ESSE BLOG MUDOU DE ENDEREÇO

O SINTECT-MG ESTÁ COM UM NOVO BLOG
ACESSE WWW.SINTECTMG.WORDPRESS.COM

terça-feira, 2 de abril de 2013

ECT cria metas para aumentar exploração dos trabalhadores

O que os patrões querem com a PLR? Empresa quer o aval dos sindicalistas para que a categoria seja escravizada, com critérios e condicionantes que são inaceitáveis para o pagamento da PLR

Quem acredita que uma lei aprovada por Antônio Carlos Magalhães, conhecido como Toninho Malvadeza, coronel da Bahia, que foi o carrasco dos ecetistas dos Correios durante a ditadura militar, pode ter sido feita para o benefício dos trabalhadores? Eis o caso da PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

O programa de PLR nos Correios foi instituído na fase final, já decadente, da política neoliberal aplicada pelo governo FHC nos anos 90. A Medida Provisória de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, foi transformada em lei por ACM porque foi o recurso encontrado pelos governos burgueses para instituir uma política de abono, vinculado ao resultado e produtividade, com critérios que relacionam a participação nos lucros com a conduta do trabalhador, sua disciplina, obediência etc.

Para os patrões é o paraíso. Ao mesmo tempo em que impõem o arrocho salarial, fazem uma chantagem com o trabalhador, porque se ele não andar na linha não vai receber nem mesmo a PLR, que é apresentada como sendo fruto de uma atitude benevolente dos patrões.

Portanto, a PLR é uma clara medida para, por um lado, conter a luta por melhores salários. E por outro, ainda que pareça contraditório, diminuir a parte que os trabalhadores recebem daquilo que produzem. Porque a PLR é muito menos na renda do trabalhador do que o que é incorporado ao seu salário, sua aposentadoria.

O trabalhador é “domesticado”, sua disposição para a luta por salários e direitos é contida em troca da mixaria da PLR.

É por isso que para os trabalhadores a melhor política é sempre lutar por melhores salários e condições de trabalho. Organizar a luta para defender seu direito de greve e organização.

Diante da PLR, exigir que não exista nenhum condicionante para o seu pagamento. A ECT apresentou uma proposta de PLR que além das metas absurdas, diz que o trabalhador que tiver uma falta injustificada perde 50% da PLR. Sendo que é conhecida a política de perseguição dos chefes, que ataca os grevistas alegando falta injustificada, não aceita atestado médico e dá falta para trabalhadores doentes entre tantos outros abusos. Aceitar as condicionantes da empresa é deixar a categoria totalmente à mercê dos chefes, do SAP, do SARC do GCR.

Assinar um acordo que autorize qualquer tipo de punição ou condicionante para o pagamento da PLR é uma traição contra a categoria. O sindicalista que aceita punição por falta injustificada aceitar a escravização dos trabalhadores, o assédio dos chefes capitães do mato.

A única negociação possível é a discussão verdadeira dos lucros da empresa, a abertura da caixa preta, e a divisão igualitária entre os trabalhadores. Ou seja, PLR linear e sem metas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário