia de R$ 20,00 pela rede.

O nosso pobre vendedor, então, ficaria muito feliz pelo dinheiro, ainda que o custo real do produto seja R$ 50,00. Mas ele não pode reclamar, afinal, R$ 20,00 é 20 vezes mais do que nada.

Essa é a lógica dos pelegos, ou melhor, essa é a falta de lógica dos pelegos. Um vendedor que se prese não ofereceria o produto do seu trabalho de graça e muito menos um “comprador” deixaria de aceitar um produto que lhe fosse oferecido de graça.

Nas negociações entre trabalhadores e patrões deve prevalecer a mesma lógica de qualquer relação de troca no mundo real. O trabalhador tem para vender sua força de trabalho e o patrão tem interesse em comprá-la, mais ainda, o patrão é inteiramente dependente da mercadoria do trabalhador.

Portanto, seja na campanha salarial seja nas negociações da PLR, a categoria nunca deve pedir menos do que ela tem direito. Cabe ao comprador (patrão) dizer o que aceita pagar ou não. Estabelecido o impasse, o problema será político: o trabalhador tem sua força na mobilização e na greve e é isso o que vai fazer o patrão pagar mais ou pegar menos, dependendo do tamanho do seu prejuízo. Uma coisa elementar para o sindicalismo. As maiores conquistas dos trabalhadores não foram obtidas porque se pediu menos, mas porque se queria muito mais. Esse é o primeiro problema.

Mas se é tem óbvia essa lei da negociação, por que os sindicalistas pelegos insistem na política do rebaixamento de pauta? A resposta é simples.

Em primeiro lugar, há os sindicalistas diretamente ligados aos patrões, que no caso dos Correios é muito fácil de identificar. Os sindicalistas do PT, que formam a minoria da Fentect e os divisionistas do PCdoB/CTB fazem parte da direção da ECT e respondem diretamente ao pedido dos seus aliados na empresa. O rebaixamento de pauta é uma política para favorecer a empresa em detrimento dos trabalhadores.

Em segundo lugar, o que é parte do mesmo problema, a mentalidade dos sindicalistas pelegos é de completa capitulação ao patrão. Os sindicalistas não confiam na força dos trabalhadores unidos e encontram na direção da empresa uma espécie de modelo a ser seguido. Em vez de terem um respeito pela luta da categoria contra os patrões, são subservientes aos desmandos da empresa.
Esse é o problema fundamental. Para conquistar uma PLR é necessário medir forças com a empresa, mobilizando os trabalhadores, denunciando os golpes e rejeitando os ataques contra a categoria.

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