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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Por um comando amplo de negociação da PLR

Um representante por base sindical e transparência nas negociações são as mudanças imediatas que precisam ser realizadas para arrancar da empresa uma PLR de verdade

É preciso mudar os rumos da negociação da Participação nos Lucros e Resultados nos Correios.

A experiência da última campanha salarial, de 2012, mostrou a maneira de pressionar a empresa para acabar com o balcão de negócios que se transformaram as negociações entre os sindicalistas e a ECT: ampliar o comando de negociação para um representante por base sindical.

Nos últimos anos a empresa e os sindicalistas traidores usaram as negociações para barganharem cargos e vantagens na direção da empresa.

Atualmente o Comando de Negociações da PLR tem oficialmente sete membros, o que facilita os esquemas de compra e venda de sindicalistas traidores, como Nilson Rodrigues (do PT, ex-MRL e ex-secretário-geral do Sintcom-PR) que vendeu a PLR de 2011 em troca de um cargo na Diretoria Regional de São Paulo Interior.

Ele estava no Comando de sete membros e junto com Talibã (PT-Articulação) assinou o acordo aceitando a mudança no calendário da PLR. A PLR de 2011 foi uma enorme traição porque, entre vários golpes da empresa, foi estabelecido que os diretores de cúpula ganhariam cinco vezes mais do que os trabalhadores de base. Foi essa PLR que foi dividida em duas parcelas, para iludir a categoria de que a PLR seria mais alta, além de ter estabelecido todos os critérios que hoje a empresa quer impor aos trabalhadores.

A ampliação do Comando significa ampliar a participação das bases da categoria sobre as negociações. Significa aumentar a pressão dos setores de base, que poderão eleger seus representantes em assembleias e desta forma cobrar sua atuação nas negociações com a empresa.

Essa é uma medida que foi tomada na Campanha Salarial e se mostrou muito positiva. Ainda que a empresa desde o início da Campanha tenha decidido ser irredutível nas negociações e enviar o dissidio para o Tribunal Superior do Trabalho (TST) a ampliação do Comando possibilitou a ampla denúncia da empresa nas bases da categoria e, principalmente, impediu a traição dos sindicalistas vendidos.

Com sete membros a empresa negocia com quatro um acordo miserável e empurra goela baixo da categoria essa decisão. Com um membro por base sindical, mais os representantes da Fentect a empresa tem uma margem muito menor de manobra.

Por seu lado o Comando amplo exerce muito mais pressão sobre a empresa. Uma coisa é realizar uma reunião de portas fechadas, com sete pessoas. Outra coisa é trazer a categoria para dentro das negociações.

Ampliar o comando significa aumentar a participação dos trabalhadores e o poder de decisão. Amplia-se o Comando e as assembleias tem a decisão final sobre os rumos do movimento sindical. Essa é a democracia dos trabalhadores.

Sete pessoas reunidas em Brasília não serão capazes de arrancar da empresa uma PLR de verdade. A Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) deve ampliar o Comando e exigir a transparência das negociações com a abertura das contas da empresa e a transmissão ao vivo das reuniões. Essa é a mudança mais urgente para alterar os rumos da negociação da PLR dos Correios.

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