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sexta-feira, 5 de abril de 2013

PLR deve ser discutida com base nos lucros da empresa

Enquanto outras categorias recebem até R$ 11.000,00 de PLR, como é o caso dos petroleiros, os ecetistas ficam com menos de R$ 1.000,00. Um dos problemas é a forma de negociação aprovada na categoria pelos sindicalistas traidores

Além dos Correios a Participação nos Lucros e Resultados está sendo discutida na categoria dos petroleiros.

Ainda que do ponto de vista geral a PLR seja um engodo e uma maneira que os patrões encontraram para explorar ainda mais os trabalhadores existe uma questão que faz toda diferença: em todas as categorias a discussão se dá com base nos lucros da empresa em questão, portanto em 2013 se discute o pagamento da PLR 2012, ainda que os sindicalistas pelegos aceitem em todas as categorias algum critério, metas etc.

A diferença é que nos Correios a discussão se dá apenas na base da imposição de critérios, uma vez que a chamada negociação é sobre a participação nos lucros do ano vigente, ou seja, 2013, ainda que esse lucro não exista ainda, de fato. Até parece piada, mas não é.

Essa falácia de negociação foi aprovada por Talibã e Cia. Sendo que no caso do então dirigente do MRL-PR e diretor do Sintcom-PR, Nilson Rodrigues, a traição garantiu a ele um cargo na Diretoria Regional de São Paulo Interior.

Isso sem falar nos valores das PLRs pagas nas outras empresas. Enquanto bancários, petroleiros e outros recebem entre R$ 3.000,00 e R$ 11.000,00 os trabalhadores de base na ECT não recebem sequer 1.000,00. É uma piada.
Se a discussão sobre a PLR fosse séria o valor a ser pago nos Correios não poderia ser inferior a R$ 2.500,00 distribuídos igualmente entre todos os trabalhadores.

Os lucros da ECT em 2012 foram de quase 1 bilhão de reais. Tirando a farra do governo com o dinheiro dos Correios, o que sobra para ser distribuído seria algo em torno dos 250 mil, portanto, os R$ 2.500,00 linear poderiam ser pagos facilmente. O que não ocorre porque a empresa quer sempre manter a divisão privilegiada, onde os chefes ganham muito mais que um trabalhador de base.
Neste ano chegaram a considerar possível a aprovação da PLR com a diferença de 5 para 1. Ou seja, querem a autorização dos sindicalistas para que os chefes recebam cinco vezes mais que o trabalhador que base, além de ficaram com os 10% que a empresa quer reservar para o dito “setor estratégico”. Os mesmos chefes dividiriam esses 10% e poderiam receber até cinco vezes mais no montante a ser distribuído entre todos os trabalhadores.

Assinar um acordo que permita tamanha desigualdade na PLR é uma traição à categoria. O que está sendo considerado pelos pelegos dos sindicatos divisionistas.

No caso dos petroleiros também existe a divisão da categoria, depois que o PSTU/Conlutas rachou com a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e criou a federação anã dos Petroleiros, oficialmente chamada de Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

Nos Correios a empreitada divionista do PSTU faliu e quem se aproveitou dela foram os pelegos do PCdoB que se aliaram com o PMDB e refundaram a Findect, uma entidade fictícia, criada nos anos 80 para impedir a organização independente dos trabalhadores ecetistas no período de ascenso do movimento operário, com o final da ditadura militar.

Tanto em uma quanto em outra categoria essa divisão tem o mesmo resultado prático: confunde os trabalhadores, impede a mobilização unitária da categoria e, facilita a vida dos patrões com negociações paralelas e acordos que são assinados muitas vezes sem o apoio da maior parte dos trabalhadores.

Não existe outra maneira de discutir a PLR: sobre a base dos lucros da empresa, com a abertura do livro caixa para a negociação com os trabalhadores. O que só pode ser feito após o fechamento do lucro pela ECT. Caso contrário o único debate possível é o que está atualmente sendo imposto pela empresa, o estabelecimento de privilégios na divisão, metas, critérios e a exploração cada vez maior da categoria.

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